Associação entre Sarcopenia e risco de fraturas em pacientes idosos diabéticos.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Lucian Batista de.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: PEIXOTO, Marcelo Italiano.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30627
• topic: Sarcopenia; Diabetes Mellitus; Fraturas ósseas; Sarcopenia; Diabetes Mellitus; Bone fractures; Medicina.

Introdução: A transição demográfica observada nas últimas décadas resultou em importante crescimento da população idosa. As limitações funcionais surgem como fator determinante da saúde e da qualidade de vida, destacando-se neste contexto a sarcopenia, cuja mensuração é possível através de diversos métodos, como exames de imagem e medidas antropométricas. Alterações estruturais e metabólicas na musculatura esquelética dos idosos contribuem para o desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes mellitus (DM), a qual também é frequente nesta fase da vida. Assim, estudos que procurem associar a presença de sarcopenia e a ocorrência de fraturas em pacientes idosos com DM são de grande valia. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia em pacientes idosos portadores de DM, verificando a associação entre esta condição muscular com o histórico de fraturas, além da correlação de tais entidades clínicas com parâmetros antropométricos, histórico de quedas, controle glicêmico, hábitos de vida e outras condições. Metodologia: Estudo observacional, transversal e analítico, realizado na Unidade de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), envolvendo pacientes idosos (≥ 60 anos) com DM. Foram excluídos pacientes com diagnóstico de osteoporose. O critério preditor de sarcopenia adotado foi a circunferência da panturrilha (CP): < 33 cm para mulheres e < 34 cm para homens. Resultados: A amostra válida foi de 44 pacientes, com média de idade de 69,6 anos (± 5,23). A prevalência de sarcopenia foi de 20,4%. Houve relação estatisticamente significativa entre sarcopenia e história de fraturas, sejam estas ocorridas em qualquer tipo de evento (p = 0,033) ou em traumas de baixa energia (p = 0,022). Não houve diferença entre os grupos com e sem sarcopenia em relação à história de quedas no último ano (p = 0,589). Houve associação entre uso de psicotrópicos e ocorrência de quedas (p = 0,001). Conclusão: Apesar da CP não ser, de forma isolada, um método bem estabelecido para o diagnóstico de sarcopenia, a perda muscular apontada por tal medida está associada a histórico de fraturas em idosos diabéticos, de forma que essa mensuração, acessível e de fácil aplicabilidade, pode promover intervenções para melhoria da qualidade de vida dos idosos.