O bem morrer no recôncavo da Guanabara (Freguesia de Nossa Senhora de Piedade do Iguaçu, século XVIII).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGUEZ, Ana Paula Souza.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34757
Resumo: O presente trabalho analisa concepções de morte na vila de Piedade do Aguassú, Recôncavo da Guanabara, no século XVIII, enfocando os sacramentos ministrados e as medidas tomadas para o bem morrer, isto é, evitar um longo período no purgatório ou uma estadia permanente no inferno, idéias, segundo Jacques Le Goff, introduzidas pela Igreja Católica e enfatizadas após a Reforma Tridentinda (1545). Ao mesmo tempo, a pesquisa aborda hierarquias expressas na morte. As fontes primárias analisadas foram 1.048 registros de óbitos (contendo nome, data do óbito, tipo de mortalha, sacramentos recebidos, etc.) e testamentos, que, dentre outros aspectos, contém as últimas vontades do “moribundo” sobre seu sepultamento. Objetiva-se comparar o sepultamento e as concepções de morte de diferentes grupos sociais, sobretudo escravos, livres e forros. A hipótese principal é que, em uma sociedade de Antigo Regime nos trópicos, a morte expressa hierarquias sociais moldadas pela escravidão. A mortalha, utilizada para envolver o defunto, é um elemento que pode refletir tal hierarquia, a pesquisa aponta os livres como os que mais foram envoltos em hábitos, inclusive o dos santos (os mais pomposos), em relação aos forros; no caso dos escravos não há menção de nenhum tipo de tecidos para envolver seus corpos, para além do esquecimento do pároco, podemos constatar o alto custos destes panos. No que tange a participação nas irmandades, os livres são os que têm o maior número de suas covas, como afirma o autor João José Reis, essas associações garantiam sepultura, acompanhamento no funeral e realização de missas em prol da alma do defunto, garantido grandeza no funeral e a salvação. Através da análise das concepções de morte e da hierarquia expressa por elas a pesquisa apresenta uma das engrenagens do sistema colonial, o qual é norteado por concepções.
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RODRIGUEZ, Ana Paula Souza. O bem morrer no recôncavo da Guanabara (Freguesia de Nossa Senhora de Piedade do Iguaçu, século XVIII). In: I Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Diálogos Interdisciplinares. GT 29 - Sociedade, Cultura e Religiosidade na América Portuguesa nos séculos XVIII e XIX. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1º, 2009. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2009. p. 1-7. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34757
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