Resistência insulínica e a associação entre doença hepática gordurosa não alcoólica e doença arterial coronariana.

• Autor(a) principal: MEDEIROS, Diogo Agripino de.
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: MEDEIROS, Kiara Kalline Rodrigues Virgulino de.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30601
• topic: Resistência insulínica; Doença hepática gordurosa não alcoólica; Doença arterial coronariana; Hipertensão; HOMA-IR - homeostatic model assessment; Insulin resistance; Non-alcoholic fatty liver disease; Coronary artery disease; Hypertension; Medicina.; Saúde.

A resistência insulínica (RI) é uma condição na qual quantidades normais de insulina são insuficientes para produzir uma resposta satisfatória de ação da insulina nos adipócitos, músculos e fígado. Diversos autores sugerem que a resistência insulínica está relacionada à patogênese da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) a qual seria a manifestação hepática da síndrome metabólica e a classificam como um de seus componentes. Objetivos: avaliar a RI e sua relação com a associação de DHGNA e Doença arterial coronariana (DAC), e descrever aspectos epidemiológicos e clínico-laboratoriais de pacientes portadores de RI. Metodologia: foi realizada uma análise estatística do banco de dados do estudo prévio envolvendo pacientes submetidos a cineangiocoronariografia (CAG) com a finalidade de observar a frequência de DHGNA em pacientes com DAC, segundo critérios pré-estabelecidos, versus indivíduos com CAG normal, entre fevereiro de 2009 e janeiro de 2011 na cidade de Campina Grande (PB). Todos os pacientes incluídos, após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido foram avaliados através da aplicação de questionário, exame clínico, exames laboratoriais e ultrassonografia. Resultados: o HOMA-IR ≥ 3,0 esteve presente em 27,9% (68) dos pacientes, esta condição esteve associada de forma significativa a médias mais elevadas de glicemia e triglicerídeos, à associação de DAC e DHGNA, à síndrome metabólica (SM) e ao diabetes mellitus tipo 2 (DM2) (p < 0,0001), a sobrepeso/obesidade (p = 0,001) e à DHGNA isolada (p = 0,015). Os pacientes com RI e portadores da associação DAC e DHGNA tem 6,18 vezes mais chance de ter HAS (p = 0,016). Conclusão: a presença de resistência insulínica tem relação significativa com aumento da glicemia, sobrepeso e obesidade, DM2, SM, hipertrigliceridemia, DHGNA isolada e a presença da associação DAC e DHGNA. Em pacientes insulino-resistentes que possuem a associação DAC e DHGNA, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi o único fator de risco significativo relacionado a esta associação.