Aldeamentos indígenas e os pactos da ordenação colonial no Piauí - século XVIII.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Eduardo de Andrade.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: BRANCO, Pedro Vilarinho Castelo.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35012
Resumo: O trabalho encontra-se voltado para produção historiográfica referente à vida da população indígena da América Afroportuguesa no Século XVIII focando o sertão do Brasil, neste contexto da era moderna. É importante discernir quanto ao interesse da temática que está sendo desenvolvida enquanto pesquisa monográfica, pois se dá no intuito de estabelecer conexões entre o projeto civilizacional concernente ao processo social de colonização e a organização indígena em meio ao processo não apenas como função dos jogos de poder, mas sim enquanto promotora de ações. Resistentes abertamente, desviantes das finalidades observacionais de modo simbólico, ou colaboradores aldeados, os povos indígenas continuam a aparecer na historiografia apenas enquanto pluralidade invisível. Há a essência plural ‘povos indígenas’, mas quanto a uma definição em específico da visibilidade plur al, teses de doutorado e dissertações de mestrado, utilizando documentação do Arquivo Histórico Ultramarino, têm conseguido revelar aos poucos as identidades específicas e atuações concretas de sujeitos indígenas no contexto colonial. Interessa-nos perscrutar a historiografia piauiense em específico, contextualizando a produção de circulação nacional, visto que se faz necessário estabelecer diálogo entre as pesquisas desenvolvidas para que uma apreensão mais horizontal nos permita falar da experiência de povos indígenas no Piauí de forma a que nos seja dada oportunidade de deslindar a ferramenta do aldeamento, crucial para o desenvolvimento de aliados para o curso luso, garantindo mão-de-obra, orientação territorial, contingente para luta em batalhas, além da conversão espiritual dos mesmos, por mais refrega e insignificante seja, por muitas vezes, a realização sacramental. Efeito da reforma pombalina de 1757, a manutenção do aldeamento é escolha d e uma política extensiva, agora secularizado o poder. Historiadores como Maria Idalina Cruz (2002), Juciene Ricarte Apolinário (2006), John Manuel Monteiro (2006), Beatriz Perrone-Moisés (1992) no que concerne a sugestão de pesquisa nos dão oportunidade de utilizar chaves para outra compreensão daquilo que pauta o projeto de colonização. Neste sentido, como o artífice do aldeamento, envolto das relações disciplinares e estruturações do poder, da junta de missão ao intermédio do Conselho Ultramarino estendendo-se à coroa, encontra-se pressionado por insurgências específicas dos lugares aonde este poder se pretende estabelecer. Os aldeamentos indígenas no Piauí são criados somente quando da estruturação capitanial, surgindo em 1756 a instituição do aldeamento de São João de Sende, e entre 1771 e 1772, o aldeamento São Gonçalo do Amarante, havendo os Akoroá e Gueguês sido principais sujeitos neste ambiente de ambigüidade que o aldeamento representa.
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