Avaliação do consumo materno de óleo de Castanha do Pará (Bertholletia excelsa) sobre o desenvolvimento somático e padrões murinométricos da prolede ratos Wistar.

• Autor(a) principal: SILVA, Thales Daniel Oliveira de Lima e.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26896
• topic: Nutrição; Dietoterapia; Castanha do Pará; Bertholletia excelsa; Castanha do Pará - ácidos graxos; Óleo de Castanha do Pará; Consumo alimentar; Ratos Wistar - pesquisa; Diet therapy; Brazil nut; Bertholletia excelsa; Brunette from Pará - fatty acids; Brazil Nut Oil; Food consumption; Wistar Rats - search; Terapia dietética; Nuez de Brasil; Bertholletia excelsa; Morena de Pará - ácidos grasos; Aceite de Nuez de Brasil; Consumo de comida; Ratas Wistar - búsqueda

O desenvolvimento físico é um processo delicado e de extrema importância para a progressão de vida, sendo influenciado pela nutrição, principalmente pelos ácidos graxos essenciais, os quais possuem um papel fundamental, e a castanha do Pará (Bertholletia excelsa) é uma fonte abundante desse tipo de ácidos graxos. Este estudo investigou os efeitos do consumo materno de óleo bruto e refinado da Castanha do Pará sobre o desenvolvimento somático e medidas murinométricas na prole de ratas Wistar. Os filhotes foram divididos em seis grupos, sendo três grupos com filhotes machos (M) e três com filhotes fêmeas (F): controle (CT-M, n=13 e CT- F, n=11) – tratado com água destilada; óleo bruto (OB-M, n=12 e OB-F, n=12) e óleo refinado (OR-M, n=14 e OR-F, n=15) ambos tratados com 3000 mg/kg de peso do animal do óleo da castanha do Pará bruto e refinado respectivamente. As mães foram tratadas a partir do 7o dia de gestação e por toda lactação. A maturação somática foi avaliada durante a lactação, a partir do primeiro dia de vida, e as medidas murinométricas foram realizadas com os animais anestesiados com idade de 45 dias, previamente à eutanásia. Os resultados foram expressos em erro médio padrão (EMP) e analisados pelo ANOVA One Way, porém, os resultados da maturação somática foram expressos em valores de mediana do dia (Min-Máx) e mediados por Kruskal-Wallis seguido de Teste de Dunn’s. O erro alfa para rejeição da hipótese nula foi de p < 0,05. Na maturação somática, o OR-F apresentou retardo na abertura do pavilhão auricular, abertura do conduto auditivo e aparecimento dos pelos epidérmicos e o grupo OR-M retardo na abertura dos olhos. As fêmeas apresentaram um retardo na erupção dos dentes incisivos inferiores comparado aos machos. Em relação às medidas murinométricas, os grupos OR- M/OR-F apresentaram maiores medidas comparado aos respectivos controles e o grupo OB-M apresentou um maior comprimento comparado a todos os grupos. O grupo OB-M apresentou uma circunferência abdominal e torácica maior que seu grupo controle e o grupo OR-M apresentou uma maior medida destas circunferências comparado a todos os grupos. Já os grupos OB-F e OR-F apresentaram maiores medidas da circunferência abdominal e torácica comparado ao CT-F. Em relação à diferença entre os gêneros, os grupos dos machos obtiveram maiores medidas em comparação aos grupos das fêmeas. Portanto, a suplementação materna do óleo bruto da castanha do Pará teve efeito positivo no desenvolvimento somático e padrões murinométricos enquanto o óleo refinado retardou o desenvolvimento somático da prole e aumentou as medidas murinométricas, efeitos que podem ser prejudiciais. Em relação aos gêneros, as fêmeas demonstraram maior sensibilidade ao consumo do óleo refinado onde influenciou negativamente o desenvolvimento somático e murinometria. Mais estudos são necessários para investigar melhor estes efeitos e identificar quais substâncias presentes no óleo bruto da castanha do Pará trazem benefícios em relação ao óleo refinado.