Adubação potássica como atenuante do estresse salino no cultivo de pinheira.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FERNANDES, Eliene Araújo.
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/19366
Resumo: A pinheira destaca-se entre as Anonáceas devido ao sabor marcante e seu valor nutricional, o que justifica a necessidade de expansão das áreas cultivadas, principalmente na região Nordeste, onde os problemas de salinidade da água são frequentes. Uma das alternativas para minimizar os efeitos deletérios do estresse salino às plantas é a adoção de práticas de manejo de adubação mineral com potássio, promovendo um aumento na tolerância da cultura aos sais. Deste modo, objetivou-se com esse trabalho avaliar o crescimento, o estado hídrico e a fisiologia da pinheira quando submetida à irrigação com águas salinas e adubação potássica. O experimento foi desenvolvido em condições de campo, em lisímetros de drenagem; o delineamento foi em blocos casualizados, arranjados em esquema fatorial 2 x 5, cujos os tratamentos resultaram da combinação entre dois níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (1,3 e 4,0 dS m-1) e cinco doses de potássio (K1 - 50%, K2 - 75%, K3 - 100%, K4 - 125% e K5 - 150%), com quatro repetições. As plantas de pinheira foram avaliadas quanto ao crescimento e a sua fisiologia. A salinidade da água de 4,0 dS m-1 reduziu a síntese de clorofila a, total e carotenoides nas plantas de pinheira, aos 210 dias após o transplantio. Adubação com doses de 50 a 150% da recomendação de K2O inibiu a síntese de clorofila b nas plantas de pinheira irrigadas com água de 4,0 dS m-1. A redução na eficiência quântica do fotossistema II nas plantas de pinheira cultivadas sob salinidade da água de 4,0 dS m-1 está relacionada aos danos fotoinibitórios no fotossistema II. A adubação potássica não amenizou o estresse causado pela salinidade da água de 4,0 dS m-1 no crescimento das plantas de pinheira, no período de 151-245 dias após o transplantio. A salinidade da água de 4,0 dS m-1 afeta de forma negativa o crescimento em diâmetro de caule e o número de folhas da pinheira, aos 179 e 210 dias após o transplantio. Doses de potássio de até 150 mg K2O kg-1 de solo resultou em maior percentual de dano celular e conteúdo relativo de água nos tecidos foliares da pinheira, aos 210 dias após o transplantio. Já o deficit de saturação hidríca diminui com o aumento nas doses de K2O nas plantas irrigadas com água de 1,3 dS m-1. As plantas submetidas à salinidade da água de 1,3 dS m-1 e doses estimadas de K2O variando de 88 a 108% resultou em incremento na condutância estomática, transpiração, taxa de assimilação de CO2 e eficiência instantânea de carboxilação das plantas de pinheira, aos 210 dias após o transplantio. O maior crescimento relativo em diâmetro de caule da pinheira no período de 179-245dias após o transplantio foi obtido nas plantas irrigadas com água de 4,0 dS m-1 e adubação com 99% da recomendação de K2O.
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spelling Adubação potássica como atenuante do estresse salino no cultivo de pinheira.Potassium fertilization as an attenuant to saline stress in the cultivation of pine.PinheiraPine treeCiências Agrárias.A pinheira destaca-se entre as Anonáceas devido ao sabor marcante e seu valor nutricional, o que justifica a necessidade de expansão das áreas cultivadas, principalmente na região Nordeste, onde os problemas de salinidade da água são frequentes. Uma das alternativas para minimizar os efeitos deletérios do estresse salino às plantas é a adoção de práticas de manejo de adubação mineral com potássio, promovendo um aumento na tolerância da cultura aos sais. Deste modo, objetivou-se com esse trabalho avaliar o crescimento, o estado hídrico e a fisiologia da pinheira quando submetida à irrigação com águas salinas e adubação potássica. O experimento foi desenvolvido em condições de campo, em lisímetros de drenagem; o delineamento foi em blocos casualizados, arranjados em esquema fatorial 2 x 5, cujos os tratamentos resultaram da combinação entre dois níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (1,3 e 4,0 dS m-1) e cinco doses de potássio (K1 - 50%, K2 - 75%, K3 - 100%, K4 - 125% e K5 - 150%), com quatro repetições. As plantas de pinheira foram avaliadas quanto ao crescimento e a sua fisiologia. A salinidade da água de 4,0 dS m-1 reduziu a síntese de clorofila a, total e carotenoides nas plantas de pinheira, aos 210 dias após o transplantio. Adubação com doses de 50 a 150% da recomendação de K2O inibiu a síntese de clorofila b nas plantas de pinheira irrigadas com água de 4,0 dS m-1. A redução na eficiência quântica do fotossistema II nas plantas de pinheira cultivadas sob salinidade da água de 4,0 dS m-1 está relacionada aos danos fotoinibitórios no fotossistema II. A adubação potássica não amenizou o estresse causado pela salinidade da água de 4,0 dS m-1 no crescimento das plantas de pinheira, no período de 151-245 dias após o transplantio. A salinidade da água de 4,0 dS m-1 afeta de forma negativa o crescimento em diâmetro de caule e o número de folhas da pinheira, aos 179 e 210 dias após o transplantio. Doses de potássio de até 150 mg K2O kg-1 de solo resultou em maior percentual de dano celular e conteúdo relativo de água nos tecidos foliares da pinheira, aos 210 dias após o transplantio. Já o deficit de saturação hidríca diminui com o aumento nas doses de K2O nas plantas irrigadas com água de 1,3 dS m-1. As plantas submetidas à salinidade da água de 1,3 dS m-1 e doses estimadas de K2O variando de 88 a 108% resultou em incremento na condutância estomática, transpiração, taxa de assimilação de CO2 e eficiência instantânea de carboxilação das plantas de pinheira, aos 210 dias após o transplantio. O maior crescimento relativo em diâmetro de caule da pinheira no período de 179-245dias após o transplantio foi obtido nas plantas irrigadas com água de 4,0 dS m-1 e adubação com 99% da recomendação de K2O.The pine tree stands out among the Anonáceas due to the striking flavor and its nutritional value, which justifies the need for expansion of cultivated areas, especially in the Northeast region, where water salinity problems are frequent. One of the alternatives to minimize the deleterious effects of salt stress on plants is the adoption of potassium mineral fertilizer management practices, promoting an increase in crop tolerance to salts. Thus, the aim of this work was to evaluate the growth, water status and physiology of the pine tree when subjected to irrigation with saline water and potassium fertilization. The experiment was carried out under field conditions, in drainage lysimeters; the design was in randomized blocks, arranged in a 2 x 5 factorial scheme, whose treatments resulted from the combination of two levels of electrical conductivity of the irrigation water - CEa (1.3 and 4.0 dS m-1) and five doses of potassium (K1 - 50%, K2 - 75%, K3 - 100%, K4 - 125% and K5 - 150%), with four repetitions. Pine plants were evaluated for growth and physiology. The water salinity of 4.0 dS m-1 reduced the synthesis of chlorophyll a, total and carotenoids in pine plants, 210 days after transplanting. Fertilization with doses of 50 to 150% of the K2O recommendation inhibited chlorophyll b synthesis in pine plants irrigated with 4.0 dS m-1 water. The reduction in the quantum efficiency of photosystem II in pine plants grown under 4.0 dS m-1 salinity is related to photoinhibitory damage in photosystem II. Potassium fertilization did not alleviate the stress caused by water salinity of 4.0 dS m-1 in the growth of pine plants, in the period of 151-245 days after transplanting. The water salinity of 4.0 dS m-1 negatively affects the growth in stem diameter and the number of leaves of the pine tree, at 179 and 210 days after transplanting. Potassium doses of up to 150 mg K2O kg-1 of soil resulted in a higher percentage of cell damage and relative water content in the leaf tissues of the pine tree, 210 days after transplanting. The deficit in water saturation decreases with the increase in K2O doses in plants irrigated with water of 1.3 dS m-1. Plants subjected to water salinity of 1.3 dS m-1 and estimated doses of K2O ranging from 88 to 108% resulted in an increase in stomatal conductance, transpiration, CO2 assimilation rate and instant carboxylation efficiency of pine plants, 210 days after transplanting. The greatest relative growth in pine stem diameter in the period of 179-245 days after transplanting was obtained in plants irrigated with water of 4.0 dS m-1 and fertilization with 99% of the K2O recommendation.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTAPÓS-GRADUAÇÃO EM HORTICULTURA TROPICALUFCGSOARES, Lauriane Almeida dos Anjos.Soares, L.A.A.http://lattes.cnpq.br/4579069806627883LIMA, Geovani Soares de.LIMA, G. S.http://lattes.cnpq.br/0683441338403298NOBRE, Reginaldo Gomes.SOUZA, Leandro de Pádua.FERNANDES, Eliene Araújo.2020-07-302021-06-14T14:06:17Z2021-06-142021-06-14T14:06:17Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/19366FERNANDES, E. A. Adubação potássica como atenuante do estresse salino no cultivo de pinheira. 2020. 81 f. Dissertação (Mestrado em Horticultura Tropical) - Programa de Pós-Graduação em Horticultura Tropical, Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, Paraíba, Brasil, 2020.porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2021-09-08T17:56:28Zoai:localhost:riufcg/19366Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512021-09-08T17:56:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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