Alagoas: cultura de poder e violência 1978 a 1984.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Alex Benedito Santos.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: BARBOSA, Gustavo Bezerra., VASCONCELOS, Railso de Omena, FLORES, Alberto Vivar.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34372
Resumo: O trabalho aqui apresentado tem por objetivo focar a violência no Estado de Alagoas no período de 1978 a 1984. Para isso, analisamos o fato ocorrido em Alagoas nesse período que foi a briga entre as famílias Calheiros (Cavalcanti Lins) e Omena. Trata-se de uma pesquisa documental, uma vez que para a busca desses fatos recorremos ao jornal “Gazeta de Alagoas” e ao livro “Por amor ao nosso pai” escrito por um dos atores desse fato, o cabo Henrique Omena. Aplicamos a análise do discurso tanto nos jornais quanto na obra, e a partir dessa análise, através da hermenêutica realizamos uma reinterpretação dos fatos, e não apenas produzimos como vimos e ouvimos sobre o caso. O fato ocorrido também nos possibilitou analisar outro fator, o da violência dentro e entre as polícias civil e militar de Alagoas, umas vez que o Cabo Henrique Omena pertencia a corporação da polícia militar, e a família Calheiros (Calvacanti Lins) ligada tanto a polícia civil, mas também a militar e a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Deparamo-nos com vários acontecimentos da época como o caso do desvio do açúcar da Cooperativa dos Produtores de Açúcar do Estado de Alagoas, havia no Estado uma “máfia do melaço” que se ocupava desse desvio, e quem estava ligado a essa máfia era a família Calheiros (Cavalcanti Lins). Diante dos fatos estudados e analisados, concluímos que se configurava na Superestrutura Estatal uma política de violência, que contava com todo o aparato da polícia e da Secretaria de Segurança. Os eventos ocorridos representam essa política, que gerou conseqüência para a população, como o domínio da política por pessoas violentas gerando pânico e terror na população. Além do pânico e terror, que se perpetua até hoje dando ao Estado a visão de um Estado violento, essa política também gera atraso no setor industriário de Alagoas, uma vez que há famílias que “mandam” nesse setor e não possibilitam a vinda de outras indústrias que não sejam delas para não perder o poder econômico que detém.
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