Avaliação dos riscos ocupacionais frente à manipulação de quimioterápicos por profissionais da central de manipulação do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC).

• Autor(a) principal: SILVA, Viviane Gomes da.
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33165
• topic: Câncer; Medicamentos quimioterápicos; Riscos ocupacionais; Farmacêuticos; Câncer - tratamento; Hospital Universitário Alcides Carneiro; Quimioterápicos – manuseio; Quimioterápicos – antineoplásicos; Chemotherapy drugs; Occupational risks; Pharmacists; Cancer – treatment; Alcides University Hospital Ram; Chemotherapeutics – handling; Chemotherapeutics – antineoplastics; Cáncer; Riesgos laborales; Tratamiento para el cáncer; Hospital Universitario Alcides RAM; Quimioterapéutica – manipulación; Quimioterapéutica – antineoplásicos; Farmácia

Os medicamentos quimioterápicos são amplamente empregados como uma abordagem terapêutica abrangente para o tratamento do câncer. Contudo, eles podem não apresentar elevada seletividade na sua ação direcionada às células cancerosas, assim potencialmente expondo os profissionais envolvidos no seu manuseio a riscos ocupacionais. Portanto, esta pesquisa busca analisar os riscos ocupacionais e as práticas adotadas pelos profissionais farmacêuticos e técnicos de farmácia, que desempenham suas tarefas na unidade de preparação de medicamentos quimioterápicos no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC). Trata- se de um estudo de natureza descritiva e exploratória que envolve a análise quantitativa dos dados. Com base nas análises conduzidas neste estudo, um total de sete profissionais participaram, consistindo em quatro farmacêuticos e três técnicos de farmácia. O estudo revelou uma predominância do sexo feminino na amostra, representando 57,1% dos participantes, com a faixa etária mais comum variando entre 20 e 39 anos, também com 57,1%. A maioria dos profissionais possuía pós-graduação, sendo que 57,1% tinham especialização lato sensu. Apenas 28,6% tinham mais de 10 anos de serviço. A maioria trabalhava na instituição há mais de um ano e tinha uma carga horária de 40 horas por semana, abrangendo 85,7% da amostra. Em relação aos exames periódicos, 71,4% foram realizados há menos de um ano, e 57,1% dos profissionais relataram sentir desconfortos, como dores nas pernas e tendinite no punho, após o expediente de trabalho. Os farmacêuticos que fazem parte da pesquisa são responsáveis pela manipulação de medicamentos antineoplásicos, além de assumirem diversas outras funções no setor de oncologia da instituição, incluindo a gestão de estoque, análise de prescrições, rastreabilidade, treinamento da equipe, descarte de resíduos, qualificação de fornecedores e supervisão de estagiários. Em relação à análise de prescrições, foi mencionado que a falta de tempo e o déficit no número de farmacêuticos são fatores que podem levar a prescrições incompletas. Os profissionais adotam medidas de segurança, incluindo o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). No entanto, houve divergências quanto ao conhecimento dessas medidas de segurança. Além disso, o estudo abordou os métodos de descarte de resíduos na central de manipulação de quimioterápicos do Hospital Universitário Alcides Carneiro e os critérios para o controle de qualidade dos medicamentos preparados nesse local, incluindo a análise das informações contidas nos rótulos dos quimioterápicos antineoplásicos. Com base neste estudo, torna-se evidente que as atividades profissionais desempenhadas por farmacêuticos e técnicos de farmácia na central de manipulação de quimioterápicos apresentam riscos ocupacionais inerentes. Portanto, é crucial a implementação de políticas que forneçam orientações e facilitem a escolha das abordagens e dispositivos de segurança mais apropriados, sendo fundamental para assegurar a proteção dos profissionais que enfrentam riscos ocupacionais ao lidar com medicamentos quimioterápicos.