Perfil de morbimortalidade hospitalar por hanseníase no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CAVALCANTE, Caroline Alves.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7777
Resumo: Sendo a Hanseníase considerada um problema de saúde pública pelas importantes sequelas deixadas pela doença, quando não tratada precocemente; e pelo fato de o Brasil possuir status de segunda maior prevalência mundial de Hanseníase, este estudo vem compreender o perfil clínico-epidemiológico de morbimortalidade hospitalar pela Hanseníase nas macrorregiões brasileiras no período compreendido entre 2010 a 2014. Em se tratando de uma doença infectocontagiosa de tratamento realizado na Atenção Primária, a morbimortalidade hospitalar está diretamente relacionada a um diagnóstico tardio e, portanto, falha dos mecanismos da Atenção Básica de Saúde. Trata-se de estudo Ecológico, retrospectivo, descritivo e de cunho quantitativo, com dados obtidos pelo Ministério da Saúde. O estudo pôde constatar que ocorreram 27.798 internamentos e 348 óbitos nesse período. A taxa de internamentos por região oscilou discretamente durante os anos, porém não se notou uma redução significativa desse índice ao final de 2014 (redução de apenas 2,46%); dado discrepante com a taxa de redução de novos casos no Brasil no mesmo período, a saber 11%. Evidenciou-se tendência crescente de internamentos na região Sul como também o fato de homens se internarem quase duas vezes mais do que mulheres em todas as regiões do país. Observou-se maior número de internamentos na quarta e quinta décadas de vida; bem como uma preponderância de internações no setor público apenas na região Nordeste quando comparado ao particular. Notou-se ainda maior taxa de mortalidade na região Nordeste a partir de 2011, quando comparado às demais regiões. Em média os gastos anuais com hospitalizações no Brasil giram em torno de três milhões anuais. Conclui-se, então, que o presente estudo auxilia na compreensão da existência de falhas nos mecanismos de diagnóstico precoce da doença, uma vez que sequelas devidas ao diagnóstico tardio são as principais causas de internamento e óbito pela Hanseníase.
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Trata-se de estudo Ecológico, retrospectivo, descritivo e de cunho quantitativo, com dados obtidos pelo Ministério da Saúde. O estudo pôde constatar que ocorreram 27.798 internamentos e 348 óbitos nesse período. A taxa de internamentos por região oscilou discretamente durante os anos, porém não se notou uma redução significativa desse índice ao final de 2014 (redução de apenas 2,46%); dado discrepante com a taxa de redução de novos casos no Brasil no mesmo período, a saber 11%. Evidenciou-se tendência crescente de internamentos na região Sul como também o fato de homens se internarem quase duas vezes mais do que mulheres em todas as regiões do país. Observou-se maior número de internamentos na quarta e quinta décadas de vida; bem como uma preponderância de internações no setor público apenas na região Nordeste quando comparado ao particular. Notou-se ainda maior taxa de mortalidade na região Nordeste a partir de 2011, quando comparado às demais regiões. Em média os gastos anuais com hospitalizações no Brasil giram em torno de três milhões anuais. Conclui-se, então, que o presente estudo auxilia na compreensão da existência de falhas nos mecanismos de diagnóstico precoce da doença, uma vez que sequelas devidas ao diagnóstico tardio são as principais causas de internamento e óbito pela Hanseníase.Currently Leprosy is considered a public health problem by the functional disabilities caused by the disease when not early treated, furthermore due to the fact that Brazil has the secondhighest global prevalence of leprosy, this study aims to discuss the clinical-epidemiological profile of morbimortality caused by leprosy in the Brazilian regions between 2010 and 2014. Leprosy is an infectious-contagious disease treatable in Primary Care, for this reason hospital morbimortality is directly linked to late diagnosis and, therefore, Primary Health Care mechanism’s failure. This work is an ecological, retrospective, descriptive and quantitative study, with data obtained of the Department of Health. The study found that there were 27,798 hospitalizations and 348 deaths in that time period. The rate of hospitalizations by region discreetly fluctuated over the years, but there was no significant reduction of this rate at the end of 2014 (reduction of only 2.46%); given the difference in the reduction rate of Leprosy new cases in Brazil in the same period, 11%. There was a growing trend of hospitalizations in the southern region, furthermore men were hospitalized almost twice as often as women in all regions of the country. More hospitalizations were observed in the fourth and fifth decades of life and there was a preponderance of hospitalizations in the public sector only in the Northeast when compared to the private sector. It was also observed a higher mortality rate in the Northeast region (2011- 2014) when compared to the other regions. On average, annual hospitalization costs in Brazil are around three million annually. It is concluded that the present study helps to understand the existence of flaws in the mechanisms of early diagnosis of the disease, since sequels due to late diagnosis are the main causes of hospitalization and death due to leprosy.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGFARIAS, Maria do Carmo Andrade Duarte de.FARIAS, Maria do Carmo Andrade Duarte de.http://lattes.cnpq.br/4960580344208276BARRETO, Veruscka Pedrosa.SOUZA, Marilena Maria de.CAVALCANTE, Caroline Alves.20192019-10-07T17:15:14Z2019-10-072019-10-07T17:15:14Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7777CAVALCANTE, Caroline Alves. Perfil de morbimortalidade hospitalar por hanseníase no Brasil. 2019. 31f. 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