Estimativa da variabilidade interanual do balanço de umidade das bacias Amazônica e do Prata.
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26538 |
Resumo: | Este trabalho apresenta uma estimativa da variabilidade interanual do balanço de umidade das Bacias Amazônica e do Prata durante o período de 1979 a 2016 utilizando dados de reanálises do ERA-Interim do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMW). Para essa análise, foi utilizado um método para estimar o fluxo de umidade integrada verticalmente a partir de três volumes de controle, conhecidos como caixas, delimitadas pelas seguintes coordenadas: a) Caixa 1 (3°N a 14°S, 70°W a 50°W) representando a Bacia Amazônica (parte brasileira), b) Caixa 2 (14°S a 24°S, 65°W a 45°W) incluindo a Região Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, Centro-Leste da Bolívia e parte Centro-Norte do Paraguai e c) Caixa 3 (24°S a 34°S, 65°W a 47°W) representando a Região Sul do Brasil, Sul do Paraguai, Norte da Argentina e Uruguai. Com relação às Bacias Amazônica e do Prata, os resultados mostraram que, na média anual, as bacias comportam-se como sumidouro de umidade atmosférica, além disso, a Bacia Amazônica é fonte de umidade para a Bacia do Prata. No tocante ao transporte de umidade, os resultados revelaram que a caixa 1 recebe 16,6% do fluxo de umidade por ventos alísios de Nordeste pela fronteira norte proveniente do Oceano Atlântico Norte e 83,4% pela fronteira leste do Oceano Atlântico Sul pelos alísios leste/Nordeste. A caixa 2 recebe umidade da Amazônia pela fronteira norte (63,2%) e oeste (27,6%) e o Oceano Atlântico Sul contribui diretamente com 9,2% (9,1% pela fronteira leste e 0,1 pela sul). No total de umidade da caixa 3, aproximadamente 88,2, 10,3, 1,1 e 0,4% são provenientes das fronteiras norte, oeste, leste e sul, respectivamente Também foram avaliados os perfis verticais do produto da umidade específica pela componente do vento para verificar o comportamento ao longo dos 23 níveis de pressão. A análise da variabilidade do transporte de umidade sobre as regiões das Bacias Amazônica e do Prata revelaram que grande parte da umidade que chega até a Bacia do Prata é oriunda, principalmente da Amazônia. Entretanto, da contribuição da reciclagem da precipitação obteve-se as porcentagens de 54, 69 e 49% para as caixa 1, 2 e 3, respectivamente. |
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Estimativa da variabilidade interanual do balanço de umidade das bacias Amazônica e do Prata.Estimation of the interannual variability of the moisture balance of the Amazon and La Plata basins.Fluxo de UmidadeIntegral VerticalBacia AmazônicaBacia do PrataMoisture FlowVertical IntegralAmazon BasinAmazon BasinMeteorologiaEste trabalho apresenta uma estimativa da variabilidade interanual do balanço de umidade das Bacias Amazônica e do Prata durante o período de 1979 a 2016 utilizando dados de reanálises do ERA-Interim do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMW). Para essa análise, foi utilizado um método para estimar o fluxo de umidade integrada verticalmente a partir de três volumes de controle, conhecidos como caixas, delimitadas pelas seguintes coordenadas: a) Caixa 1 (3°N a 14°S, 70°W a 50°W) representando a Bacia Amazônica (parte brasileira), b) Caixa 2 (14°S a 24°S, 65°W a 45°W) incluindo a Região Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, Centro-Leste da Bolívia e parte Centro-Norte do Paraguai e c) Caixa 3 (24°S a 34°S, 65°W a 47°W) representando a Região Sul do Brasil, Sul do Paraguai, Norte da Argentina e Uruguai. Com relação às Bacias Amazônica e do Prata, os resultados mostraram que, na média anual, as bacias comportam-se como sumidouro de umidade atmosférica, além disso, a Bacia Amazônica é fonte de umidade para a Bacia do Prata. No tocante ao transporte de umidade, os resultados revelaram que a caixa 1 recebe 16,6% do fluxo de umidade por ventos alísios de Nordeste pela fronteira norte proveniente do Oceano Atlântico Norte e 83,4% pela fronteira leste do Oceano Atlântico Sul pelos alísios leste/Nordeste. A caixa 2 recebe umidade da Amazônia pela fronteira norte (63,2%) e oeste (27,6%) e o Oceano Atlântico Sul contribui diretamente com 9,2% (9,1% pela fronteira leste e 0,1 pela sul). No total de umidade da caixa 3, aproximadamente 88,2, 10,3, 1,1 e 0,4% são provenientes das fronteiras norte, oeste, leste e sul, respectivamente Também foram avaliados os perfis verticais do produto da umidade específica pela componente do vento para verificar o comportamento ao longo dos 23 níveis de pressão. A análise da variabilidade do transporte de umidade sobre as regiões das Bacias Amazônica e do Prata revelaram que grande parte da umidade que chega até a Bacia do Prata é oriunda, principalmente da Amazônia. Entretanto, da contribuição da reciclagem da precipitação obteve-se as porcentagens de 54, 69 e 49% para as caixa 1, 2 e 3, respectivamente.This work presents an estimate of the interannual variability of the balance of of the Amazon and La Plata Basins during the period from 1979 to 2016 using ERA-Interim reanalysis data from the European Center for Medium-Range Weather Forecasts (ECMW). For this analysis, a method was used to estimate the flow of vertically integrated moisture from three control volumes known as boxes, delimited by the following coordinates: a) Box 1 (3°N to 14°S, 70°W to 50°W) representing the Amazon Basin (Brazilian part), b) Box 2 (14°S to 24°S, 65°W to 45°W) including the Southeast and Central-West Region of Brazil, Central-Eastern Bolivia and north-central part of Paraguay and c) Box 3 (24°S to 34°S, 65°W to 47°W) representing the Southern Region of Brazil, Southern Paraguay, Northern Argentina and Uruguay. with respect to Amazon and La Plata Basins, the results showed that, on an annual average, the basins behave as a sink for atmospheric moisture, in addition, the Amazon Basin is a source of moisture for the La Plata Basin. Regarding the transport of moisture, the results revealed that box 1 receives 16.6% of the moisture flow by trade winds Northeast by the northern border from the North Atlantic Ocean and 83.4% by the eastern border of the South Atlantic Ocean by the east/northeast trades. box 2 receives Amazonian humidity along the northern (63.2%) and western (27.6%) border and the Atlantic Ocean South contributes directly with 9.2% (9.1% for the eastern border and 0.1% for the south). in the total of box 3 moisture, approximately 88.2, 10.3, 1.1 and 0.4% come from the northern, western, eastern and southern borders, respectively, the profiles verticals of the product of the specific humidity by the wind component to verify the behavior across the 23 pressure levels. The analysis of the variability of the transport of moisture over the regions of the Amazon and La Plata Basins revealed that much of the moisture that reaches the La Plata Basin comes mainly from the Amazon. However, from the contribution of precipitation recycling, the percentages of 54, 69 and 49% for boxes 1, 2 and 3, respectively.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRNPÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIAUFCGBRITO, José Ivaldo Barbosa de.BRITO, J. I. B.BRITO, JOSÉ IVALDO BARBOSA DE.DE BRITO, JOSÉ.http://lattes.cnpq.br/0969175544734620ARRAUT, Josefina Moraes.ARRAUT, J. M.ARRAUT, JOSEFINA.ARRAUT, JOSEFINA MORAES.http://lattes.cnpq.br/6906832140881617CAVALCANTI, Enilson Palmeira.CAVALCANTI, E. P.Cavalcanti, Enilson P.Avalcanti, Enilson Palmeira.http://lattes.cnpq.br/8091357561663457SOUSA, Francisco de Assis Salviano.SOUSA, F. A. S.SOUSA, FRANCISCO DE ASSIS SALVIANO DE.DE SOUSA, FRANCISCO DE ASSIS S.http://lattes.cnpq.br/5392432872592612NÓBREGA, Ranyére Silva,NÓBREGA, Ranyére Silva.Nóbrega, Ranyére Silva.http://lattes.cnpq.br/9860653777047562GALDINO, Josenildo Ferreira.2020-02-032022-08-09T12:39:09Z2022-08-092022-08-09T12:39:09Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26538GALDINO, Josenildo Ferreira. Estimativa da variabilidade interanual do balanço de umidade das bacias Amazônica e do Prata. 2020. 150 fl. Tese (Doutorado em Meteorologia) – Programa de Pós-Graduação em Meteorologia, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2020.porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-08-30T17:39:06Zoai:localhost:riufcg/26538Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-08-30T17:39:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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Este trabalho apresenta uma estimativa da variabilidade interanual do balanço de umidade das Bacias Amazônica e do Prata durante o período de 1979 a 2016 utilizando dados de reanálises do ERA-Interim do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMW). Para essa análise, foi utilizado um método para estimar o fluxo de umidade integrada verticalmente a partir de três volumes de controle, conhecidos como caixas, delimitadas pelas seguintes coordenadas: a) Caixa 1 (3°N a 14°S, 70°W a 50°W) representando a Bacia Amazônica (parte brasileira), b) Caixa 2 (14°S a 24°S, 65°W a 45°W) incluindo a Região Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, Centro-Leste da Bolívia e parte Centro-Norte do Paraguai e c) Caixa 3 (24°S a 34°S, 65°W a 47°W) representando a Região Sul do Brasil, Sul do Paraguai, Norte da Argentina e Uruguai. Com relação às Bacias Amazônica e do Prata, os resultados mostraram que, na média anual, as bacias comportam-se como sumidouro de umidade atmosférica, além disso, a Bacia Amazônica é fonte de umidade para a Bacia do Prata. No tocante ao transporte de umidade, os resultados revelaram que a caixa 1 recebe 16,6% do fluxo de umidade por ventos alísios de Nordeste pela fronteira norte proveniente do Oceano Atlântico Norte e 83,4% pela fronteira leste do Oceano Atlântico Sul pelos alísios leste/Nordeste. A caixa 2 recebe umidade da Amazônia pela fronteira norte (63,2%) e oeste (27,6%) e o Oceano Atlântico Sul contribui diretamente com 9,2% (9,1% pela fronteira leste e 0,1 pela sul). No total de umidade da caixa 3, aproximadamente 88,2, 10,3, 1,1 e 0,4% são provenientes das fronteiras norte, oeste, leste e sul, respectivamente Também foram avaliados os perfis verticais do produto da umidade específica pela componente do vento para verificar o comportamento ao longo dos 23 níveis de pressão. A análise da variabilidade do transporte de umidade sobre as regiões das Bacias Amazônica e do Prata revelaram que grande parte da umidade que chega até a Bacia do Prata é oriunda, principalmente da Amazônia. Entretanto, da contribuição da reciclagem da precipitação obteve-se as porcentagens de 54, 69 e 49% para as caixa 1, 2 e 3, respectivamente. |
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