Mudanças climáticas urbanas.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10438 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como premissa, o fato de que o crescimento das cidades tem levado a grandes modificações de suas estruturas, provocando seu aquecimento pronunciado, principalmente devido a implantação de asfalto e construção de prédios com janelas de vidro espelhado. Tentando estudar essa situação no estado da Paraíba, foram conduzidos experimentos microclimatológicos urbanos nos períodos de inverno (julho-agosto) e verão (dezembro) de 1997 nas cidades de Campina Grande e Patos, objetivando estudar o microclima e a influencia das superfícies de asfalto, calçamento e de praga, no aquecimento urbano. Para tanto, foram instaladas estações micrometeorológicas nas superfícies mencionadas, equipadas com sistema de aquisição de dados (micrologger 21X), que possibilitaram leituras instantâneas de radiação solar global, radiação refletida, saldo de radiação, fluxo de calor, temperatura e umidade do ar, temperatura da superfície e velocidade do vento. Também foram efetuadas observações com transecto móvel. Além da comparação entre os parâmetros observados sobre as três áreas estudadas, também comparou-se a temperatura do ar obtida nessas áreas com aquela observada na estação meteorológica. Os resultados mostraram que a superfície de asfalto e a mais quente das três áreas urbanas estudadas. Na cidade de Campina Grande, a temperatura do asfalto alcançou medias horarias entre 14 e 15 horas de 60,8°C e 47,5°C, respectivamente, no verão e inverno, enquanto na cidade de Patos chegou a 63,9°C e 55,5°C nos dois períodos citados. Um fato que chama atenção e que, embora o asfalto seja a superfície mais aquecida, a temperatura do ar sobre a rua de calçamento, foi maior do que sobre o asfalto na cidade de Patos, no inverno e no verão e, em Campina Grande, no verão. Esse fato pode estar associado a grande reflexão de radiação solar pela superfície de calçamento que, embora contribua para amenizar a temperatura da superfície, disponibiliza mais radiação de ondas curtas para ser absorvida pelo vapor d'água na atmosfera adjacente. Observações com transectos móveis efetuadas em Patos, indicam que a arborização pode contribuir para reduzir a temperatura do ar em ate 1,8°C em rua asfaltada e em 1,3°C em rua de calçamento. Por ultimo, as observações efetuadas próximas a paredes de diversas cores, mostraram que no lado ensolarado da rua, a temperatura foi em media 4,7°C superior aquela observada no lado sombreado e que quanto mais escura for a cor da parede, maior aquecimento esta terá. |
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Mudanças climáticas urbanas.Urban climate change.Climatologia UrbanaMudanças ClimáticasMudanças Climáticas UrbanasClima UrbanoAquecimento Urbano - Asfalto - Calçamento e PraçaMeteorologiaUrban ClimatologyClimate ChangesUrban Climate ChangeUrban ClimateUrban Heating - Asphalt - Pavement and SquareMeteorologyA presente pesquisa teve como premissa, o fato de que o crescimento das cidades tem levado a grandes modificações de suas estruturas, provocando seu aquecimento pronunciado, principalmente devido a implantação de asfalto e construção de prédios com janelas de vidro espelhado. Tentando estudar essa situação no estado da Paraíba, foram conduzidos experimentos microclimatológicos urbanos nos períodos de inverno (julho-agosto) e verão (dezembro) de 1997 nas cidades de Campina Grande e Patos, objetivando estudar o microclima e a influencia das superfícies de asfalto, calçamento e de praga, no aquecimento urbano. Para tanto, foram instaladas estações micrometeorológicas nas superfícies mencionadas, equipadas com sistema de aquisição de dados (micrologger 21X), que possibilitaram leituras instantâneas de radiação solar global, radiação refletida, saldo de radiação, fluxo de calor, temperatura e umidade do ar, temperatura da superfície e velocidade do vento. Também foram efetuadas observações com transecto móvel. Além da comparação entre os parâmetros observados sobre as três áreas estudadas, também comparou-se a temperatura do ar obtida nessas áreas com aquela observada na estação meteorológica. Os resultados mostraram que a superfície de asfalto e a mais quente das três áreas urbanas estudadas. Na cidade de Campina Grande, a temperatura do asfalto alcançou medias horarias entre 14 e 15 horas de 60,8°C e 47,5°C, respectivamente, no verão e inverno, enquanto na cidade de Patos chegou a 63,9°C e 55,5°C nos dois períodos citados. Um fato que chama atenção e que, embora o asfalto seja a superfície mais aquecida, a temperatura do ar sobre a rua de calçamento, foi maior do que sobre o asfalto na cidade de Patos, no inverno e no verão e, em Campina Grande, no verão. Esse fato pode estar associado a grande reflexão de radiação solar pela superfície de calçamento que, embora contribua para amenizar a temperatura da superfície, disponibiliza mais radiação de ondas curtas para ser absorvida pelo vapor d'água na atmosfera adjacente. Observações com transectos móveis efetuadas em Patos, indicam que a arborização pode contribuir para reduzir a temperatura do ar em ate 1,8°C em rua asfaltada e em 1,3°C em rua de calçamento. Por ultimo, as observações efetuadas próximas a paredes de diversas cores, mostraram que no lado ensolarado da rua, a temperatura foi em media 4,7°C superior aquela observada no lado sombreado e que quanto mais escura for a cor da parede, maior aquecimento esta terá.The research had a basic assumption, namely the fact that the growth of the cities has been taking to great modifications of its structures, provoking its pronounced heating, mainly due to asphalt's application and construction of buildings with mirrored windows. Trying to study that situation in the state of Paraiba, experiments with urban microclimate were driven in the winter periods (July-August) and summer (December) of 1997 in the cities of Campina Grande and Patos, objectifying to study the microclimate and the influence of the asphalt surfaces, pavement and square, in the urban heating. So that, micrometeorological stations were installed in the mentioned surfaces, equipped with system of data's acquisition (micrologger 21X), that facilitated instantaneous readings of global solar radiation, reflected radiation, radiation balance, flow of heat, temperature and humidity of the air, temperature of the surface and speed of the wind. Observations were also made with mobile transecto. Besides the comparison among the parameters observed on the three studied areas, the temperature of the air was also compared with that observed in the meteorological station. The results showed that the asphalt surface is the hottest of the three studied urban areas. In the city of Campina Grande, the temperature of the asphalt reached hourly averages between 14 and 15 hours of 60,8°C and 47,5°C, respectively, in the summer and winter, while in the city of Patos it arrived at 63,9°C and 55,5°C in the two mentioned periods. A fact that gets attention is that, although the asphalt is the warmest surface, the temperature of the air on the pavement street was larger than on the asphalt in the city of Patos, in the winter and in the summer and, in Campina Grande, in the summer. That fact can be associated to the great reflection of solar radiation by the pavement surface that, although it contributes to liven up the temperature of the surface, provides more radiation of short waves to be absorbed by the vapor of water in the adjacent atmosphere. Observations with mobile transectos made in Patos, indicate that the forest can contribute to reduce the temperature of the air in up to 1,8°C in asphalt paved street and in 1,3°C in pavement street Last, the close made observations to walls of several colors, they showed that on the sunny side of the street, the temperature went 4,7°C superior on the average to that observed on the shaded side and that the more dark it goes the color of to wall, larger heating this will have.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRNPÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIAUFCGLEITÃO, Mário de Miranda Vilas Boas Ramos.LEITÃO, M. M. V. B. R.http://lattes.cnpq.br/7305189524186801SILVA, Bernardo Barbosa da.MAITELLI, Gilda Tomasini.SILVA, Ana Paula Lima Marques da.1998-08-142019-12-23T16:40:59Z2019-12-232019-12-23T16:40:59Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10438SILVA, Ana Paula Lima Marques da. Mudanças climáticas urbanas. 1988. 146f. (Dissertação de Mestrado em Meteorologia), Curso de Mestrado em Meteorologia, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba - Campus II - Campina Grande – Paraíba – Brasil, 1998. 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