Análise de um sistema de medição de recalques utilizado em monitoramento geoambiental.

• Autor(a) principal: REIS, Raquel Freitas.
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: ARAÚJO NETO, Cláudio Luís de., NÓBREGA, Breno Moura de Araújo., REIS, Breno Moura de Araújo., PAIVAS, William de.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33691
• topic: Monitoramento geoambiental; Sistema de medição de recalques; Grupo de Geotecnia Ambiental - UFCG; Geotecnia Ambiental; Aterro sanitário - medição de recalque; Geoenvironmental monitoring; Settlement measurement system; Environmental Geotechnics Group - UFCG; Environmental Geotechnics; Sanitary landfill - settlement measurement; Ecologia.

Para compreender qualquer fenômeno é necessário observar comportamentos, para isso, os sistemas de medições são aliados importantes para o desenvolvimento científico, pois através das informações obtidas pelos instrumentos é possível analisar os parâmetros e chegar a possíveis conclusões daquilo que se está investigando. Os sistemas de medições devem apresentar exatidão e precisão em suas leituras, com pouca margem de erro, para gerar resultados confiáveis e interpretações seguras. Para Marconi (2016), os dados adquiridos pelos sistemas de medições são os alicerces para a compreensão e interpretação de um fenômeno em investigação. Na geotecnia ambiental, o uso dos sistemas de medições é de fundamental importância, visto que obra de aterro sanitário é uma alternativa amplamente utilizada para a disposição e tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Para Boscov (2008) o monitoramento geotécnico e ambiental de aterros sanitários, possui como função, fornecer informações para o controle da estabilidade estrutural e do impacto ambiental, além do conhecimento do comportamento mecânico e físico dos resíduos e dos materiais que o compõe. Os sistemas de medições utilizados para o monitoramento de recalques (deformações verticais) geralmente são as adaptadas da geotecnia clássica, embora os maciços de RSU apresentem um comportamento diferenciado dos observados em solos. Para o monitoramento de recalques em profundidade, a compreensão dos comportamentos requer maior atenção. Segundo Melo (2003) os recalques que se dão ao longo da profundidade da massa de lixo, apresentam diferentes velocidades de degradação ao longo do tempo, fator que pode comprometer na estabilidade do maciço. Swati e Joseph (2008) afirmam que compreender os padrões de recalques dos RSU é fundamental para a concepção de um aterro eficiente, mantendo os vários elementos de engenharia de uma instalação. Uma das metodologias utilizadas para monitoramentos de recalques em profundidade é descrita por Leite (2008) e Farias (2014), e consiste na distribuição de placas magnéticas ao longo da profundidade do maciço. Nas placas são acoplados imãs axiais, para geração do campo magnético e possuem um orifício central que as permitem transcorrer por um tubo guia que é instalado verticalmente na base inferior da massa de resíduo e se prolonga até a camada superior do maciço. O processo de medição se dá através da inserção no tubo guia de um fio graduado, que possui em uma de suas extremidades uma sonda composta por um sensor que detecta o campo magnético, viabilizando assim o conhecimento do posicionamento das placas. O presente trabalho tem como objetivo analisar os sistemas de medições que são utilizados pelo Grupo de Geotecnia Ambiental (GGA), da Universidade Federal de Campina Grande – PB, para medir recalques em profundidade em escala real e escala de laboratório, calibrando-os com aceitação de erros toleráveis nas medidas.