Uso de poços escavados no leito seco do Rio Taperoá como estratégia para a conservação da água na região Semi-árida da Paraíba.

• Autor(a) principal: WATANABE, Takako.
• Data de Publicação: 2000
• Outros Autores: PAZ, Ronilson José., LEITE, Romualdo Lunguinho., LACERDA, Alecksandra Vieira de.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32461
• topic: Ecologia; Rio Taperoá; Poços - leito de rio; Estratégia de conservação da água; Bacia do Rio Taperoá; Recursos hídricos; Semiárido Paraibano; Taperoá River; Wells - river bed; Water conservation strategy; Taperoá River Basin; Water resources; Paraíba semi-arid

A consciência que hoje permeia a humanidade é que a água, elemento revestido de extrema relevância, não se encontra distribuída uniformemente em todas as regiões do Globo Terrestre. O exemplo corroborativo de tal afirmação se dá no Nordeste brasileiro onde se encontram os maiores problemas de estiagem prolongada. É nesse ambiente, e especificamente na Bacia do Rio Taperoá, que a problemática da água se intensifica devido a um somatório de fatores que fazem com que as águas de superfície evaporem com maior rapidez. A Bacia do Rio Taperoá situa-se na parte central do Estado da Paraíba, conformando-se sob as latitudes 6o 51’ 31'” S e 7o 34’ 21” S e entre as longitudes 36o 00’ 55’’ W e 37o 13’ 09’’ W (Fig. 1). Esta bacia está localizada na Região Fisiográfica da Borborema Central e drena uma área aproximada de 7.316 km2. O clima neste ambiente, segundo a classificação de Köppen, caracteriza-se como sendo do tipo BSwh’, isto é, semi-árido quente. As temperaturas médias do ar variam de 18 a 22 oC, onde os valores mínimos ocorrem nas porções mais altas do Planalto da Borborema. A temperatura máxima varia entre 28 e 31 oC, nos meses de novembro e dezembro. As precipitações médias situam-se em torno dos 400 mm e a estação seca pode alcançar um período de 8 a 9 meses (SEPLAN, 1997). É nesse meio que os seus habitantes como alternativa de sobrevivência, em períodos longos de estiagens, utilizam diretamente as águas de poços escavados nos leitos secos de rios. A intensidade de tal prática revela o quanto se faz necessário o conhecimento dos aspectos físicos e químicos dessas águas destinadas ao consumo humano e isso se caracteriza como um meio de possibilitar uma melhor qualidade de vida para as pessoas que habitam nessa região.