Arte de (sobre)viver e uma poética dos sentidos para não morrer: Lavra do Caulim em Junco do Seridó-Paraíba e as sensibilidades garimpeiras.
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34899 |
Resumo: | O trabalho com as sensibilidades é sutil – ler como as emoções e os sentimentos são subjetivados pelo ser humano e representálos em “materialidades”, historicizá-los e socializá-los é encontrar mais dúvidas do que certezas. É adentrar em um universo construído tanto pelo conhecimento intelectualizado e científico, quanto pela “animalidade” e a “irracionalidade”. Nesse sentido, mensurar sentimentos e emoções e representá-los não são tarefas fáceis, pois, como quantificar o gosto, o prazer, o medo, enfim, as emoções? A escolha da História das Sensibilidades para dar visibilidade e dizibilidade à extração de caulim em Junco do Seridó e àqueles que a praticam, nessa comunicação, procura fugir dos silêncios das fontes que os liam como parte de um processo econômico e de degradação ambiental, e, dar um olhar sensível aos dois modos de lavra caulínica existentes no município, as banquetas e os banquetões, dois binômios para uma mesma atividade, bem como, àqueles que a praticam, os banqueteiros. Sensibilidades produzidas sobre e nesse espaço pelos seus trabalhadores, situações onde a mineração do caulim impõe-se com destaque no mercado financeiro, alterando a cartografia social dos que dependem dessa atividade, embora, essa valorização e arrecadação não sejam sentidas pelos garimpeiros das banquetas, uma vez que, além das despesas inerentes ao garimpo, eles têm que pagar ao dono da terra para explorá-la. Portanto, as banquetas de caulim são a sobrevivência daqueles que não têm condições sociais, materiais, educacionais, entre outras, de procurar atividades melhores. Ainda que o trabalho seja difícil e perigoso, o dinheiro é certo, sendo assim, sonhos de um futuro melhor alternam-se e se misturam com os presságios de medo e de insegurança produzidos na extração do caulim em banquetas. Visibilidades e dizibilidades de um espaço emocionalmente ambíguo, visto e lido como posicional, fruto das subjetividades fabricadas em um cenário no qual há uma arte de (sobre)viver e uma poética dos sentidos para não morrer. |
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Arte de (sobre)viver e uma poética dos sentidos para não morrer: Lavra do Caulim em Junco do Seridó-Paraíba e as sensibilidades garimpeiras.Art of (surviving) living and a poetics of the senses to not die: Lavra do Caulim in Junco do Seridó-Paraíba and mining sensibilities.Garimpo - Junco do Seridó - PBCaulim - Junco do Seridó - PBLavra de Caulim - Junco do seridó - PBSensibilidadesBanqueteirosJunco do Seridó - PB - mineração de caulimHistória das sensibilidadesExtração de caulim - Junco do seridó - PBMineradores de caulimTrabalhadores da mineração de caulimKaolin mine - Junco do seridó - PBSensitivitiesBankersJunco do Seridó - PB - kaolin miningHistory of sensitivitiesKaolin extraction - Junco do seridó - PBKaolin minersKaolin mining workersHistória.O trabalho com as sensibilidades é sutil – ler como as emoções e os sentimentos são subjetivados pelo ser humano e representálos em “materialidades”, historicizá-los e socializá-los é encontrar mais dúvidas do que certezas. É adentrar em um universo construído tanto pelo conhecimento intelectualizado e científico, quanto pela “animalidade” e a “irracionalidade”. Nesse sentido, mensurar sentimentos e emoções e representá-los não são tarefas fáceis, pois, como quantificar o gosto, o prazer, o medo, enfim, as emoções? A escolha da História das Sensibilidades para dar visibilidade e dizibilidade à extração de caulim em Junco do Seridó e àqueles que a praticam, nessa comunicação, procura fugir dos silêncios das fontes que os liam como parte de um processo econômico e de degradação ambiental, e, dar um olhar sensível aos dois modos de lavra caulínica existentes no município, as banquetas e os banquetões, dois binômios para uma mesma atividade, bem como, àqueles que a praticam, os banqueteiros. Sensibilidades produzidas sobre e nesse espaço pelos seus trabalhadores, situações onde a mineração do caulim impõe-se com destaque no mercado financeiro, alterando a cartografia social dos que dependem dessa atividade, embora, essa valorização e arrecadação não sejam sentidas pelos garimpeiros das banquetas, uma vez que, além das despesas inerentes ao garimpo, eles têm que pagar ao dono da terra para explorá-la. Portanto, as banquetas de caulim são a sobrevivência daqueles que não têm condições sociais, materiais, educacionais, entre outras, de procurar atividades melhores. Ainda que o trabalho seja difícil e perigoso, o dinheiro é certo, sendo assim, sonhos de um futuro melhor alternam-se e se misturam com os presságios de medo e de insegurança produzidos na extração do caulim em banquetas. Visibilidades e dizibilidades de um espaço emocionalmente ambíguo, visto e lido como posicional, fruto das subjetividades fabricadas em um cenário no qual há uma arte de (sobre)viver e uma poética dos sentidos para não morrer.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20112024-03-05T17:44:21Z2024-03-052024-03-05T17:44:21Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34899CUNHA, Inairan Cristino; OLIVEIRA, Iranilson Buriti de. Arte de (sobre)viver e uma poética dos sentidos para não morrer: Lavra do Caulim em Junco do Seridó-Paraíba e as sensibilidades garimpeiras. In: II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura. GT 06 - Cidades Múltiplas: Trabalho, Cotidiano, Sensibilidades, Cultura e Resistência. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2011. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2011. p. 1-10. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34899porCUNHA, Inairan Cristino.OLIVEIRA, Iranilson Buriti de.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2024-03-05T17:45:17Zoai:localhost:riufcg/34899Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-03-05T17:45:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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