Fatores relacionados à insônia no climatério.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9858 |
Resumo: | Uma das fases da vida feminina é o climatério, um período fisiológico inevitável, muitas vezes acompanhado de sinais e sintomas físicos e emocionais, podendo influenciar negativamente na qualidade de vida. Dentre os sintomas típicos do climatério encontra-se a insônia, muitas vezes negligenciada pelos profissionais que assistem à mulher, cuja origem pode ser por problemas sociais, psicológicos, suporte social, comportamental ou problemas mórbidos. Esta pesquisa teve por objetivo identificar os fatores relacionados à insônia em mulheres no climatério, no município de Cajazeiras, Paraíba. É do tipo transversal, realizada no município de Cajazeiras, com 390 mulheres de 35 a 65 anos, que pertenciam às Unidades de Saúde da Família da zona urbana, incluídas na amostra após leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a coleta de dados realizou-se uma entrevista, utilizando um roteiro estruturado, contemplando itens que permitiram identificar dados socioeconômicos, estilo de vida e indicadores de saúde e a sua relação com a ocorrência da insônia. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, protocolo nº 0462.0.133.000-11. As entrevistas foram realizadas nas Unidades de Saúde da Família, de janeiro a março de 2013. O banco de dados foi digitado no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17, apresentados em tabelas, com frequência e percentual. As mulheres foram separadas em dois grupos: com insônia e sem insônia. As variáveis de exposição foram: refeições/dia, sedentarismo, tabagismo, etilismo, sobrepeso/obesidade, hipertensão e diabetes, as quais foram dicotomizadas, para possibilitar o cálculo da Razão de Risco (RR), teste de hipótese usado para correlacionar as variáveis. A média etária da população estudada foi de 49,13 (±7,84). A média de anos estudados foi 8,01 (± 4,89). Em relação à renda per capita, a média foi de 0,724 (±0,87). A insônia prevaleceu em 65,9% (n=262). Pelos achados, percebeu-se que o percentual de insônia foi maior entre as mulheres com até 3 refeições/dia (71%), nas sedentárias (66,6%), tabagistas (77,9%), etilistas (74,4%), com sobrepeso/obesidade (67,4%), hipertensas (76,8%) e diabéticas (68,6%). Pelo cálculo do Risco Relativo (RR) os achados revelaram que fatores de estilo de vida desfavoráveis e condições mórbidas são de risco para a presença de insônia, uma vez que o RR (em todas as correlações) foi > 1, mas não ultrapassou 1,5. Por isso, considera-se que a associação foi fraca e que há maior probabilidade em ser não causal. A alta prevalência de insônia entre as investigadas, as condições sociodemográficas desfavoráveis e fatores mórbidos encontrados confirmam o forte impacto do climatério na vida das mulheres; que devem ser proporcionadas diversas possibilidades de intervenção à mulher nessa fase da vida, sendo imprescindível que ela tenha espaço para expressar suas dificuldades e sentimentos; que receba orientações sobre as mudanças que estão ocorrendo no seu corpo; e o que estas podem ocasionar à saúde. Pelos resultados, percebe-se a necessidade em investigar outros fatores de risco para a insônia, associados aos dados sociodemográficos e fatores intrínsecos, próprios do climatério. |
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Fatores relacionados à insônia no climatério.Factors related to insomnia in the climacteric.Distúrbios do Início e da manutenção do sonoClimatérioFatores de riscoSleep Onset and Maintenance DisordersClimactericRisk factorsEnfermagem.Uma das fases da vida feminina é o climatério, um período fisiológico inevitável, muitas vezes acompanhado de sinais e sintomas físicos e emocionais, podendo influenciar negativamente na qualidade de vida. Dentre os sintomas típicos do climatério encontra-se a insônia, muitas vezes negligenciada pelos profissionais que assistem à mulher, cuja origem pode ser por problemas sociais, psicológicos, suporte social, comportamental ou problemas mórbidos. Esta pesquisa teve por objetivo identificar os fatores relacionados à insônia em mulheres no climatério, no município de Cajazeiras, Paraíba. É do tipo transversal, realizada no município de Cajazeiras, com 390 mulheres de 35 a 65 anos, que pertenciam às Unidades de Saúde da Família da zona urbana, incluídas na amostra após leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a coleta de dados realizou-se uma entrevista, utilizando um roteiro estruturado, contemplando itens que permitiram identificar dados socioeconômicos, estilo de vida e indicadores de saúde e a sua relação com a ocorrência da insônia. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, protocolo nº 0462.0.133.000-11. As entrevistas foram realizadas nas Unidades de Saúde da Família, de janeiro a março de 2013. O banco de dados foi digitado no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17, apresentados em tabelas, com frequência e percentual. As mulheres foram separadas em dois grupos: com insônia e sem insônia. As variáveis de exposição foram: refeições/dia, sedentarismo, tabagismo, etilismo, sobrepeso/obesidade, hipertensão e diabetes, as quais foram dicotomizadas, para possibilitar o cálculo da Razão de Risco (RR), teste de hipótese usado para correlacionar as variáveis. A média etária da população estudada foi de 49,13 (±7,84). A média de anos estudados foi 8,01 (± 4,89). Em relação à renda per capita, a média foi de 0,724 (±0,87). A insônia prevaleceu em 65,9% (n=262). Pelos achados, percebeu-se que o percentual de insônia foi maior entre as mulheres com até 3 refeições/dia (71%), nas sedentárias (66,6%), tabagistas (77,9%), etilistas (74,4%), com sobrepeso/obesidade (67,4%), hipertensas (76,8%) e diabéticas (68,6%). Pelo cálculo do Risco Relativo (RR) os achados revelaram que fatores de estilo de vida desfavoráveis e condições mórbidas são de risco para a presença de insônia, uma vez que o RR (em todas as correlações) foi > 1, mas não ultrapassou 1,5. Por isso, considera-se que a associação foi fraca e que há maior probabilidade em ser não causal. A alta prevalência de insônia entre as investigadas, as condições sociodemográficas desfavoráveis e fatores mórbidos encontrados confirmam o forte impacto do climatério na vida das mulheres; que devem ser proporcionadas diversas possibilidades de intervenção à mulher nessa fase da vida, sendo imprescindível que ela tenha espaço para expressar suas dificuldades e sentimentos; que receba orientações sobre as mudanças que estão ocorrendo no seu corpo; e o que estas podem ocasionar à saúde. Pelos resultados, percebe-se a necessidade em investigar outros fatores de risco para a insônia, associados aos dados sociodemográficos e fatores intrínsecos, próprios do climatério.One of the stages of women's life is the menopause, an inevitable physiological period, often accompanied by physical signs and symptoms and emotional and can negatively influence the quality of life. Among the typical symptoms of menopause insomnia is often overlooked by professionals who assist the woman, whose origin can be for social, psychological, social support, behavioral problems or morbid. This research aimed to identify the factors related to insomnia in climacteric women in the city of Cajazeiras, Paraíba. It is a cross-sectional, held with 390 women aged 35 to 65, who belonged to the Family Health Units in the urban area, sampled after reading and signing the consent form. To collect the data held an interview, using a structured questionnaire, covering items that made it possible socioeconomic data, lifestyle and health indicators and their relationship with the occurrence of insomnia. The research project was approved by the Ethics Committee of Universidade Estadual da Paraíba, Protocol 0462.0.133.000-11. The interviews were performed in Units of Family Health, January-March 2013. The database was entered in Statistical Package for Social Sciences (SPSS), version 17, presented in tables frequently and percentage. The women were divided into 2 groups: those with insomnia and no insomnia. The independent variables were: meals/day, sedentary lifestyle, smoking, alcohol consumption, overweight/obesity, hypertension and diabetes, which were dichotomized to allow the calculation of the Hazard Ratio (HR), hypothesis testing used to correlate variables. The mean age of the study population was 49.13 (±7.84). The average study period was 8.01 (±4.89). Regarding per capita income, the average was 0.724 (±0.87). Insomnia prevailed in 65.9% (n=262). By the findings, it was noticed that the percentage of insomnia was higher among women with up to 3 meals/day (71%) in sedentary (66.6%), smokers (77.9%), alcoholics (74.4%), overweight/obesity (67.4%), hypertension (76.8%) and diabetes (68.6%). For the calculation of Relative Risk (RR) findings revealed that unfavorable lifestyle and morbid conditions are risk factors for the presence of insomnia, since the RR (in all correlations) was > 1, but did not exceed 1,5. Therefore, it is considered that the association was weak and that there are not more likely to be causal. The high prevalence of insomnia among those investigated, the adverse conditions and sociodemographic factors found morbid confirm the strong impact of menopause on women's lives; various possibilities for intervention that the woman should be provided at this stage of life, is indispensable that she has space to express their problems and feelings; receiving guidance about the changes that are occurring in your body; and what these can cause to health. From the results, we perceive the need to investigate other risk factors for insomnia associated with sociodemographic data and intrinsic factors inherent to the climacteric.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGFARIAS, Maria do Carmo Andrade Duarte de.FARIAS, Maria do Carmo Andrade Duarte de.http://lattes.cnpq.br/4960580344208276ABRANTES, Kennia Sibelly Marques de.CASIMIRO, Geofabio Sucupira.ASEVÊDO, Paloma Lopes de.20142019-12-04T16:13:13Z2019-12-042019-12-04T16:13:13Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9858ASEVÊDO, Paloma Lopes de. Fatores relacionados à insônia no climatério. 2014. 39f. 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Uma das fases da vida feminina é o climatério, um período fisiológico inevitável, muitas vezes acompanhado de sinais e sintomas físicos e emocionais, podendo influenciar negativamente na qualidade de vida. Dentre os sintomas típicos do climatério encontra-se a insônia, muitas vezes negligenciada pelos profissionais que assistem à mulher, cuja origem pode ser por problemas sociais, psicológicos, suporte social, comportamental ou problemas mórbidos. Esta pesquisa teve por objetivo identificar os fatores relacionados à insônia em mulheres no climatério, no município de Cajazeiras, Paraíba. É do tipo transversal, realizada no município de Cajazeiras, com 390 mulheres de 35 a 65 anos, que pertenciam às Unidades de Saúde da Família da zona urbana, incluídas na amostra após leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a coleta de dados realizou-se uma entrevista, utilizando um roteiro estruturado, contemplando itens que permitiram identificar dados socioeconômicos, estilo de vida e indicadores de saúde e a sua relação com a ocorrência da insônia. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, protocolo nº 0462.0.133.000-11. As entrevistas foram realizadas nas Unidades de Saúde da Família, de janeiro a março de 2013. O banco de dados foi digitado no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17, apresentados em tabelas, com frequência e percentual. As mulheres foram separadas em dois grupos: com insônia e sem insônia. As variáveis de exposição foram: refeições/dia, sedentarismo, tabagismo, etilismo, sobrepeso/obesidade, hipertensão e diabetes, as quais foram dicotomizadas, para possibilitar o cálculo da Razão de Risco (RR), teste de hipótese usado para correlacionar as variáveis. A média etária da população estudada foi de 49,13 (±7,84). A média de anos estudados foi 8,01 (± 4,89). Em relação à renda per capita, a média foi de 0,724 (±0,87). A insônia prevaleceu em 65,9% (n=262). Pelos achados, percebeu-se que o percentual de insônia foi maior entre as mulheres com até 3 refeições/dia (71%), nas sedentárias (66,6%), tabagistas (77,9%), etilistas (74,4%), com sobrepeso/obesidade (67,4%), hipertensas (76,8%) e diabéticas (68,6%). Pelo cálculo do Risco Relativo (RR) os achados revelaram que fatores de estilo de vida desfavoráveis e condições mórbidas são de risco para a presença de insônia, uma vez que o RR (em todas as correlações) foi > 1, mas não ultrapassou 1,5. Por isso, considera-se que a associação foi fraca e que há maior probabilidade em ser não causal. A alta prevalência de insônia entre as investigadas, as condições sociodemográficas desfavoráveis e fatores mórbidos encontrados confirmam o forte impacto do climatério na vida das mulheres; que devem ser proporcionadas diversas possibilidades de intervenção à mulher nessa fase da vida, sendo imprescindível que ela tenha espaço para expressar suas dificuldades e sentimentos; que receba orientações sobre as mudanças que estão ocorrendo no seu corpo; e o que estas podem ocasionar à saúde. Pelos resultados, percebe-se a necessidade em investigar outros fatores de risco para a insônia, associados aos dados sociodemográficos e fatores intrínsecos, próprios do climatério. |
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