O “calote” no ambiente urbano de Cuiabá: uma prática na fronteira do ilícito na segunda metade do século XIX.

• Autor(a) principal: SILVA, Anderson Domingos da.
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36461
• topic: Jornal A Imprensa de Cuiabá; Prática do calote - Cuiabá - MT; História de Cuiabá - MT; Calote; Newspaper A Imprensa de Cuiabá; Practice of default - Cuiabá - MT; History of Cuiabá - MT; Default; História.

No jornal “A Imprensa de Cuiabá”, num anúncio intitulado: A Pedido, de 22 de julho de 1860, o “ilustríssimo senhor” Miguel Paes de Barros, faz alguns questionamentos ao Tenente Coronel José Maria Salazar acerca do guarda nacional Generoso José Gonçalves, embarcado abordo do vapor Conselheiro Paranhos, sob o comando do mesmo Coronel. Entre as questões publicamente expostas, todas em busca das qualificações morais do guarda nacional, poder-se-á encontrar a seguinte: Se já lhe constou passasse algum calote. Tal preocupação esboçada pelo senhor Paes de Barros, constitui-se numa pista através da qual podemos investigar uma prática desviante nas relações sociais na Cuiabá do século XIX. Neste artigo, que apresento algumas reflexões referentes ao terceiro capítulo de minha dissertação de mestrado, embora constitua-se ainda em reflexões preliminares, na qual espero ser merecedor de contribuições, trato acerca do “calote” - dentre os crimes contra à propriedade na forma dos “calotes”, roubos e furtos. O “calote” é entendido a partir das sociais, conceito que retoma Weber (1987:48), serão entendidas como relações de crédito.