Infecção do trato urinário: análise do perfil de resistência bacteriana no município de Caicó/RN, comparando o período pré-pandêmico e pandêmico da COVID 19.

• Autor(a) principal: FERREIRA, Magda Cristina Dantas.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27042
• topic: Farmácia – Medicamentos – Antimicrobianos; Infecção do Trato Urinário (ITU); Bactéria (Escherichia coli); Pharmacy - Medicines - Antimicrobials; Urinary tract infection (UTI); Infección del tracto urinario (ITU); Farmácia

A Infeção do Trato Urinário (ITU) é definida pela colonização de microrganismos patogênicos nos tecidos urinários, apresentando um alto número de recidivas devido a falhas terapêuticas e consequente aumento da resistência microbiana. Visto isso, o presente estudo buscou avaliar os resultados das uroculturas e dos antibiogramas realizados em um Laboratório privado, situado no município de Caicó/RN, no período de julho a dezembro de 2019 e julho a dezembro de 2021, com ênfase na resistência bacteriana. Dessa forma, foi realizado um estudo epidemiológico, retrospectivo, do tipo exploratório, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa, utilizando os dados descritos e sintetizados, fazendo o uso de valores em porcentagem. No período a que se deteve este trabalho, foram realizadas 1039 uroculturas, das quais 158 positivaram. Houve prevalência do gênero feminino, com 124 casos positivos (78,5%), com predominância na faixa etária acima de 60 anos. Em ambos os períodos a Escherichia coli foi o microrganismo mais isolado, respondendo por mais de 70% dos casos. Observou-se que houve um aumento na resistência de cepas de E. coli as fluoroquinolonas, especialmente ciprofloxacino e norfloxacino, verificada em 2021, quando se comparou com o ano 2019, podendo a pandemia do COVID-19 ter sido um fator agravante para esse aumento, considerando-se o elevado uso de antimicrobianos nesse período. Ademais, constatou-se que a nitrofurantoína apresentou os melhores resultados sobre esse uropatógeno, não havendo alterações no perfil de resistência. O cenário atual é preocupante, especialmente quando se percebe o aumento da resistência para quinolonas, uma das classes de antibióticos muito utilizadas em ITU, necessitando cada vez mais de avaliações periódicas do perfil de resistência microbiana, sugerindo cautela na prescrição antimicrobiana terapêutica empírica.