Normas e posturas no cotidiano da cidade da Parahyba (1830-1840).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Jerlyane Dayse Monteiro dos.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: MARIANO, Serioja Rodrigues Cordeiro.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37187
Resumo: A partir do início do século XIX, o Brasil passou por um acelerado “processo civilizatório”, graças à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808. A instalação da Coroa transformou o Rio de Janeiro em um centro de convívio social “civilizado”, que tinha como modelo a corte francesa. Deste modo, a partir de 1808, o modelo civilizatório empreendido no Rio de Janeiro, baseado no modelo francês, passou a se espalhar gradativamente por todo o país (CARVALHO, 2004). Contudo, para falarmos em processo civilizador utilizamos como referência o conceito dado por Norbert Elias, pois este afirma que, “civilização” abrange uma grande variedade de fatos, “ao nível da tecnologia, ao tipo de maneiras, ao desenvolvimento dos conhecimentos científicos, às idéias religiosas e aos costumes” (ELIAS, 1994, p. 23), pois civilização pode se referir a uma serie elementos e normas de convivência comuns a uma determinada sociedade. De tal modo, que o modelo civilizatório francês passou a servir de modelo para a sociedade carioca, e esta última passou a servir de espelho para as demais províncias do Império. Tendo em vista que o Rio de Janeiro além de servir de cenário para os principais embates políticos tornou-se também o principal pólo centralizador e difusor de hábitos e normas de convivência para as demais províncias do Império. (CARVALHO, 2004). Dessa forma, podemos observar o Código de Posturas de cada província como uma forma de adaptar o processo civilizatório “nacional” ás especificidades locais. Sendo assim, passaremos a analisar o Código de Posturas da Província da Paraíba Regencial, aprovado, em 1831, como um conjunto de leis formuladas a partir das especificidades locais, buscando adequar a vida “urbana provincial”, ao contexto civilizatório nacional. Portanto, pretendemos analisar as práticas cotidianas na Província da Paraíba Regencial (1831-1840) no seu espaço urbano a partir das Posturas de N° 8 ao N° 16, postas em execução a partir de 1831; e que atualmente encontram-se no Arquivo Histórico do Estado da Paraíba.
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