Adequação da escala de depressão geriátrica ao idoso internado: estudo comparativo com a subescala de sintomas depressivos da EDAH.

• Autor(a) principal: BANDEIRA, Daniel Gustavo Sabino Ferreira.
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: SILVA, Tércio Manoel de Vasconcelos.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7744
• topic: Idoso; Depressão; Hospitalização; Old man; Depression; Hospitalization; Medicina.

A coleta de dados clínicos pode ser difícil em idosos. Um dos aspectos relevantes neste problema é a abordagem de sintomatologia depressiva, sobretudo quando o idoso encontra-se hospitalizado. A Escala de Depressão Geriátrica (EDG) é um dos instrumentos mais utilizados para o rastreamento deste tipo de manifestação clínica em idosos. Há evidências na literatura que indicam que a EDG pode ser aplicada em idosos com doença física, porém mais estudos são necessários para fortalecer a validade desta escala entre idosos hospitalizados. No âmbito de uma hospitalização, itens da Escala de Depressão Geriátrica (EDG), cujas respostas afirmativas indicam reações depressivas, deveriam ser indicativos de normalidade. Este trabalho teve por objetivo verificar a adequação da EDG com 30 itens (EDG-30) a pacientes idosos hospitalizados, avaliando-se a sua concordância em relação à Escala de Depressão e Ansiedade Hospitalar (EDAH). Foi realizado um estudo observacional e transversal, com avaliação de 50 pacientes idosos internados nas enfermarias do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) por meio da aplicação da EDG-30 e da EDAH. A concordância entre observadores foi avaliada pelo índice de concordância kappa e as correspondências entre as escalas pela análise de correlação de Pearson. Os resultados mostraram que a média de idade dos pacientes foi de 68,9 (±8,2) anos, 56% do sexo masculino e 28% não alfabetizados. Classificaram-se mais pacientes com sintomatologia depressiva clinicamente significativa através da subescala de depressão da EDG (32%) do que pela subescala de depressão da EDAH (24%) e a concordância entre examinadores foi moderada para a EDG e para a subescala de depressão da EDAH, mas discreta para a subescala de ansiedade desta. Os índices kappa da EDG e da EDAH-D foram satisfatórios, enquanto o da subescala de ansiedade, não. Observou-se um coeficiente de correlação de 0,85 (p=0,0001) entre a aplicação da EDG entre examinadores. Desta forma concluímos que houve uma satisfatória adequação da EDG a pacientes idosos hospitalizados em uma instituição pública de ensino. A correlação entre os escores da escala EDG-30 e da subescala de depressão da EDAH foi moderada, mas aceitável, indicando que a EDG se ajusta à aplicação no contexto hospitalar, uma vez que a primeira é indicada especificamente para pacientes internados. A reprodutibilidade entre examinadores da EDG foi elevada, indicando estabilidade na medida.