Aspectos da linguagem de documentos manuscritos entre os séculos XVII e XIX.

• Autor(a) principal: PESSOA, Marlos de Barros.
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34509
• topic: História.; Linguagem de documentos manuscritos; Documentos manuscritos; Documentação manuscrita; Documentos transcritos; Documentos digitalizados; Arquivo - documentos manuscritos; Paleografia; Language of handwritten documents; Handwritten documents; Handwritten documentation; Transcribed documents; Digitalized documents; Archive - handwritten documents; Paleography

Quando o pesquisador, interessado em estudar as fontes dos séculos passados sobretudo, recorre à grande variedade de documentos depositados nos arquivos espalhados pelo país, se depara comumente com manuscritos de difícil leitura, por causa de vários fatores típicos desse tipo de documentação. Esta comunicação quer destacar aspectos da linguagem e da composição desses manuscritos entre os séculos XVII e XIX, compostos de cartas, quer oficiais, quer privadas, e requerimentos, para delimitar um conjunto restrito de uma grande variedade. Não bastasse a caligrafia que por si só pode exigir um grande esforço, há outros elementos que caracterizam tais documentos. A grafia /ortografia com sua variabilidade é uma das marcas mais evidentes, num mesmo texto, ou em textos de épocas distintas. Alie- se a isso a grande quantidade de abreviaturas, que exige muita atenção e outras vezes consciência dos elementos do cotexto. Reforçando esse universo, há outros fenômenos, tais como conglomerados gráficos ou segmentação vocabular, que podem levar a uma falsa interpretação das informações veiculadas. Acrescente-se a isso a falta de uniformização ou regularidade da pontuação, que contribui para o problema da obscuridade de sentido. A devida interpretação de uma passagem ou de várias passagens dos manuscritos é uma tarefa que exige, pois, muita acuidade daquele que lê ou transcreve tais documentos. Foi, portanto, analisando um conjunto de documentos digitalizados ou transcritos, que se pôde perceber o significado desses elementos para o necessário trabalho de leitura e transcrição, tão fundamental para a recuperação de informações cruciais para o fazer histórico. Diante da repetição dos fenômenos aqui enumerados, faz-se necessário uma sistematização, tal como esta aqui feita, para servir de preparação para futuros pesquisadores que possam ir às fontes primárias. Esse tipo de intervenção pode estimular essa ida às fontes, possibilitando o desenvolvimento de uma consciência maior do que a que existe tanto no sentido da vontade de contemplação dos documentos que repousam nos arquivos, quanto no cuidado com a preservação e digitalização de uma farta documentação.