“Companheira me ajuda que eu não posso andar só, sozinha ando bem, mas com você ando melhor”: mulheres, coletividades e organização no movimento de ocupação das escolas em Campina Grande/PB.
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17573 |
Resumo: | A “Primavera Secundarista” foi um fenômeno caracterizado pela ocupação das Escolas, Universidades e Institutos Federais em todo o território nacional no período de agosto a novembro de 2016. O movimento teve como liderança os jovens da rede pública de ensino diante das medidas impostas pelo novo governo, como a Reforma do Ensino Médio, e a Emenda Constitucional nº 55, que criou empecilhos para investimentos públicos em setores como Educação. O movimento de ocupação marca uma renovação geracional dentro do movimento estudantil e, consequentemente, evidenciam novas formas de organização. O protagonismo feminino surgiu como um dos elementos latentes desse período, proporcionando acionar elementos presentes na realidade social, colocando em questão as relações sociais estabelecidas historicamente, que apontam definição dos papéis de gênero a espaços localizados dentro da estrutura da sociedade, principalmente no campo político. Nessa dimensão, o objetivo da pesquisa se torna: como, a partir dessas novas formas de sociabilidade, a construção dos papéis de gênero implica na experiência das mulheres no contexto do movimento de ocupação? Com o recorte na cidade Campina Grande – Paraíba, as ocupações investigadas são a Universidade Federal de Campina Grande, a Escola Estadual Dr. Elpídio de Almeida (Gigantão da Prata) e o Instituto Federal de Paraíba campus Campina Grande. Logo, o percurso metodológico do trabalho utilizou a técnica de entrevistas semiestruturada executada individualmente e, posteriormente, combinado com momento coletivo com a realização do grupo focal destinado aos indivíduos envolvidos na pesquisa, servindo como instrumento para acessar a experiência do fenômeno vivenciados por esses sujeitos. Torna-se evidente, como aspectos durante esse período, a possível reestruturação do movimento estudantil nos espaços escolares, com estreita conexão com o movimento de mulheres, principalmente, mediante as estratégias de organização e a presença de pautas relacionadas, proporcionando a abertura de múltiplas vozes em “seus lugares de fala”, contribuindo, segundo a literatura, para formação da quarta onda feminista no Brasil. |
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“Companheira me ajuda que eu não posso andar só, sozinha ando bem, mas com você ando melhor”: mulheres, coletividades e organização no movimento de ocupação das escolas em Campina Grande/PB.“Companion helps me that I cannot walk alone, I walk well, but I walk better with you”: women, communities and organization in the movement for the occupation of schools in Campina Grande/PB.OcupaçãoMulherMovimento EstudantilOccupationOccupationWomanStudent MovementCiências SociaisA “Primavera Secundarista” foi um fenômeno caracterizado pela ocupação das Escolas, Universidades e Institutos Federais em todo o território nacional no período de agosto a novembro de 2016. O movimento teve como liderança os jovens da rede pública de ensino diante das medidas impostas pelo novo governo, como a Reforma do Ensino Médio, e a Emenda Constitucional nº 55, que criou empecilhos para investimentos públicos em setores como Educação. O movimento de ocupação marca uma renovação geracional dentro do movimento estudantil e, consequentemente, evidenciam novas formas de organização. O protagonismo feminino surgiu como um dos elementos latentes desse período, proporcionando acionar elementos presentes na realidade social, colocando em questão as relações sociais estabelecidas historicamente, que apontam definição dos papéis de gênero a espaços localizados dentro da estrutura da sociedade, principalmente no campo político. Nessa dimensão, o objetivo da pesquisa se torna: como, a partir dessas novas formas de sociabilidade, a construção dos papéis de gênero implica na experiência das mulheres no contexto do movimento de ocupação? Com o recorte na cidade Campina Grande – Paraíba, as ocupações investigadas são a Universidade Federal de Campina Grande, a Escola Estadual Dr. Elpídio de Almeida (Gigantão da Prata) e o Instituto Federal de Paraíba campus Campina Grande. Logo, o percurso metodológico do trabalho utilizou a técnica de entrevistas semiestruturada executada individualmente e, posteriormente, combinado com momento coletivo com a realização do grupo focal destinado aos indivíduos envolvidos na pesquisa, servindo como instrumento para acessar a experiência do fenômeno vivenciados por esses sujeitos. Torna-se evidente, como aspectos durante esse período, a possível reestruturação do movimento estudantil nos espaços escolares, com estreita conexão com o movimento de mulheres, principalmente, mediante as estratégias de organização e a presença de pautas relacionadas, proporcionando a abertura de múltiplas vozes em “seus lugares de fala”, contribuindo, segundo a literatura, para formação da quarta onda feminista no Brasil.The “Secundarista Spring” was a phenomenon characterized by the occupation of Schools, Universities and Federal Institutes throughout the national territory from August to November 2016 in Brazil. The movement was led by adolescent from the public school system in view of the measures imposed by the new government, such as the High School Reform, and Constitutional Amendment nº 55, which created obstacles for public investments in sectors such as Education. The occupation movement marks a generational renewal within the student movement and, consequently, highlights new forms of organization. Female protagonism emerged as one of the latent elements of that period, providing the trigger for elements present in the social reality, calling into question the social relations established historically, which point to the definition of gender roles in spaces located within the structure of society, especially in the political field. In this dimension, the objective of the research becomes: how, from these new forms of sociability, does the construction of gender roles imply the experience of women in the context of the occupation movement? With the cut in the city Campina Grande - Paraíba, the investigated occupations are the Federal University of Campina Grande, the State School Dr. Elpídio de Almeida (Gigantão da Prata) and the Federal Institute of Paraíba campus Campina Grande. Therefore, the methodological path of the work used the technique of semi-structured interviews carried out individually and, later, combined with a collective moment with the realization of the focus group for the individuals involved in the research, serving as an instrument to access the experience of the phenomenon experienced by these subjects. It becomes evident, as aspects during this period, the possible restructuring of the student movement in school spaces, with a close connection with the women's movement, mainly through organization strategies and the presence of related guidelines, providing the opening of multiple voices in “their places of speech”, contributing, according to the literature, to the formation of the fourth feminist wave in Brazil.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Humanidades - CHPÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAISUFCGLIMA, Elizabeth Christina de Andrade.LIMA, E. C. A.http://lattes.cnpq.br/9483143620752293SOUSA FILHO, Ronaldo Laurentino de.MACHADO, Charliton José dos Santos.MENDES, Raphaella Ferreira.2020-06-152021-03-10T13:08:16Z2021-03-102021-03-10T13:08:16Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17573MENDES, R. 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