Importância do cão-guia para deficientes visuais através de relatos obtidos no Centro de Treinamento de Cão-Guia do Instituto Magnus no Estado de São Paulo.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Lumara Laiane Gomes de.
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24637
• topic: Cão-guia; Deficientes visuais; Instituto Magnus - SP; Inclusão; Treinamento de cão-guia; Animais na saúde humana; Inclusão; Terapia assistida - cão-guia; Guide dog; Visually impaired; Magnus Institute - SP; Inclusion; Guide dog training; Animals in human health; Inclusion; Assisted therapy - guide dog; Medicina Veterinária

O cão-guia representa uma forma de terapia assistiva usada para readaptação do deficiente visual. Consiste no treinamento e uso de animais como guia possibilitando independência, autonomia, liberdade, confiança e inclusão social. Assim, pela relevância e escassez de trabalhos relativos ao tema, objetivou-se estudar a importância do cão-guia para deficientes visuais, através de relatos obtidos em visitas no Centro de Treinamento de Cão-Guia do Instituto Magnus, entre as cidades de Sorocaba e Salto de Pirapora - São Paulo. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística há meio milhão de deficientes visuais e, segundo organizações não governamentais, existem aproximadamente 200 cães trabalhando na área em todo o Brasil. Foi realizada uma visita ao Centro de Treinamento de Cão-guia no dia 28 de maio, ressaltando-se, que, através de profissionais, composto por uma médica veterinária, uma colaboradora e um deficiente visual, pode-se, por meio de vários relatos dos mesmos, entender a história da inserção do cão-guia no Brasil e compreender as estruturas físicas necessárias ao treinamento dos animais. O referido Centro atua desde o ano de 2015, no entanto, uma sede oficial e definitiva foi inaugurada apenas no dia 28 de setembro de 2018; neste momento, foi entregue seis cães-guia. Ao iniciar a visita foi relatado pela colaboradora do Instituto que os cães chegavam ao estabelecimento ainda filhotes. Durante a visita, na recepção, foi realizada uma prática espacial, objetivando entender o deficiente visual; em um corredor escuro com os olhos vendados e obstáculos colocados no chão e no teto, foi aplicado à prática, despertando a empatia do grupo em entender como o deficiente confronta os obstáculos do dia a dia sem auxílio de seu cão-guia. Durante a entrevista com a médica veterinária e o deficiente visual observou-se a grande importância da família socializadora na evolução do projeto, porém, outros fatores, entre estes, pouca procura, apesar de divulgações, escassez de instrutores qualificados e de médico veterinário para a viabilidade do projeto, poucos cães-guias são treinados para a função de mobilidade e inclusão social do deficiente visual. Ao término da visita, podem-se analisar fatos que muito depende do profissional médico veterinário, e concluiu-se que é importante o olhar social e humanizado para a causa, transportar-se para entender o que são obstáculos na rotina do deficiente, compreender a seriedade e responsabilidade do projeto para com o próximo, e ser, sobretudo, facilitador de informações técnicas-científicas e leis nacionais, para assim, assegurar os direitos dos deficientes visuais. O cão é mais que um fator de mobilidade, é um fator de inclusão social.