Veredas de tradição e modernidade: História e alegoria no Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DEMETRIO, Everton.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35288
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar certo episódio do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, comumente conhecido e denominado como julgamento de Zé Bebelo, pensando-o como alegoria de momento singular da história republicana nacional, enquanto substrato empírico e histórico marcado por um arcaísmo situado nas margens opostas da modernidade; de tal forma, buscamos refletir à respeito das convulsões político-institucionais que marcaram a passagem do Império para a República, na qual atraso e modernidade ocupavam seus papéis encarnando respectivamente uma nostálgica ordem imperial e progressa ordem republicana, acreditando ser possível pensar estas a partir da obra citada. Pretendemos enfim, compreender até que ponto o espaço conformado em Grande sertão: veredas apresenta a confrontação entre as dimensões rurais e urbanas que estão em constante e intenso conflito na tentativa de estabelecerem sua identidade. O espaço rural (o sertão) tenta ratificar e fazer prevalecer suas características e seus costumes trazidos de uma recente ordem imperial, enquanto o urbano está em processo de expansão e consequente imposição à realidade sertaneja no movimento de afirmação da ordem republicana firmada sob o slogan - Ordem e Progresso. Este mundo é claramente o da República/cidade que enxerga o sertão como espaço do atraso, empecilho a formação de uma nação moderna; por isso mesmo exerce influência sobre o sertão e faz com que essa confrontação das duas realidades espaciais gere uma instabilidade que estará presente em todo o romance marcando a realidade espacial e humana sertaneja.
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