Fatores de risco para a síndrome da apneia obstrutiva do sono em motorista de ônibus.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARTINS, Fylipe Marques de Araújo.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: LIMA, Rebecca Maria Nascimento Eulálio Agra.
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30677
Resumo: Dentre os distúrbios de sono que levam à sonolência, o mais prevalente entre a categoria de motoristas profissionais é a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). A apneia obstrutiva do sono é caracterizada por episódios repetidos de cessação completa e/ou redução do fluxo de ar nas vias aéreas superiores. Uma avaliação específica para a qualidade do sono dos motoristas de ônibus é de grande importância em vista da gravidade das repercussões da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) na atividade laboral, na saúde e na qualidade de vida. Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido por meio de pesquisa de campo, que buscou identificar a presença de fatores de riscos associados a SAOS em motoristas de ônibus. A coleta de dados foi através do questionário sintomatológico, da Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e medidas antropométricas. A associação foi verificada pelo teste qui-quadrado de Pearson e pelo coeficiente de correlação de Spearman. A população constituiu-se de motoristas de ônibus de duas empresas da cidade de Campina Grande-PB (n = 76), com idade média de 39 anos, sendo 100% do sexo masculino. Detectou-se que 44,7% encontravam-se com pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg; este mesmo percentual apresentou circunferência do pescoço (CP) igual ou maior que 40 cm e 35,5% apresentaram algum grau de obesidade. Em relação ao sono, 59,2% afirmaram roncar a noite, 30,2% relataram dor de cabeça pela manhã, bem como informaram ter cansaço excessivo durante o dia e 47,3% referiram sonolência diurna. Pela ESE 15,8% apresentaram sonolência excessiva. As variáveis associadas que tiveram resultados estatisticamente significativos foram CP e IMC (rho = 0,79; p < 0,001), IMC e PAS (rho = 0,38; p = 0,001), IMC e PAD (rho = 0,28; p = 0,016), CP e PAS (rho = 0,37; p = 0,001), PAD e PAS (rho = 0,44; p < 0,001), não foram identificadas associações estatisticamente significativas entre Escala de Epworth e demais variáveis investigadas. Os resultados sugerem que o peso corporal pode contribuir para o aumento do risco para elevação da pressão arterial e CP, da mesma forma que sugeriu que a CP aumentou o risco para elevação da PAS. Assim, conclui-se que a população estudada apresentou fatores de risco associados a SAOS, relacionados ao gênero masculino, a obesidade (pelo índice de massa corpórea [IMC], prevalência de hipertensão, circunferência do pescoço e trabalho em turnos que pode alterar o ciclo circadiano, bem como potencializar a sonolência diurna.
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spelling Fatores de risco para a síndrome da apneia obstrutiva do sono em motorista de ônibus.Risk factors for obstructive sleep apnea syndrome in bus drivers.Factores de riesgo del síndrome de apnea obstructiva del sueño en conductores de autobús.Apneia do sono tipo obstrutivaTranstornos do sono-vigíliaFatores de riscoObstructive Sleep ApneaSleep-Wake DisordersFactors of riskApnea obstructiva del sueñoTrastornos del sueño-vigiliaFactores de riesgoMedicinaDentre os distúrbios de sono que levam à sonolência, o mais prevalente entre a categoria de motoristas profissionais é a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). A apneia obstrutiva do sono é caracterizada por episódios repetidos de cessação completa e/ou redução do fluxo de ar nas vias aéreas superiores. Uma avaliação específica para a qualidade do sono dos motoristas de ônibus é de grande importância em vista da gravidade das repercussões da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) na atividade laboral, na saúde e na qualidade de vida. Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido por meio de pesquisa de campo, que buscou identificar a presença de fatores de riscos associados a SAOS em motoristas de ônibus. A coleta de dados foi através do questionário sintomatológico, da Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e medidas antropométricas. A associação foi verificada pelo teste qui-quadrado de Pearson e pelo coeficiente de correlação de Spearman. A população constituiu-se de motoristas de ônibus de duas empresas da cidade de Campina Grande-PB (n = 76), com idade média de 39 anos, sendo 100% do sexo masculino. Detectou-se que 44,7% encontravam-se com pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg; este mesmo percentual apresentou circunferência do pescoço (CP) igual ou maior que 40 cm e 35,5% apresentaram algum grau de obesidade. Em relação ao sono, 59,2% afirmaram roncar a noite, 30,2% relataram dor de cabeça pela manhã, bem como informaram ter cansaço excessivo durante o dia e 47,3% referiram sonolência diurna. Pela ESE 15,8% apresentaram sonolência excessiva. As variáveis associadas que tiveram resultados estatisticamente significativos foram CP e IMC (rho = 0,79; p < 0,001), IMC e PAS (rho = 0,38; p = 0,001), IMC e PAD (rho = 0,28; p = 0,016), CP e PAS (rho = 0,37; p = 0,001), PAD e PAS (rho = 0,44; p < 0,001), não foram identificadas associações estatisticamente significativas entre Escala de Epworth e demais variáveis investigadas. Os resultados sugerem que o peso corporal pode contribuir para o aumento do risco para elevação da pressão arterial e CP, da mesma forma que sugeriu que a CP aumentou o risco para elevação da PAS. Assim, conclui-se que a população estudada apresentou fatores de risco associados a SAOS, relacionados ao gênero masculino, a obesidade (pelo índice de massa corpórea [IMC], prevalência de hipertensão, circunferência do pescoço e trabalho em turnos que pode alterar o ciclo circadiano, bem como potencializar a sonolência diurna.Among the sleep disorders that lead to drowsiness, the most prevalent among the category of professional drivers is obstructive sleep apnea syndrome (OSAS). Obstructive sleep apnea is characterized by repeated episodes of complete cessation and / or reduced airflow in the upper airways. A specific assessment for the quality of sleep of bus drivers is of great importance in view of the severity of the repercussions of obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) on work activity, health and quality of life. This is a cross- sectional study, developed through field research, which sought to identify the presence of OSAS associated risk factors in bus drivers. Data collection was performed through the symptomatic questionnaire, the Epworth Sleepiness Scale (ESS) and anthropometric measurements. The association was verified by Pearson's chi-square test and Spearman's correlation coefficient. The population consisted of bus drivers from two companies in the city of Campina Grande-PB (n = 76), with an average age of 39 years, being 100% male. It was found that 44.7% had systolic blood pressure (SBP) ≥ 140 mmHg and / or diastolic blood pressure (DBP) ≥ 90 mmHg; This same percentage had neck circumference (NC) equal to or greater than 40 cm and 35.5% had some degree of obesity. Regarding sleep, 59.2% reported snoring at night, 30.2% reported headache in the morning, as well as excessive tiredness during the day and 47.3% reported daytime sleepiness. By ESS 15.8% had excessive sleepiness. The associated variables that had statistically significant results were NC and BMI (rho = 0.79; p <0.001), BMI and SBP (rho = 0.38; p = 0.001), BMI and DBP (rho = 0.28; p = 0.016), NC and SBP (rho = 0.37; p = 0.001), DBP and SBP (rho = 0,44; p < 0,001), no statistically significant associations were identified between Epworth Scale and other investigated variables. The results suggest that body weight contributes to the increased risk for Blood Pressure and CP elevation, just as it suggested that CP increased the risk for SBP elevation. Thus, it can be concluded that the studied population presented risk factors associated with OSAS, related to male gender, obesity (by body mass index [BMI]), prevalence of hypertension, neck circumference and shift work that alters the cycle. circadian, which may also potentiate daytime sleepiness.Entre los trastornos del sueño que conducen a la somnolencia, el más frecuente entre la categoría de los conductores profesionales es el síndrome de apnea obstructiva del sueño (SAOS). la apnea El trastorno obstructivo del sueño se caracteriza por episodios repetidos de cese completo y/o Reducción del flujo de aire en las vías respiratorias superiores. Una evaluación específica para La calidad del sueño de los conductores de autobús es de gran importancia en vista de la gravedad de las repercusiones del síndrome de apnea obstructiva del sueño (SAOS) en actividad laboral, salud y calidad de vida. Este es un estudio transversal, desarrollado a través de una investigación de campo, que buscó identificar la presencia de factores de riesgo asociados al SAOS en conductores de autobús. La recolección de datos fue mediante el cuestionario sintomatológico, la Escala de Somnolencia de Epworth (ESS) y medidas antropométricas. La asociación se verificó mediante la prueba de chi-cuadrado de Pearson. y por el coeficiente de correlación de Spearman. La población estuvo conformada por conductores en autobús de dos empresas de la ciudad de Campina Grande-PB (n = 76), con edad edad promedio de 39 años, 100% hombres. Se detectó que el 44,7% tenía presión arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg y/o presión arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg; este mismo porcentaje presentó circunferencia de la cuello (NC) igual o mayor a 40 cm y el 35,5% presentaba algún grado de obesidad. Con respecto al sueño, el 59,2 % informó roncar por la noche, el 30,2 % informó dolor de cabeza por la mañana, así como refirió tener cansancio excesivo durante el día y el 47,3% Somnolencia diurna reportada. Según la ESS, el 15,8% presentó somnolencia excesiva. Hacia Las variables asociadas que tuvieron resultados estadísticamente significativos fueron CP y IMC (rho = 0,79; p < 0,001), IMC y PAS (rho = 0,38; p = 0,001), IMC y PAD (rho = 0,28; p = 0,016), PC y PAS (rho = 0,37; p = 0,001), PAD y PAS (rho = 0,44; p < 0,001), no se identificaron asociaciones estadísticamente significativas entre la escala de Epworth y otras variables investigadas. Los resultados sugieren que el peso corporal puede contribuir al aumento del riesgo de presión arterial elevada y PC, de la misma manera manera que sugería que la PC aumentaba el riesgo de elevación de la PAS. Así, se concluye que la población estudiada presentaba factores de riesgo asociados al SAOS, relacionados al género masculino, obesidad (por índice de masa corporal [IMC], prevalencia de hipertensión, circunferencia del cuello y turnos de trabajo que pueden alterar el ciclo ritmo circadiano, así como mejorar la somnolencia diurna.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSUFCGCATÃO, Carmem Dolores de Sá.CATÃO, Carmem Dolores de Sá.CATÃO, CARMEM DOLORES DE SÁ.DE SÁ CATÃO, CARMEM DOLORES.http://lattes.cnpq.br/7173639352326441GONDIM, Cátia Sueli de Sousa Eufrazino.EUFRAZINO, C. S. S.EUFRAZINO, CATIA.Eufrazino, C.http://lattes.cnpq.br/5328977641210533MEDEIROS, Marciênio Oliveira de.MEDEIROS, Marciênio Oliveira dehttp://lattes.cnpq.br/9898440288357708MARTINS, Fylipe Marques de Araújo.LIMA, Rebecca Maria Nascimento Eulálio Agra.2019-11-072023-07-10T13:43:45Z2023-07-102023-07-10T13:43:45Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30677MARTINS, Fylipe Marques de Araújo. LIMA, Rebecca Maria Nascimento Eulálio Agra. Fatores de risco para a sindrome da apneia obstrutiva do sono em motorista de ônibus. 2019. 72 fl. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso de Bacharelado em Medicina, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Campina Grande – Paraíba – Brasil, 2019. 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