A evolução da osteoartrite em relação ao conteúdo de proteoglicanos e densidade das fibras colágenas em joelhos de ratos submetidos à transecção do ligamento cruzado anterior.

• Autor(a) principal: SANTOS, Anderson Amaro dos.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8629
• topic: Cartilagem articular; Osteoartrite; Proteoglicanos; Fibras colágenas; Articular Cartilage; Osteoarthritis; Proteoglycans; Collagen Fibers; Medicina.

A osteoartrite é uma doença crônica que atinge as articulações sinoviais causando degeneração da cartilagem articular e como consequência, acarreta prejuízos na qualidade de vida dos acometidos. Nesse contexto, estudos com modelos experimentais de osteoartrite são de fundamental importância tanto para o melhor entendimento da fisiopatologia articular, como para verificar a eficácia de novos métodos de tratamento. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do processo degenerativo na cartilagem articular de joelhos de ratos, quanto à perda do conteúdo de proteoglicanos e alteração na densidade das fibras de colágenos, em modelo experimental de osteoartrite por transecção do ligamento cruzado anterior (TLCA) em quatro momentos pós lesão (3, 6, 9 e 12 meses). Para tanto, foram utilizados 25 ratos machos (Wistar) com 3 meses de idade, que foram distribuídos em 5 grupos: Grupo Controle (C), Grupo Osteoartrite 3 meses (OA3), Grupo Osteoartrite 6 meses (OA6), Grupo Osteoartrite 9 meses (OA9) e Grupo Osteoartrite 12 meses (OA12). Os animais do grupo controle não sofreram qualquer intervenção e foram eutanasiados aos 9 meses de idade. Os animais dos grupos osteoartrite foram eutanasiados nos respectivos tempos pós transecção do ligamento cruzado anterior. Para avaliar a progressão do processo degenerativo, foram realizadas análises do conteúdo de proteoglicanos e quantificação da densidade das fibras totais de colágeno. Quanto à análise estatística, foi aplicado o teste de normalidade de Shapiro Wilks. Nos dados considerados paramétricos foi aplicado o pós-teste ANOVA com Post Hoc Tukey (p ≤ 0,05) e nos dados considerados não paramétricos foi aplicado o pós-teste Kruskal-Wallis (p ≤ 0,05). Os resultados demonstraram uma redução gradual do conteúdo de proteglicanos ao longo da evolução da osteoartrite. Os grupos OA3 e OA6 apresentaram menor quantidade de proteoglicanos em relação ao grupo C, porém não apresentaram diferença entre si. O grupo OA9 apresentou menor quantidade de proteoglicanos em comparação aos grupos C, AO3 e OA6. Por fim, o grupo OA12 apresentou maior redução do conteúdo de proteoglicanos em relação a todos os grupos. Além do mais, a análise da densidade das fibras de colágenos, revelou uma redução gradual da densidade de fibras colágenas ao longo da evolução do processo degenerativo, porém sem diferença significativa entre o grupo OA9 e OA12. Os grupos OA3 e OA6 apresentaram diferença em relação ao C, porém não apresentaram diferença entre si. Já o grupo OA9 apresentou diferença entre todos os grupos, com exceção do grupo OA12. Portanto, concluiu-se que a OA evoluiu de forma lenta e gradual no modelo experimental por TLCA, demonstrado através da diminuição tanto no conteúdo de proteoglicanos, como na densidade das fibras de colágeno logo no grupo OA3, sendo maiores nos grupos com maior tempo de exposição ao estimulo lesivo.