Produção de forragem de maniçoba espontânea e sua utilização com palma forrageira e jurema preta na alimentação de ovinos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RANGEL, João Alberto Ferreira.
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3586
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos no delineamento em blocos casualizados. No primeiro, a altura e o diâmetro basal de 40 plantas espontâneas de maniçobas (Manihot glaziovii) em Itapetim-PE foram medidos em dois anos, e os dados de produção e de bromatologia da forragem foram coletados de 30 plantas podadas, de acordo com 4 níveis de intensidade de corte (0, 33, 50 e 100%) de corte dos ramos e respectivas rebrotas. A variação na altura entre março de 2010 e março de 2011 foi afetada negativamente pelo nível de corte (P<0,05), com média de 0,29, 0,11, 0,43 e -0,04 m/planta, respectivamente para 0, 33, 50 e 100% de corte. A variação no diâmetro basal não foi afetada (P>0,05) pela intensidade de corte, mas os incrementos médios foram superiores nas plantas menores do que nas maiores (P<0,01) para todos os níveis de corte: 6,38 vs. 1,56 mm/fuste. A interação entre os fatores Intensidade de Corte e Tipo de Material forrageiro (ramos ou rebrotas) foi significativa (P<0,05) na produção de forragem, com médias semelhantes na primeira coleta e na segunda coleta das ramas para 33 (0,66 ou 0,75 kg de MS proveniente de ramos ou respectivas rebrotas de cada planta) e 50% (1,40 ou 1,73 kg de MS, respectivamente) de intensidade de corte, e diminuiu para 100% de corte dos ramos (3,37 ou 2,06 kg de MS, respectivamente). Os teores de FDN e FDA foram maiores (P<0,05) nas rebrotas das plantas submetidas a 100% de corte: 62,20 e 46,63%, respectivamente; os de PB e de EE não foram afetados (P>0,05), variando entre 8,72% e 10,08% para a PB, e entre 2,74% e 4,35% para EE. O teor de MM foi maior nas rebrotas (P<0,05), e chegou a 5,9%. No segundo experimento, conduzido na UFCG/CSTR, Patos-PB, Brasil, o desempenho de 24 cordeiros (12 Santa Inês e 12 Dorper) foi estimado para 3 níveis de inclusão de palma forrageira fresca (0%, 17% e 33%) em substituição à mistura equitativa de farelos de capim elefante (Pennisetum purpureum), maniçoba e jurema preta (Mimosa tenuiflora). O ganho de peso médio diário dos cordeiros foi afetado significativamente (P<0,01) pela inclusão de palma, e o valor máximo para os cordeiros Santa Inês (115 g/animal) ou Dorper (112 g/animal) foi alcançado para 17 ou 33% de inclusão, respectivamente. O consumo diário de matéria seca foi afetado significativamente (P<0,05), com médias de 738,74, 861,03 e 766,56 g/cordeiro Santa Inês, e de 611,13, 715,56 e 759,11 g/cordeiro Dorper, respectivamente para 0, 17% e 33% de inclusão. A conversão alimentar foi afetada significativamente (P<0,05) pela inclusão, e foi semelhante entre raças (P<0,05), diminuindo de valores acima de 14, na ausência de palma, para entre 4,94 e 6,24, com a inclusão da palma. O consumo diário de água diminuiu (P<0,05) 2/5 com a inclusão de palma. O consumo diário de água dos cordeiros Santa Inês diminuiu de 1034,96 para 591,16 g/animal entre os níveis 0 e 33% de inclusão, respectivamente. Para os Dorper as respectivas médias foram 1132,03 e 706,27 g/animal. A maniçoba espontânea pode fornecer mais de 1 kg de MS de forragem/planta pela coleta anual de 50% das suas ramas. Esta forragem e a das ramas de jurema preta podem compor 38 e 31% da dieta e proporcionar ganhos de peso médios diários estimados de 121 e 113 g/cordeiro Santa Inês e Dorper, respectivamente.
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A variação na altura entre março de 2010 e março de 2011 foi afetada negativamente pelo nível de corte (P<0,05), com média de 0,29, 0,11, 0,43 e -0,04 m/planta, respectivamente para 0, 33, 50 e 100% de corte. A variação no diâmetro basal não foi afetada (P>0,05) pela intensidade de corte, mas os incrementos médios foram superiores nas plantas menores do que nas maiores (P<0,01) para todos os níveis de corte: 6,38 vs. 1,56 mm/fuste. A interação entre os fatores Intensidade de Corte e Tipo de Material forrageiro (ramos ou rebrotas) foi significativa (P<0,05) na produção de forragem, com médias semelhantes na primeira coleta e na segunda coleta das ramas para 33 (0,66 ou 0,75 kg de MS proveniente de ramos ou respectivas rebrotas de cada planta) e 50% (1,40 ou 1,73 kg de MS, respectivamente) de intensidade de corte, e diminuiu para 100% de corte dos ramos (3,37 ou 2,06 kg de MS, respectivamente). Os teores de FDN e FDA foram maiores (P<0,05) nas rebrotas das plantas submetidas a 100% de corte: 62,20 e 46,63%, respectivamente; os de PB e de EE não foram afetados (P>0,05), variando entre 8,72% e 10,08% para a PB, e entre 2,74% e 4,35% para EE. O teor de MM foi maior nas rebrotas (P<0,05), e chegou a 5,9%. No segundo experimento, conduzido na UFCG/CSTR, Patos-PB, Brasil, o desempenho de 24 cordeiros (12 Santa Inês e 12 Dorper) foi estimado para 3 níveis de inclusão de palma forrageira fresca (0%, 17% e 33%) em substituição à mistura equitativa de farelos de capim elefante (Pennisetum purpureum), maniçoba e jurema preta (Mimosa tenuiflora). O ganho de peso médio diário dos cordeiros foi afetado significativamente (P<0,01) pela inclusão de palma, e o valor máximo para os cordeiros Santa Inês (115 g/animal) ou Dorper (112 g/animal) foi alcançado para 17 ou 33% de inclusão, respectivamente. O consumo diário de matéria seca foi afetado significativamente (P<0,05), com médias de 738,74, 861,03 e 766,56 g/cordeiro Santa Inês, e de 611,13, 715,56 e 759,11 g/cordeiro Dorper, respectivamente para 0, 17% e 33% de inclusão. A conversão alimentar foi afetada significativamente (P<0,05) pela inclusão, e foi semelhante entre raças (P<0,05), diminuindo de valores acima de 14, na ausência de palma, para entre 4,94 e 6,24, com a inclusão da palma. O consumo diário de água diminuiu (P<0,05) 2/5 com a inclusão de palma. O consumo diário de água dos cordeiros Santa Inês diminuiu de 1034,96 para 591,16 g/animal entre os níveis 0 e 33% de inclusão, respectivamente. Para os Dorper as respectivas médias foram 1132,03 e 706,27 g/animal. A maniçoba espontânea pode fornecer mais de 1 kg de MS de forragem/planta pela coleta anual de 50% das suas ramas. Esta forragem e a das ramas de jurema preta podem compor 38 e 31% da dieta e proporcionar ganhos de peso médios diários estimados de 121 e 113 g/cordeiro Santa Inês e Dorper, respectivamente.Two randomized block experiments were carried out. In the first one, height and basal diameter of 40 spontaneous maniçoba (Manihot glaziovii) plants in Itapetim-PE were measured in two years, and data on forage production and bromatology were collected from 30 pruned plants, according to 4 pruning levels (0, 33, 50 and 100%) of branches and respective sprouts. Height increase from March 2010 to March 2011 was negatively affected (P<0.05) by pruning level, averaging 0.29, 0.11, 0.43 and -0.04 m/plant, respectively for 0, 33, 50 and 100% pruning. Diameter increase was not affected (P>0.05), but mean increments showed to be higher in smaller than in taller plants for all pruning levels: 6.38 vs 1.56 mm/trunk. Interaction between Pruning level x Type of pruned material (branches or sprouts) had a significant (P<0.05) effect on forage production, as averages were similar in the first (branches) and second (sprouts) collection for 33 (0.66 or 0.75 kg of DM from branches or respective sprouts of each plant) and 50% (1.40 or 1.73 kg of DM, respectively) pruning levels, and decreased in the 100% pruning level (3.37 or 2.06 kg, respectively). Contents of NDF and ADF were greater (P<0.05) in sprouts from plants which were subjected to100% pruning treatment: 62.20 and 46.63%, respectively; contents of CP (from 8.72 to 10.08%) and EE (from 2.74 to 4.35%) were not affected (P>0.05) by pruning levels and type of material. Ash content was higher (P<0.05) in sprouts, and reached 5.9%. In the second experiment, carried out at UFCG/CSTR facilities in Patos-PB, the performance of 24 lambs (12 Santa Inês and 12 Dorper lambs) was estimated for 3 levels (0, 17 and 33%) of spineless cactus (SC) inclusion in the diet as a substitute of a balanced brand mixture of elephant grass (Pennisetum purpureum), jurema preta (Mimosa tenuiflora) and maniçoba. Mean daily live body weight gain (DLBWG) of lambs was significantly affected by spineless cactus inclusion, and showed a maximum value for Santa Inês (115 g/animal) and Dorper (112 g/animal) lambs for 17 or 33% inclusion of SC, respectively. Daily dry matter consumption was affected (P<0.05), and averages were 738.74, 861.03 and 766,56 g/Santa Inês lambs, and 611.13, 715.56 and 759.11 g/Dorper lambs, respectively for 0, 17 and 33% SC inclusion. Food conversion was significantly affected by the inclusion and was similar in both lamb breeds (P>0.05), and decreased (P<0.05) from above 14, at 0% SC inclusion, to values between 4.94 and 6.24, when SC was included in the diet. Daily water consumption (DWC) decreased (P<0.05) 2/5 with SC inclusion. Santa Inês lambs decreased DWC from 1034.96 to 591.16 g/animal, respectively for 0 and 33% SC inclusion. For the Dorper lambs, the respective values were 1132.03 and 706.27 g/animal. Spontaneous maniçoba plants can furnish more than 1 kg of DM forage/plant by the annual collection of 50% of its fine branches and respective sprouts. This forage and that collected from jurema preta can compose 38 and 31% of the diet and result in estimated DLBWGs of 121 and 113 g for Santa Inês and Dorper lambs, respectively.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRPÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIAUFCGBAKKE, Olaf Andreas.BAKKE, O. A.http://lattes.cnpq.br/2070090929215275SANTOS, Edson Mauro.SANTOS, E. M.http://lattes.cnpq.br/2285702285716050BAKKE, Ivonete Alves.BAKKE, Ivonete Alveshttp://lattes.cnpq.br/9726626914770477RANGEL, João Alberto Ferreira.20122019-04-26T16:18:33Z2019-04-262019-04-26T16:18:33Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3586RANGEL, João Alberto Ferreira. Produção de forragem de maniçoba espontânea e sua utilização com palma forrageira e jurema preta na alimentação de ovinos. 2012. 60 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia)– Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, Brasil, 2012. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3586porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-03-11T11:39:06Zoai:localhost:riufcg/3586Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-03-11T11:39:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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description Foram conduzidos dois experimentos no delineamento em blocos casualizados. No primeiro, a altura e o diâmetro basal de 40 plantas espontâneas de maniçobas (Manihot glaziovii) em Itapetim-PE foram medidos em dois anos, e os dados de produção e de bromatologia da forragem foram coletados de 30 plantas podadas, de acordo com 4 níveis de intensidade de corte (0, 33, 50 e 100%) de corte dos ramos e respectivas rebrotas. A variação na altura entre março de 2010 e março de 2011 foi afetada negativamente pelo nível de corte (P<0,05), com média de 0,29, 0,11, 0,43 e -0,04 m/planta, respectivamente para 0, 33, 50 e 100% de corte. A variação no diâmetro basal não foi afetada (P>0,05) pela intensidade de corte, mas os incrementos médios foram superiores nas plantas menores do que nas maiores (P<0,01) para todos os níveis de corte: 6,38 vs. 1,56 mm/fuste. A interação entre os fatores Intensidade de Corte e Tipo de Material forrageiro (ramos ou rebrotas) foi significativa (P<0,05) na produção de forragem, com médias semelhantes na primeira coleta e na segunda coleta das ramas para 33 (0,66 ou 0,75 kg de MS proveniente de ramos ou respectivas rebrotas de cada planta) e 50% (1,40 ou 1,73 kg de MS, respectivamente) de intensidade de corte, e diminuiu para 100% de corte dos ramos (3,37 ou 2,06 kg de MS, respectivamente). Os teores de FDN e FDA foram maiores (P<0,05) nas rebrotas das plantas submetidas a 100% de corte: 62,20 e 46,63%, respectivamente; os de PB e de EE não foram afetados (P>0,05), variando entre 8,72% e 10,08% para a PB, e entre 2,74% e 4,35% para EE. O teor de MM foi maior nas rebrotas (P<0,05), e chegou a 5,9%. No segundo experimento, conduzido na UFCG/CSTR, Patos-PB, Brasil, o desempenho de 24 cordeiros (12 Santa Inês e 12 Dorper) foi estimado para 3 níveis de inclusão de palma forrageira fresca (0%, 17% e 33%) em substituição à mistura equitativa de farelos de capim elefante (Pennisetum purpureum), maniçoba e jurema preta (Mimosa tenuiflora). O ganho de peso médio diário dos cordeiros foi afetado significativamente (P<0,01) pela inclusão de palma, e o valor máximo para os cordeiros Santa Inês (115 g/animal) ou Dorper (112 g/animal) foi alcançado para 17 ou 33% de inclusão, respectivamente. O consumo diário de matéria seca foi afetado significativamente (P<0,05), com médias de 738,74, 861,03 e 766,56 g/cordeiro Santa Inês, e de 611,13, 715,56 e 759,11 g/cordeiro Dorper, respectivamente para 0, 17% e 33% de inclusão. A conversão alimentar foi afetada significativamente (P<0,05) pela inclusão, e foi semelhante entre raças (P<0,05), diminuindo de valores acima de 14, na ausência de palma, para entre 4,94 e 6,24, com a inclusão da palma. O consumo diário de água diminuiu (P<0,05) 2/5 com a inclusão de palma. O consumo diário de água dos cordeiros Santa Inês diminuiu de 1034,96 para 591,16 g/animal entre os níveis 0 e 33% de inclusão, respectivamente. Para os Dorper as respectivas médias foram 1132,03 e 706,27 g/animal. A maniçoba espontânea pode fornecer mais de 1 kg de MS de forragem/planta pela coleta anual de 50% das suas ramas. Esta forragem e a das ramas de jurema preta podem compor 38 e 31% da dieta e proporcionar ganhos de peso médios diários estimados de 121 e 113 g/cordeiro Santa Inês e Dorper, respectivamente.
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