Influência da aplicação de esterco bovino no estado nutricional de Moringa oleífera LAM., nas propriedades químicas e microbiológicas do solo.

• Autor(a) principal: FREITAS, Amanda de Lira.
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22052
• topic: Esterco bovino como adubo; Adubação orgânica; Adubação com esterco bovino; Nutrição vegetal; Moringa oleífera – estado nutricional; Utilização de recursos florestais; Diagnose nutricional em espécies florestais; Solo - propriedades microbianas; Solo - propriedades; Solo – atividade microbiológica; Nutrição foliar com esterco bovino; Bovine manure as fertilizer; Organic fertilization; Fertilization with cattle manure; Vegetable nutrition; Moringa oil - nutritional status; Use of forest resources; Nutritional diagnosis in forest species; Soil - microbial properties; Soil - properties; Soil - microbiological activity; Leaf nutrition with cattle manure; Ciências Florestais.

A Moringa oleifera é uma espécie exótica amplamente encontrada no semiárido brasileiro, que se destaca pela adaptação às condições da região e pelos seus diversos usos. No entanto, informações sobre a nutrição de M. oleifera e as características dos solos cultivados com essa espécie ainda são escassas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de esterco bovino na nutrição foliar de M. oleifera e nas propriedades químicas e microbiológicas do solo. O experimento foi conduzido a campo no período de dezembro (2018) a junho (2019), no município de São José do Bonfim – PB. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com cinco tratamento (D0=controle, D30=30 g kg1, D40=40 g kg1, D50= 50 g kg1 e D60=60 g kg1) e cinco repetições. Amostras de folhas e de solo foram coletadas no período de floração e frutificação da M. oleífera. A partir das amostras de folha, foram avaliados os teores de macronutrientes (N, C, P, K, Ca, Mg, S e a razão C/N) e micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn). Nas amostras de solo, avaliaram-se as características químicas (pH, H+Al3+, P, K+, Al, Ca2, Mg2+, capacidade de troca de cátions (CTCefetiva), soma de bases (SB), saturação por bases (V%), carbono orgânico total (COT), Cu, Fe, Mn e Zn) e microbiológicas (carbono da biomassa microbiana (CBM), respiração basal do solo, quociente metabólico, quociente microbiano e atividade das enzimas βglicosidase, fosfatase, urease, βglicosaminidase e desidrogenase). O uso de esterco bovino influenciou as propriedades químicas e microbiológicas do solo e os teores de macro e micronutrientes nas folhas de M. oleifera. De modo geral, os valores de pH, Mg, K, P; SB, V% e a CTC do solo apresentaram aumento com aplicação de esterco bovino em comparação com a dose D0. Variações significativas foram observadas nos teores de Fe, Zn e Cu, enquanto o Mg não apresentou diferença significativa. Os resultados obtidos para as propriedades microbiológicas demonstraram que a aplicação de esterco bovino influenciou a biomassa e a atividade microbiana do solo. O CBM, a fosfatase, βglicosidase, βglicosaminidase e a relação βglicosidase/ Urease apresentaram aumento com a aplicação do esterco. Em relação aos macronutrientes e micronutrientes nas folhas de M. oleífera, observaram-se redução no teor de N a partir da dose D_40 e aumento do C e da relação C/N (D_60), Mg, S e B. Para os teores foliares de P, K e Zn, não foram observadas diferenças significativas entre as doses. A aplicação de diferentes doses de esterco promove efeitos distintos na biomassa e atividade microbiana do solo e na nutrição foliar de M. oleífera. No entanto, destaca-se que a aplicação de esterco é favorável à saúde do solo e pode contribuir para a melhoria nutricional de M. oleifera.