Movimentos de Protestos Virtuais da Anonymous no Brasil: unidos como um e divididos por fakes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silvana de Sousa Pinho
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16847
Resumo: A presente Tese, intitulada âMovimentos de protestos virtuais da Anonymous no Brasil: unidos como um e divididos por fakesâ, apresenta um estudo analÃtico da Rede de Protestos Anonymous, desde seus primÃrdios, no site 4chan, atà os protestos contra a Copa do Mundo no Brasil - 2014, tendo como Ãpice as ManifestaÃÃes de Junho de 2013, nas quais a Anonymous teve influente participaÃÃo, tanto por meio de prÃticas de ativismo online quanto em aÃÃes diretas, offline. O ideÃrio Anonymous à caracterizado por uma forma de luta polÃtica que objetiva alcanÃar a emancipaÃÃo humana por meio da hiperdemocracia, tecnocracia, total liberdade de expressÃo, informaÃÃo e comunicaÃÃo. O processo de conquista deste ideÃrio se daria pela prÃtica de novos modelos de mobilizaÃÃes sociais, ou seja, por um processo educativo autÃnomo, autovigilante, anÃnimo, que se desenvolveria num movimento horizontal, sem lideranÃas, sem interferÃncias de partidos polÃticos e sem ideologias. Este modelo se diferencia da forma de luta polÃtica do sÃculo XX, caracterizada pela tradicional dicotomia entre esquerda e direita, movimentos com lideranÃas verticalizadas, personalistas e guiadas por tendÃncias ideolÃgicas explÃcitas. No intuito de compreender o desenvolvimento das aÃÃes de protestos Anonymous no Brasil, utilizou-se como base empÃrica de pesquisa diversas fontes virtuais, tais como pÃginas do Facebook e canais do Youtube das cÃlulas de Anonymous no Brasil e exterior, alÃm de observaÃÃo dos protestos de rua, âOperaÃÃo 7 de setembroâ e a âOperaÃÃo NÃo vai ter Copaâ, e entrevistas com ativistas Anonymous. O processo de anÃlise das fontes foi ponderado pelo estudo dos conteÃdos e das diversas formas de linguagens utilizadas nas aÃÃes ciberativistas. Verificou-se que o desenvolvimento da luta polÃtica com base no ideÃrio Anonymous, na medida em que se propÃs a romper com o modelo tradicional de movimento polÃtico, apesar de agregar significativo nÃmero de ativistas, o ideÃrio Anonymous nÃo foi compreendido pela maioria de seus seguidores e ativistas. A prÃpria forma de criaÃÃo das cÃlulas Anonymous no Brasil teve um inÃcio desvirtuado, tendo sido conduzido de modo verticalizado, em cujo anonimato permitiu que os ativistas seguissem planos estabelecidos por pequenos grupos ou organizaÃÃes desconhecidas, bem como a apropriaÃÃo das cÃlulas Anonymous por fakes, que conduziram determinadas mobilizaÃÃes orientadas por interesses polÃticos, partidÃrios e ideolÃgicos. Tal fato resultou em divisÃes, rupturas e denÃncias por partes de algumas cÃlulas. Por exemplo, a Anonymous FUEL, que continuou ativa, mas com uma postura vigilante em relaÃÃo ao ideÃrio Anonymous, bem como as cÃlulas Anonymous Paranà e Anonymous Curitiba, que se declararam inativas, dadas a deturpaÃÃo de ativistas Anonymous que passaram a assumir causas militaristas e golpistas. Para fins deste estudo, a metodologia utilizada teve como referÃncia a anÃlise de discurso de Bakhtin (2002) e Ducrot (1987). Para temas que permeiam o estudo, como o ciberespaÃo, hackerativismo, pÃs-modernidade e movimentos sociais, utilizou-se como base teÃrica as contribuiÃÃes de Castells (2003), LÃvy (1999), Melucci (1989), Tilly (1978), Vegh (2003), Harvey (2008), Santos (2000), (2002), Giddens (1991) e Beck (2000).
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMovimentos de Protestos Virtuais da Anonymous no Brasil: unidos como um e divididos por fakes Movement of virtual protests by the Anonymous in Brazil: united as one and divided by fakes2016-02-26Jawdat Abu-El-Haj35918282349Linda Maria de Pontes Gondim04331583368http://lattes.cnpq.br/8454836612072714Maria Juraci Maia Cavalcante11590033353Josà Ernandi Mendes21065411391http://lattes.cnpq.br/0248408840823588Marcelo Tavares Natividade00837671779http://lattes.cnpq.br/182419025948924030246920378http://lattes.cnpq.br/1967473541671481Silvana de Sousa PinhoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRMovimentos de protesto â Brasil ManifestaÃÃes pÃblicas âBrasil Redes sociais on-line â Aspectos sociais â Brasil Hackerativismo â Brasil Internet â Aspectos polÃticos â Brasil AnonymousMovements of Virtual Protests Anonymous Brazil, Cyberactivism Digital Activism Hacker activismSOCIOLOGIAA presente Tese, intitulada âMovimentos de protestos virtuais da Anonymous no Brasil: unidos como um e divididos por fakesâ, apresenta um estudo analÃtico da Rede de Protestos Anonymous, desde seus primÃrdios, no site 4chan, atà os protestos contra a Copa do Mundo no Brasil - 2014, tendo como Ãpice as ManifestaÃÃes de Junho de 2013, nas quais a Anonymous teve influente participaÃÃo, tanto por meio de prÃticas de ativismo online quanto em aÃÃes diretas, offline. O ideÃrio Anonymous à caracterizado por uma forma de luta polÃtica que objetiva alcanÃar a emancipaÃÃo humana por meio da hiperdemocracia, tecnocracia, total liberdade de expressÃo, informaÃÃo e comunicaÃÃo. O processo de conquista deste ideÃrio se daria pela prÃtica de novos modelos de mobilizaÃÃes sociais, ou seja, por um processo educativo autÃnomo, autovigilante, anÃnimo, que se desenvolveria num movimento horizontal, sem lideranÃas, sem interferÃncias de partidos polÃticos e sem ideologias. Este modelo se diferencia da forma de luta polÃtica do sÃculo XX, caracterizada pela tradicional dicotomia entre esquerda e direita, movimentos com lideranÃas verticalizadas, personalistas e guiadas por tendÃncias ideolÃgicas explÃcitas. 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The process of a successful establishment of these ideas would take place through the practice of new models of social mobilization, that is, by an autonomous educational process - self-vigilant, anonymous - which would develop a horizontal movement without leaders, without interference from political parties and without ideologies. This model differs from the political form of struggle of the twentieth century, characterized by the traditional split between left and right movements with leaders in a personality vertical hierarchal power line, guided by explicit ideological tendencies. In order to understand the development of the Anonymous protest actions in Brazil, it was used as a empirical research base several virtual sources such as Facebook pages and YouTube channels of Anonymous cells in Brazil and abroad, as well as observation of street protests, such as "Operation September 7" and "Operation No World Cup", besides interviews with Anonymous activists. The process of analysis of the sources was weighted by the study of the contents and the various forms of languages used in the actions of cyberactivists. It was found that the development of political struggles based on ideas spawned by Anonymous, as far as it proposes to break the traditional model of political action, in spite of counting with significant number of activists, the Anonymous ideology was not understood by most of his followers and activists. The very form of creating Anonymous cells in Brazil had a distorted start and was conducted in vertical fashion, anonymity allowing activists to follow plans established by small groups or unknown organizations, as well as appropriation of Anonymous cells by fakes, which led to certain mobilizations guided by political interests of a partisan and ideological nature. This fact resulted in divisions, ruptures and complaints by parts of some cells. As an example of this situation one can cite Anonymous FUEL, which remained active, but with a vigilant stance on Anonymous ideology, and two other branches, Anonymous Paranà and Anonymous Curitiba, which declared themselves inactive, given misrepresentation of Anonymous ideas by other cells that assumed militarist causes and defended a coup dâÃtat in Brazil. For this study, the methodology used had as reference discourse analysis of Bakhetin (2002) and Ducrot (1987). 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