Efeitos farmacolÃgicos e possÃveis mecanismos de aÃÃo da hecogenina em modelos animais de lesÃo gÃstricas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gilberto Santos Cerqueira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10313
Resumo: Este estudo investiga os efeitos gastroprotetores da hecogenina, uma saponina esterÃide, isolada de Agave sisalana, em modelos experimentais de Ãlcera gÃstrica. Camundongos Swiss machos foram utilizados nos modelos de Ãlcera gÃstrica induzida pelo etanol e indometacina. Para identificarmos os mecanismos de aÃÃo da hecogenina, os papÃis de Ãxido nÃtrico (NO), do grupos sulfidrilicos nÃo protÃicos (GSH), dos canais de K+ ATP e das prostaglandinas foram tambÃm investigados assim como determinaÃÃes da peroxidaÃÃo lipÃdica (TBARS) e dos nÃveis de nitrito no estÃmago de animais tratados com hecogenina e de grupos controle foram realizadas. AlÃm disso, foi avaliado o efeito da hecogenina sobre a contagem de mastÃcitos, bem como sobre a liberaÃÃo da mieloperoxidase (MPO), um biomarcador de inflamaÃÃo foram estudados em neutrÃfilos humanos in vitro. Foram avaliados a atividade antimicrobina para o Helicobacter pylori e a expressÃo de COX-2, TNF-α, IL-1β, Ãxido nÃtrico sintase induzida (iNOS), NF-kB-p50 NLS (sequÃncia de localizaÃÃo nuclear) atravÃs da tÃcnica de imunohistoquÃmica em modelo de Ãlcera gÃstrica agudo e crÃnico. Os nossos resultados mostraram que a hecogenina (15, 30,60 e 90 mg/ kg, p.o.) administrada de forma aguda, antes do etanol ou indometacina, exibiu um potente efeito gastroprotetor, bem como reduziu o nÃmero de mastÃcitos. Embora os prÃ-tratamentos com L-NAME, um inibidor de iNOS, e capsazepina, um agonista do receptor TRPV1, nÃo foram capazes de reverter o efeio da hecogenina, este foi revertido por glibenclamida, um bloqueador de K+ATP e por indometacina no modelo de Ãlcera induzida por etanol. O prÃ-tratamento com hecogenina reduziu de modo significativo os nÃveis de GSH, peroxidaÃÃo lipÃdica e nitrito no modelo de lesÃo gÃstrica induzida por etanol. A droga por si sà aumentou a expressÃo de COX-2, e este efeito foi ainda melhor na presenÃa de etanol tendo diminuido tambÃm a liberaÃÃo de MPO. A hecogenina nÃo demonstrou efeitos significativos sobre o modelo de ligadura do piloro e trÃnsito intestinal em camundongos. No modelo crÃnico, o tratamento com a hecogenina foi capaz de melhorar a cicatrizaÃÃo de Ãlceras gÃstricas induzidas pelo Ãcido acÃtico promovendo significativa regeneraÃÃo da mucosa gÃstrica. Ademais, hecogenina 90 mg/Kg diminuiu a marcaÃÃo imunohistoquÃmica para TNF-α, NOSi, IL-1β, NF-kB-p50 NLS na mucosa gÃstrica tanto em experimento agudo como no crÃnico. Em conclusÃo, os resultados obtidos indicam que a hecogenina possui atividade gastroprotetora em modelos agudo e crÃnico e capacidade de promover cicatrizaÃÃo de Ãlcera da mucosa gÃstrica. AlÃm disso, demonstramos que a hecogenina apresenta um efeito gastroprotetor significativo que parece ser mediado pela abertura de canais de K+ATP pela via COX- 2/PG. AlÃm disso, as propriedades antioxidantes e anti-inflamatÃrias podem desempenhar um papel no efeito gastroprotetor da droga. Constata-se tambÃm que o efeito anti-Ãlcera pode ser devido Ãs suas propriedades de aumentar o mecanismo de defesa da mucosas e atravÃs da supressÃo da inflamaÃÃo mediada por TNF-α, NOSi, IL-1β, NF-kB.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEfeitos farmacolÃgicos e possÃveis mecanismos de aÃÃo da hecogenina em modelos animais de lesÃo gÃstricas2012-12-07Glauce Socorro de Barros Viana00101761368http://lattes.cnpq.br/5043495454602083Gerly Anne de Castro Brito24198846391http://lattes.cnpq.br/8991062042568398Pedro Marcos Gomes Soares74208497300http://lattes.cnpq.br/6897520172728361Caden Souccar58659749804http://lattes.cnpq.br/6943496111202699Saulo Rios Mariz28830032387http://lattes.cnpq.br/998419750935431797011428534http://lattes.cnpq.br/9396843784596317Gilberto Santos CerqueiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRGastroproteÃÃoHecogeninaHecogenin Steroid saponinAgave Gastroprotection. Hecogenin. Gastric ulcer. Ethanol. IndomethacinFARMACOLOGIAEste estudo investiga os efeitos gastroprotetores da hecogenina, uma saponina esterÃide, isolada de Agave sisalana, em modelos experimentais de Ãlcera gÃstrica. Camundongos Swiss machos foram utilizados nos modelos de Ãlcera gÃstrica induzida pelo etanol e indometacina. Para identificarmos os mecanismos de aÃÃo da hecogenina, os papÃis de Ãxido nÃtrico (NO), do grupos sulfidrilicos nÃo protÃicos (GSH), dos canais de K+ ATP e das prostaglandinas foram tambÃm investigados assim como determinaÃÃes da peroxidaÃÃo lipÃdica (TBARS) e dos nÃveis de nitrito no estÃmago de animais tratados com hecogenina e de grupos controle foram realizadas. AlÃm disso, foi avaliado o efeito da hecogenina sobre a contagem de mastÃcitos, bem como sobre a liberaÃÃo da mieloperoxidase (MPO), um biomarcador de inflamaÃÃo foram estudados em neutrÃfilos humanos in vitro. Foram avaliados a atividade antimicrobina para o Helicobacter pylori e a expressÃo de COX-2, TNF-α, IL-1β, Ãxido nÃtrico sintase induzida (iNOS), NF-kB-p50 NLS (sequÃncia de localizaÃÃo nuclear) atravÃs da tÃcnica de imunohistoquÃmica em modelo de Ãlcera gÃstrica agudo e crÃnico. Os nossos resultados mostraram que a hecogenina (15, 30,60 e 90 mg/ kg, p.o.) administrada de forma aguda, antes do etanol ou indometacina, exibiu um potente efeito gastroprotetor, bem como reduziu o nÃmero de mastÃcitos. Embora os prÃ-tratamentos com L-NAME, um inibidor de iNOS, e capsazepina, um agonista do receptor TRPV1, nÃo foram capazes de reverter o efeio da hecogenina, este foi revertido por glibenclamida, um bloqueador de K+ATP e por indometacina no modelo de Ãlcera induzida por etanol. O prÃ-tratamento com hecogenina reduziu de modo significativo os nÃveis de GSH, peroxidaÃÃo lipÃdica e nitrito no modelo de lesÃo gÃstrica induzida por etanol. A droga por si sà aumentou a expressÃo de COX-2, e este efeito foi ainda melhor na presenÃa de etanol tendo diminuido tambÃm a liberaÃÃo de MPO. A hecogenina nÃo demonstrou efeitos significativos sobre o modelo de ligadura do piloro e trÃnsito intestinal em camundongos. No modelo crÃnico, o tratamento com a hecogenina foi capaz de melhorar a cicatrizaÃÃo de Ãlceras gÃstricas induzidas pelo Ãcido acÃtico promovendo significativa regeneraÃÃo da mucosa gÃstrica. Ademais, hecogenina 90 mg/Kg diminuiu a marcaÃÃo imunohistoquÃmica para TNF-α, NOSi, IL-1β, NF-kB-p50 NLS na mucosa gÃstrica tanto em experimento agudo como no crÃnico. Em conclusÃo, os resultados obtidos indicam que a hecogenina possui atividade gastroprotetora em modelos agudo e crÃnico e capacidade de promover cicatrizaÃÃo de Ãlcera da mucosa gÃstrica. AlÃm disso, demonstramos que a hecogenina apresenta um efeito gastroprotetor significativo que parece ser mediado pela abertura de canais de K+ATP pela via COX- 2/PG. AlÃm disso, as propriedades antioxidantes e anti-inflamatÃrias podem desempenhar um papel no efeito gastroprotetor da droga. Constata-se tambÃm que o efeito anti-Ãlcera pode ser devido Ãs suas propriedades de aumentar o mecanismo de defesa da mucosas e atravÃs da supressÃo da inflamaÃÃo mediada por TNF-α, NOSi, IL-1β, NF-kB.This study investigates the gastroprotective effects of hecogenin, a steroid saponin isolated from Agave sisalana, on experimental models of gastric ulcer. Male Swiss mice were used in the models of ethanol- and indometacin-induced gastriculcer. To clarify the hecogenin mechanism of action, the roles of nitric oxide (NO), sulfhydryls (GSH), K+ATP channels and prostaglandins were also investigated, and measurements of lipid peroxidation (TBARS assay) and nitrite levels in the stomach of hecogenin-treated and untreated animals were performed. Furthermore, the effects of hecogenin on myeloperoxidase (MPO) release from human neutrophils were assessed in vitro. Our results showed that hecogenin (3.1, 7.5, 15, 30, 60 and 90 mg/kg, p.o.) acutely administered, before ethanol or indomethacin, exhibited a potent gastroprotective effect. Although the pretreatments with L-NAME, an iNOS inhibitor, and capsazepine, a TRPV1 receptor agonist, were not able to reverse the hecogenineffect, this was reversed by glibenclamide, a K+ATP blocker, and indomethacin in the model of ethanol-induced gastric lesions. The hecogenin pretreatment normalized GSH levels and significantly reduced lipid peroxidation and nitrite levels in the stomach, as evaluated by the ethanol-induced gastric lesion model. The drug alone increased COX-2 expression and this effect was further enhanced in the presence of ethanol. It also decreased MPO release and significantly protected the gastric mucosa. In conclusion, we showed that hecogenin presents a significant gastroprotective effect that seems to be mediated by K+ATP channels opening and the COX-2/PG pathway. In addition, its antioxidant and anti-inflammatory properties may play a role in the gastroprotective drug effect.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10313application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:23:22Zmail@mail.com -
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