Nietzsche e o naturalismo: a crÃtica ao ascetismo cientÃfico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5381 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho à compreender a crÃtica do filÃsofo alemÃo Friedrich Nietzsche ao naturalismo cientÃfico. Nietzsche, a partir da obra Humano, demasiado humano, revela um interesse crescente pelas pesquisas cientÃficas, estabelecendo um projeto filosÃfico de cunho naturalista, ou seja, em consonÃncia com os mÃtodos das ciÃncias. Ao longo de sua produÃÃo intelectual, contudo, esta atitude inicial em relaÃÃo Ãs ciÃncias serà problematizada, de tal modo que as obras que se seguem a AlÃm do bem e do mal, apresentarÃo um fulminante ataque à empresa cientÃfica moderna. Este trabalho procura mostrar que esta crÃtica nietzscheana se articula a partir da compreensÃo das ciÃncias modernas como herdeiras do ideal epistemolÃgico grego, da crenÃa no valor supremo da verdade, a vontade de verdade, e de que esta crenÃa compromete o prÃprio empreendimento cientÃfico com uma interpretaÃÃo metafÃsico-moral da existÃncia. Sugerimos, entÃo, que a crÃtica de Nietzsche nÃo implica a recusa em bloco do empreendimento cientÃfico, mas procura desvelar os problemas que se escondem por trÃs das interpretaÃÃes cientÃficas na medida em que elas se coadunam a este valor moral, e que a recusa deste valor, ou melhor, sua superaÃÃo, possibilitaria a realizaÃÃo de um naturalismo pleno, que assumisse o carÃter irredutivelmente interpretativo de suas teorias e proposiÃÃes sobre o mundo. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNietzsche e o naturalismo: a crÃtica ao ascetismo cientÃficoNietzsche and naturalism: the critique of scientific asceticism2009-12-08Josà Maria Arruda de Souza37813447387RogÃrio AntÃnio Lopes84049480620Fernando Ribeiro de Moraes Barros2556088583594449139372http://lattes.cnpq.br/9559277420794688Daniel Filipe CarvalhoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FilosofiaUFCBRNietzsche naturalismo ciÃncia ascetismoNietzsche naturalism science asceticismFILOSOFIAO objetivo deste trabalho à compreender a crÃtica do filÃsofo alemÃo Friedrich Nietzsche ao naturalismo cientÃfico. Nietzsche, a partir da obra Humano, demasiado humano, revela um interesse crescente pelas pesquisas cientÃficas, estabelecendo um projeto filosÃfico de cunho naturalista, ou seja, em consonÃncia com os mÃtodos das ciÃncias. Ao longo de sua produÃÃo intelectual, contudo, esta atitude inicial em relaÃÃo Ãs ciÃncias serà problematizada, de tal modo que as obras que se seguem a AlÃm do bem e do mal, apresentarÃo um fulminante ataque à empresa cientÃfica moderna. Este trabalho procura mostrar que esta crÃtica nietzscheana se articula a partir da compreensÃo das ciÃncias modernas como herdeiras do ideal epistemolÃgico grego, da crenÃa no valor supremo da verdade, a vontade de verdade, e de que esta crenÃa compromete o prÃprio empreendimento cientÃfico com uma interpretaÃÃo metafÃsico-moral da existÃncia. Sugerimos, entÃo, que a crÃtica de Nietzsche nÃo implica a recusa em bloco do empreendimento cientÃfico, mas procura desvelar os problemas que se escondem por trÃs das interpretaÃÃes cientÃficas na medida em que elas se coadunam a este valor moral, e que a recusa deste valor, ou melhor, sua superaÃÃo, possibilitaria a realizaÃÃo de um naturalismo pleno, que assumisse o carÃter irredutivelmente interpretativo de suas teorias e proposiÃÃes sobre o mundo.The aim of this work is to understand the criticism of the German philosopher Friedrich Nietzsche to scientific naturalism. Nietzsche, from the book Human, all too human, shows a growing interest in scientific research, establishing a philosophical project of naturalist bias, i.e, in line with the methods of science. Throughout his intellectual production, however, this initial attitude with regard to science will be aim of reflection, so that the works following the book Beyond good and evil, provide a scathing attack on the modern scientific enterprise. This paper seeks to show that this Nietzscheâs criticism is articulated from the understanding of modern sciences as heirs of the Greek epistemological ideal, the belief in the supreme value of truth, the will to truth, and that this belief undermines the scientific enterprise itself with an metaphysical and moral interpretation of the existence. We suggest, then, that Nietzscheâs criticism does not imply refusal to the whole scientific enterprise, but demand to reveal the problems hidden behind the scientific interpretations as they are in line with this moral value, and that the refusal of this value or, rather, its overrun, allow the achievement of a fully realized naturalism, which assumes the character irreducibly interpretative of its theories and propositions about the world. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5381application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:18:28Zmail@mail.com - |
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The aim of this work is to understand the criticism of the German philosopher Friedrich Nietzsche to scientific naturalism. Nietzsche, from the book Human, all too human, shows a growing interest in scientific research, establishing a philosophical project of naturalist bias, i.e, in line with the methods of science. Throughout his intellectual production, however, this initial attitude with regard to science will be aim of reflection, so that the works following the book Beyond good and evil, provide a scathing attack on the modern scientific enterprise. This paper seeks to show that this Nietzscheâs criticism is articulated from the understanding of modern sciences as heirs of the Greek epistemological ideal, the belief in the supreme value of truth, the will to truth, and that this belief undermines the scientific enterprise itself with an metaphysical and moral interpretation of the existence. We suggest, then, that Nietzscheâs criticism does not imply refusal to the whole scientific enterprise, but demand to reveal the problems hidden behind the scientific interpretations as they are in line with this moral value, and that the refusal of this value or, rather, its overrun, allow the achievement of a fully realized naturalism, which assumes the character irreducibly interpretative of its theories and propositions about the world. |
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