HistÃria da expulsÃo dos jesuÃtas da Capitania de Pernambuco e anexas (CearÃ, ParaÃba e Rio Grande do Norte) em 1759: a disputa polÃtica e os domÃnios da educaÃÃo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberto Barros Dias
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=19840
Resumo: Na segunda metade do sÃculo XVIII, a relaÃÃo da Companhia de Jesus com a coroa portuguesa muda consideravelmente, e, em consequÃncia dessa mudanÃa, as atividades apostÃlicas e educacionais dos agentes de confianÃa da aÃÃo evangelizadora da Igreja e do projeto colonizador da Coroa tambÃm mudam. Acusados de responsÃveis pelo atraso na educaÃÃo e de estarem formando um Estado com lÃngua, economia e governo prÃprio dentro da colÃnia, os inacianos foram considerados uma ameaÃa tanto para a Igreja como para o Estado, portanto, inimigos e passivos de serem expulsos do domÃnio portuguÃs. E foi a partir dessa mudanÃa na relaÃÃo da coroa portuguesa com a Companhia de Jesus que surgiu a nossa curiosidade para desenvolver a proposta deste trabalho de pesquisa, resultando nesta narrativa histÃrica, partindo da seguinte tese: A expulsÃo dos JesuÃtas à o resultado de um complexo movimento ideolÃgico, que sinaliza uma mudanÃa de paradigma sÃcio-polÃtico-cultural que inclui religiÃo e economia e à definidor das relaÃÃes entre Estado lusitano e Companhia de Jesus; e reforÃo na busca de consolidaÃÃo de uma novidade na forma de ser do Estado absolutista ilustrado, concebida sob a influÃncia de SebastiÃo Josà de Carvalho e Melo, a qual implica na ruptura do modelo de aÃÃo missionÃria e educacional dos JesuÃtas. Essa decisÃo suscita muitas perguntas a quem faz pesquisa histÃrica. Interessa saber como Pernambuco e capitanias anexas (CE, RN e PB) entram na perspectiva de provedores ou contribuintes da polÃtica econÃmica portuguesa que pressupunha o Brasil como a colÃnia que iria sanar o dÃficit portuguÃs? E em que medida a Companhia de Jesus interferiu nessa perspectiva econÃmica? Qual a relaÃÃo entre a apropriaÃÃo dos bens dos JesuÃtas de Pernambuco, o sistema de educaÃÃo jesuÃtico e o interesse econÃmico da coroa? O contato com as fontes documentais suscitou a perguntar, tambÃm, sobre a posiÃÃo polÃtico-econÃmica da GrÃ-Bretanha no que toca a relaÃÃo do Reino de Portugal e os interesses da GrÃ-Bretanha no episÃdio da expulsÃo dos JesuÃtas do Brasil em 1759. O resultado desta pesquisa, como tese de doutorado, busca analisar, sobretudo, a EducaÃÃo JesuÃtica nas relaÃÃes de convergÃncia e conflitos entre o Estado PortuguÃs e a Companhia de Jesus e contribuir na ampliaÃÃo das informaÃÃes existentes sobre o estado da educaÃÃo na expulsÃo dos JesuÃtas do Brasil, oferecendo novas evidÃncias sobre a histÃria dessa educaÃÃo na Capitania de Pernambuco e anexas (Rio Grande do Norte, ParaÃba e CearÃ). Os meados do sÃculo XVIII delineiam o tempo deste trabalho. Os vinte anos que antecedem a expulsÃo da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1740 a 1760, constituem, portanto, o corte temporal da pesquisa. Esse corte temporal foi feito por incluir a conjuntura da Ãltima dÃcada do Governo de D. JoÃo V, fundamental para entender a administraÃÃo reformadora de D. Josà I, a consolidaÃÃo de SebastiÃo Josà de Carvalho e Melo como Ministro e as mudanÃas imediatas na educaÃÃo no regime colonial apÃs 1759.
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O resultado desta pesquisa, como tese de doutorado, busca analisar, sobretudo, a EducaÃÃo JesuÃtica nas relaÃÃes de convergÃncia e conflitos entre o Estado PortuguÃs e a Companhia de Jesus e contribuir na ampliaÃÃo das informaÃÃes existentes sobre o estado da educaÃÃo na expulsÃo dos JesuÃtas do Brasil, oferecendo novas evidÃncias sobre a histÃria dessa educaÃÃo na Capitania de Pernambuco e anexas (Rio Grande do Norte, ParaÃba e CearÃ). Os meados do sÃculo XVIII delineiam o tempo deste trabalho. Os vinte anos que antecedem a expulsÃo da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1740 a 1760, constituem, portanto, o corte temporal da pesquisa. Esse corte temporal foi feito por incluir a conjuntura da Ãltima dÃcada do Governo de D. JoÃo V, fundamental para entender a administraÃÃo reformadora de D. Josà I, a consolidaÃÃo de SebastiÃo Josà de Carvalho e Melo como Ministro e as mudanÃas imediatas na educaÃÃo no regime colonial apÃs 1759.In the second half of the eighteenth century, the relationship between the Society of Jesus and the Portuguese Crown changed considerably, and as a consequence of this change, the apostolic and educational activities of agents of trust in the evangelizing action of the Church and the colonizing project of the Crown also changed. Accused of being responsible for the delay in education and of forming a State with a language and its own economy and self-government, within the colony, the ignatians were considered a threat both to Church and to the State, therefore enemies and passives of being expelled from the Portuguese domain. And it was from this change in the relationship of the Portuguese Crown with the Society of Jesus that it aroused our curiosity to develop the proposal of this research work, which resulted in this historical narrative, starting from the following thesis: The expulsion of the Jesuits is the result of a complex ideological movement, which signalizes a socio-political-cultural paradigm shift that includes religion and economy and is the definer of relations between Lusitanian State and Company of Jesus; And reinforcement in the search for consolidation of a novelty in the form of being of the State, absolutist illustrated, conceived under the influence of SebastiÃo Josà de Carvalho e Melo, which implies in the rupture of the model of missionary and educational action of the Jesuits. This decision raises many questions to those who do historical research. It is interesting to know, as Pernambuco and annexed captaincies (CE, RN and PB) enter into the perspective of providers or contributors of Portuguese economic policy that assumed Brazil as the colony that would remedy the Portuguese deficit? And to what extent did the Society of Jesus interfere with this economic perspective? What is the relation between appropriation of the goods of the Jesuits of Pernambuco, Jesuit education system and economic interest of the crown? The contact with the documentary sources also raised the question of the politicaleconomic position of Great Britain as regards the relationship of the Kingdom of Portugal and the interests of Great Britain in the episode of the expulsion of the Jesuits from Brazil in 1759. The result of this research, as a doctoral thesis, seeks to analyze, above all, Jesuit Education in the relations of convergence and conflicts between the Portuguese State and the Society of Jesus, and contribute to the expansion of existing information on the state of education in the expulsion of the Jesuits of Brazil, offering new evidence on the history of this education in the Captaincy of Pernambuco and annexes (Rio Grande do Norte, ParaÃba and CearÃ). The mid-eighteenth century outlines the time of this work. The twenty years prior to the expulsion of the Company of Jesus from the State of Brazil, 1740 to 1760, constitute, therefore, the temporal cut of the research. This time cut was made to include the conjuncture of the last decade of the Government of D. JoÃo V, fundamental to understand the reform administration of D. Josà I, the consolidation of SebastiÃo Josà de Carvalho e Melo, as Minister, and the immediate changes in the Education in the colonial regime after 1759.CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=19840application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:32:13Zmail@mail.com -
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