A interface como prÃtica discursiva em redes sociotÃcnicas: um estudo no YouTube
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17862 |
Resumo: | Esta tese tem o objetivo de investigar a constituiÃÃo das interfaces (SCOLARI, 2004; JOHNSON, [1997] 2001) da web semÃntica (SAAD CORREA; BERTOCCHI, 2012, BERNERS-LEE et al, 2001) como uma prÃtica discursiva, a partir do entendimento de que prÃticas discursivas sÃo formadas por cadeias ou agrupamentos de enunciados, a que correspondem uma dada uma posiÃÃo de sujeito, um tipo de circulaÃÃo social e tambÃm limites em relaÃÃo a outras unidades de comunicaÃÃo. O locus da pesquisa à o site de compartilhamento de vÃdeos YouTube, uma das pÃginas web mais visitadas do mundo, com cerca de 1 bilhÃo de usuÃrios (YOUTUBE, 2015). O cumprimento dos objetivos especÃficos do trabalho passa por uma discussÃo de natureza teÃrica seguida de uma exploraÃÃo empÃrica, destinadas a ratificar a suposiÃÃo geral de que a interface à uma prÃtica discursiva composta por rastros a partir dos quais à possÃvel observar a presenÃa de atores humanos e nÃo-humanos (LATOUR, 2012) em movimentos associativos que podem dizer respeito a iniciativas de sociabilizaÃÃo, presentificaÃÃo, conversaÃÃo e demarcaÃÃo de individualidades, operando, assim, como uma rede. A revisÃo bibliogrÃfica tem como principais aportes as noÃÃes de prÃtica discursiva (FAIRCLOUGH, 2001; FOUCAULT, [1971] 2008, [1969] 2010; BAKHTIN, [1979] 2006), ator, agÃncia e rede (LATOUR, 2005, 2012; LEMOS, 2013, BUZATO, 2013; LAW, 1992). O design metodolÃgico busca operacionalizar pesquisas na web semÃntica, considerando que uma parcela considerÃvel dos dados entendidos como relevantes para esta pesquisa derivam de prÃticas monitoradas, como aquelas realizadas apÃs a realizaÃÃo de login ou acesso registrado a uma plataforma ou aplicativo. Tendo em vista tal condicionante, optou-se por construir os dados a partir da utilizaÃÃo da plataforma YouTube feita pelo autor da pesquisa, mais especificamente no mÃs de outubro de 2015. Os registros de acesso à plataforma nesse perÃodo indicaram que 86 pÃginas de vÃdeos foram visitadas, a maioria contendo vÃdeos pertencentes Ãs categorias MÃsica e Esporte. Uma amostra de 10 vÃdeos acessados pelo autor da pesquisa nessas duas categorias foi selecionada para uma anÃlise mais detida de aspectos concernentes à caracterizaÃÃo de prÃticas discursivas, tais como a produÃÃo, circulaÃÃo e consumo, a identificaÃÃo de actantes humanos e nÃo-humanos e a atividade empreendida por esses. Os resultados permitem inferir que a interface nÃo à uma instÃncia neutra, antes se afigurando como agente delegado capaz de organizar a experiÃncia de um usuÃrio, facultando a esse a produÃÃo de determinados tipos de enunciados. Esse poder de delegaÃÃo Ã, em parte, automatizado e baseado em prÃticas de monitoramento, vigilÃncia e coleta de dados que se transfiguram em enunciados a partir dos quais a plataforma circunscreve as possibilidades de acesso a conteÃdos e mesmo de interaÃÃo entre actantes. A interface à composta de enunciados que estabelecem, entre si, relaÃÃes interdiscursivas (alicerÃadas em agÃncia humana e em agÃncia maquÃnica), interlocutivas e metadiscursivas. Entendemos que as peculiaridades da produÃÃo, da circulaÃÃo e do consumo da prÃtica discursiva interface, em se tratando de ambientes da web semÃntica, reclamam aportes teÃrico-metodolÃgicos adequados a seu estudo, sobretudo para dar conta das evidÃncias da existÃncia de uma simetria entre atores humanos e nÃo-humanos, expressa no exame do locus de pesquisa escolhido. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisA interface como prÃtica discursiva em redes sociotÃcnicas: um estudo no YouTubeInterface as discoursive practice in socio-technical networks: a study on YouTube2016-02-19JÃlio CÃsar Rosa de AraÃjo58255419349http://lattes.cnpq.br/3016042855685546Carlos Frederico de Brito d\'AndrÃa03640820622http://lattes.cnpq.br/0283817427921969AntÃnia Dilamar AraÃjo04791002334Ricardo Lopes Leite44760949372http://lattes.cnpq.br/3883042248145149Ricardo Jorge de Lucena Lucas31031544372http://lattes.cnpq.br/686879410711877262626353353http://lattes.cnpq.br/7337005317089939Rafael Rodrigues da CostaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃsticaUFCBRinterface web semÃntica prÃtica discursiva Teoria Ator-Redeinterface semantic web discoursive practice Actor-Network TheoryLINGUISTICAEsta tese tem o objetivo de investigar a constituiÃÃo das interfaces (SCOLARI, 2004; JOHNSON, [1997] 2001) da web semÃntica (SAAD CORREA; BERTOCCHI, 2012, BERNERS-LEE et al, 2001) como uma prÃtica discursiva, a partir do entendimento de que prÃticas discursivas sÃo formadas por cadeias ou agrupamentos de enunciados, a que correspondem uma dada uma posiÃÃo de sujeito, um tipo de circulaÃÃo social e tambÃm limites em relaÃÃo a outras unidades de comunicaÃÃo. O locus da pesquisa à o site de compartilhamento de vÃdeos YouTube, uma das pÃginas web mais visitadas do mundo, com cerca de 1 bilhÃo de usuÃrios (YOUTUBE, 2015). O cumprimento dos objetivos especÃficos do trabalho passa por uma discussÃo de natureza teÃrica seguida de uma exploraÃÃo empÃrica, destinadas a ratificar a suposiÃÃo geral de que a interface à uma prÃtica discursiva composta por rastros a partir dos quais à possÃvel observar a presenÃa de atores humanos e nÃo-humanos (LATOUR, 2012) em movimentos associativos que podem dizer respeito a iniciativas de sociabilizaÃÃo, presentificaÃÃo, conversaÃÃo e demarcaÃÃo de individualidades, operando, assim, como uma rede. A revisÃo bibliogrÃfica tem como principais aportes as noÃÃes de prÃtica discursiva (FAIRCLOUGH, 2001; FOUCAULT, [1971] 2008, [1969] 2010; BAKHTIN, [1979] 2006), ator, agÃncia e rede (LATOUR, 2005, 2012; LEMOS, 2013, BUZATO, 2013; LAW, 1992). O design metodolÃgico busca operacionalizar pesquisas na web semÃntica, considerando que uma parcela considerÃvel dos dados entendidos como relevantes para esta pesquisa derivam de prÃticas monitoradas, como aquelas realizadas apÃs a realizaÃÃo de login ou acesso registrado a uma plataforma ou aplicativo. Tendo em vista tal condicionante, optou-se por construir os dados a partir da utilizaÃÃo da plataforma YouTube feita pelo autor da pesquisa, mais especificamente no mÃs de outubro de 2015. Os registros de acesso à plataforma nesse perÃodo indicaram que 86 pÃginas de vÃdeos foram visitadas, a maioria contendo vÃdeos pertencentes Ãs categorias MÃsica e Esporte. Uma amostra de 10 vÃdeos acessados pelo autor da pesquisa nessas duas categorias foi selecionada para uma anÃlise mais detida de aspectos concernentes à caracterizaÃÃo de prÃticas discursivas, tais como a produÃÃo, circulaÃÃo e consumo, a identificaÃÃo de actantes humanos e nÃo-humanos e a atividade empreendida por esses. Os resultados permitem inferir que a interface nÃo à uma instÃncia neutra, antes se afigurando como agente delegado capaz de organizar a experiÃncia de um usuÃrio, facultando a esse a produÃÃo de determinados tipos de enunciados. Esse poder de delegaÃÃo Ã, em parte, automatizado e baseado em prÃticas de monitoramento, vigilÃncia e coleta de dados que se transfiguram em enunciados a partir dos quais a plataforma circunscreve as possibilidades de acesso a conteÃdos e mesmo de interaÃÃo entre actantes. A interface à composta de enunciados que estabelecem, entre si, relaÃÃes interdiscursivas (alicerÃadas em agÃncia humana e em agÃncia maquÃnica), interlocutivas e metadiscursivas. Entendemos que as peculiaridades da produÃÃo, da circulaÃÃo e do consumo da prÃtica discursiva interface, em se tratando de ambientes da web semÃntica, reclamam aportes teÃrico-metodolÃgicos adequados a seu estudo, sobretudo para dar conta das evidÃncias da existÃncia de uma simetria entre atores humanos e nÃo-humanos, expressa no exame do locus de pesquisa escolhido.This dissertation aims to investigate the constitution of semantic web interfaces (SCOLARI, 2004; JOHNSON, [1997] 2001; SAAD CORREA; BERTOCCHI, 2012, BERNERS-LEE et al, 2001) as a discoursive practice formed by chains or groups of enunciates, to which correspond a subject position, a kind of social transit and limits on other communication units. The research takes place at YouTube, one of the most popular websites in the whole world, with about 1 billion users (YOUTUBE, 2015). To meet the goals of this research, we conduct a theoretical debate followed by an empirical exploration, intended to confirm our main hypothesis: interface is a discoursive practice made by trails which make possible to notice the presence of human and nonhuman actors (LATOUR, 2012) engaged in associative moves. Those moves might be related to socialization, conversation and self-presentation activities which composes a network. The theoretical discussion comprises the notions of discoursive practice (FAIRCLOUGH, 2001; FOUCAULT, [1971] 2008, [1969] 2010; BAKHTIN, [1979] 2006), actor, agency and network (FAIRCLOUGH, 2001; FOUCAULT, [1971] 2008, [1969] 2010; BAKHTIN, [1979] 2006). The methodological design aims to make researches in semantic web feasible, taking into consideration that the most part of relevant data comes from monitored practices, as those performed after login ou registered access to a platform or application. Due to that, we collected data from a personal account used by the research author on YouTube. Collected data comes from the author activity on his account in October 2015. In this period, 86 video pages were visited, the most part containing Sport and Music videos. Ten videos were selected in order to do a more accurate analysis of aspects concerned to discoursive practices such as production, circulation and consumption, identification of human and nonhuman actors and their activity. The results allow to infer that interface is not a neutral entity. Interface presents itself as an agent delegate capable of organize the user experience, granting permission to that user to produce some kinds of discourses. That delegation power is partially automatized and based on monitoring practices, vigilance and data collection. Such processes translate themselves in enunciates from which the platform circumscribes the possibilities of access to contents of a webpage and also the opportunities to interaction between actors. Interface is composed by enunciates which establish relations between themselves. We identified four types of relations: interidiscoursive relations founded on human agency; interdiscoursive relations founded on nonhuman agency, interlocutive relations and metadiscoursive relations. The peculiarities of discoursive practices production, circulation and consumption, in semantic web, claim adequate theoretical and methodological support, especially to account for the evidences of a symmetry between humans and nonhumans, expressed in our research locus.FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicoFundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17862application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:31:04Zmail@mail.com - |
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Esta tese tem o objetivo de investigar a constituiÃÃo das interfaces (SCOLARI, 2004; JOHNSON, [1997] 2001) da web semÃntica (SAAD CORREA; BERTOCCHI, 2012, BERNERS-LEE et al, 2001) como uma prÃtica discursiva, a partir do entendimento de que prÃticas discursivas sÃo formadas por cadeias ou agrupamentos de enunciados, a que correspondem uma dada uma posiÃÃo de sujeito, um tipo de circulaÃÃo social e tambÃm limites em relaÃÃo a outras unidades de comunicaÃÃo. O locus da pesquisa à o site de compartilhamento de vÃdeos YouTube, uma das pÃginas web mais visitadas do mundo, com cerca de 1 bilhÃo de usuÃrios (YOUTUBE, 2015). O cumprimento dos objetivos especÃficos do trabalho passa por uma discussÃo de natureza teÃrica seguida de uma exploraÃÃo empÃrica, destinadas a ratificar a suposiÃÃo geral de que a interface à uma prÃtica discursiva composta por rastros a partir dos quais à possÃvel observar a presenÃa de atores humanos e nÃo-humanos (LATOUR, 2012) em movimentos associativos que podem dizer respeito a iniciativas de sociabilizaÃÃo, presentificaÃÃo, conversaÃÃo e demarcaÃÃo de individualidades, operando, assim, como uma rede. A revisÃo bibliogrÃfica tem como principais aportes as noÃÃes de prÃtica discursiva (FAIRCLOUGH, 2001; FOUCAULT, [1971] 2008, [1969] 2010; BAKHTIN, [1979] 2006), ator, agÃncia e rede (LATOUR, 2005, 2012; LEMOS, 2013, BUZATO, 2013; LAW, 1992). O design metodolÃgico busca operacionalizar pesquisas na web semÃntica, considerando que uma parcela considerÃvel dos dados entendidos como relevantes para esta pesquisa derivam de prÃticas monitoradas, como aquelas realizadas apÃs a realizaÃÃo de login ou acesso registrado a uma plataforma ou aplicativo. Tendo em vista tal condicionante, optou-se por construir os dados a partir da utilizaÃÃo da plataforma YouTube feita pelo autor da pesquisa, mais especificamente no mÃs de outubro de 2015. Os registros de acesso à plataforma nesse perÃodo indicaram que 86 pÃginas de vÃdeos foram visitadas, a maioria contendo vÃdeos pertencentes Ãs categorias MÃsica e Esporte. Uma amostra de 10 vÃdeos acessados pelo autor da pesquisa nessas duas categorias foi selecionada para uma anÃlise mais detida de aspectos concernentes à caracterizaÃÃo de prÃticas discursivas, tais como a produÃÃo, circulaÃÃo e consumo, a identificaÃÃo de actantes humanos e nÃo-humanos e a atividade empreendida por esses. Os resultados permitem inferir que a interface nÃo à uma instÃncia neutra, antes se afigurando como agente delegado capaz de organizar a experiÃncia de um usuÃrio, facultando a esse a produÃÃo de determinados tipos de enunciados. Esse poder de delegaÃÃo Ã, em parte, automatizado e baseado em prÃticas de monitoramento, vigilÃncia e coleta de dados que se transfiguram em enunciados a partir dos quais a plataforma circunscreve as possibilidades de acesso a conteÃdos e mesmo de interaÃÃo entre actantes. A interface à composta de enunciados que estabelecem, entre si, relaÃÃes interdiscursivas (alicerÃadas em agÃncia humana e em agÃncia maquÃnica), interlocutivas e metadiscursivas. Entendemos que as peculiaridades da produÃÃo, da circulaÃÃo e do consumo da prÃtica discursiva interface, em se tratando de ambientes da web semÃntica, reclamam aportes teÃrico-metodolÃgicos adequados a seu estudo, sobretudo para dar conta das evidÃncias da existÃncia de uma simetria entre atores humanos e nÃo-humanos, expressa no exame do locus de pesquisa escolhido. |
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Esta tese tem o objetivo de investigar a constituiÃÃo das interfaces (SCOLARI, 2004; JOHNSON, [1997] 2001) da web semÃntica (SAAD CORREA; BERTOCCHI, 2012, BERNERS-LEE et al, 2001) como uma prÃtica discursiva, a partir do entendimento de que prÃticas discursivas sÃo formadas por cadeias ou agrupamentos de enunciados, a que correspondem uma dada uma posiÃÃo de sujeito, um tipo de circulaÃÃo social e tambÃm limites em relaÃÃo a outras unidades de comunicaÃÃo. O locus da pesquisa à o site de compartilhamento de vÃdeos YouTube, uma das pÃginas web mais visitadas do mundo, com cerca de 1 bilhÃo de usuÃrios (YOUTUBE, 2015). O cumprimento dos objetivos especÃficos do trabalho passa por uma discussÃo de natureza teÃrica seguida de uma exploraÃÃo empÃrica, destinadas a ratificar a suposiÃÃo geral de que a interface à uma prÃtica discursiva composta por rastros a partir dos quais à possÃvel observar a presenÃa de atores humanos e nÃo-humanos (LATOUR, 2012) em movimentos associativos que podem dizer respeito a iniciativas de sociabilizaÃÃo, presentificaÃÃo, conversaÃÃo e demarcaÃÃo de individualidades, operando, assim, como uma rede. A revisÃo bibliogrÃfica tem como principais aportes as noÃÃes de prÃtica discursiva (FAIRCLOUGH, 2001; FOUCAULT, [1971] 2008, [1969] 2010; BAKHTIN, [1979] 2006), ator, agÃncia e rede (LATOUR, 2005, 2012; LEMOS, 2013, BUZATO, 2013; LAW, 1992). O design metodolÃgico busca operacionalizar pesquisas na web semÃntica, considerando que uma parcela considerÃvel dos dados entendidos como relevantes para esta pesquisa derivam de prÃticas monitoradas, como aquelas realizadas apÃs a realizaÃÃo de login ou acesso registrado a uma plataforma ou aplicativo. Tendo em vista tal condicionante, optou-se por construir os dados a partir da utilizaÃÃo da plataforma YouTube feita pelo autor da pesquisa, mais especificamente no mÃs de outubro de 2015. Os registros de acesso à plataforma nesse perÃodo indicaram que 86 pÃginas de vÃdeos foram visitadas, a maioria contendo vÃdeos pertencentes Ãs categorias MÃsica e Esporte. Uma amostra de 10 vÃdeos acessados pelo autor da pesquisa nessas duas categorias foi selecionada para uma anÃlise mais detida de aspectos concernentes à caracterizaÃÃo de prÃticas discursivas, tais como a produÃÃo, circulaÃÃo e consumo, a identificaÃÃo de actantes humanos e nÃo-humanos e a atividade empreendida por esses. Os resultados permitem inferir que a interface nÃo à uma instÃncia neutra, antes se afigurando como agente delegado capaz de organizar a experiÃncia de um usuÃrio, facultando a esse a produÃÃo de determinados tipos de enunciados. Esse poder de delegaÃÃo Ã, em parte, automatizado e baseado em prÃticas de monitoramento, vigilÃncia e coleta de dados que se transfiguram em enunciados a partir dos quais a plataforma circunscreve as possibilidades de acesso a conteÃdos e mesmo de interaÃÃo entre actantes. A interface à composta de enunciados que estabelecem, entre si, relaÃÃes interdiscursivas (alicerÃadas em agÃncia humana e em agÃncia maquÃnica), interlocutivas e metadiscursivas. Entendemos que as peculiaridades da produÃÃo, da circulaÃÃo e do consumo da prÃtica discursiva interface, em se tratando de ambientes da web semÃntica, reclamam aportes teÃrico-metodolÃgicos adequados a seu estudo, sobretudo para dar conta das evidÃncias da existÃncia de uma simetria entre atores humanos e nÃo-humanos, expressa no exame do locus de pesquisa escolhido. |
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