Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rita Maria Dantas Nogueira
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=56
Resumo: O principal enfoque desta pesquisa direcionou-se no sentido de isolar uma substÃncia com forte poder convulsivante, presente nas secreÃÃes obtidas das glÃndulas parotÃides do sapo Bufo paracnemis, Lutz, determinar sua estrutura quÃmica e realizar estudos farmacolÃgicos centrais deste composto. AtravÃs de processos de fracionamento, utilizando o sistema de cromatografia lÃquida de alta eficiÃncia (HPLC), acoplado a uma coluna preparativa C-18 de fase reversa (shim-pack prep. ODS 2,5 x 30 cm), obtivemos essa substÃncia pura em grandes quantidades. Sua estrutura quÃmica foi elucidada atravÃs da tÃcnica de RessonÃncia MagnÃtica Nuclear. Trata-se de um esterÃide cardiotÃnico, um BufadienolÃdeo, contendo um anel esterÃide clÃssico, acoplado a um grupo lactÃnico, denominado Marinobufogenina (14beta -15beta - epoxi - 3beta - 5beta-dihidroxi - 20, 22 - bufadienolÃdeo). Nossos resultados, baseados em anÃlise comportamental e eletrogrÃfica, mostraram efeitos centrais induzidos pela administraÃÃo sistÃmica de Marinobufogenina em ratos e em camundongos. Os animais apresentaram severos efeitos neutÃxicos, tais como movimentos circulares, automatismos gustatÃrios, taquipnÃia, clonias de cabeÃa e de patas, tremores, convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, status epilepticus e morte. A DL50 de Marinobufogenina foi de 10,5 Â1,5 mg/kg para camundongos e de 25,0  2,0 mg/kg para ratos, ambos por via intraperitoneal. A administraÃÃo de Marinobufogenina tambÃm foi efetiva atravÃs de outras vias (subcutÃnea, oral, endovenosa, intramuscular). A forte atividade convulsivante dessa substÃncia à dose-dependente e doses de 5,0 mg/kg para camundongos e de 20,0 mg/kg para ratos , ambos por via intraperitoneal, jà evidenciam alteraÃÃes comportamentais que evoluem para convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, acompanhadas do registro eletroencefalogrÃfico que apresenta descargas epilÃpticas no cÃrtex e hipocampo. Marinobufogenina induziu o aparecimento de crises convulsivas culminando em status epilepticus que persistiu por mais de uma hora. Observou-se uma reduÃÃo das convulsÃes em aproximadamente 80% dos animais tratados com Diazepam (10,0 e 12,5 mg/kg, i.p.), enquanto no registro eletroencefalogrÃfico as crises epilÃpticas permaneceram em alguns dos animais submetidos a esse tratamento. O Fenobarbital (50 mg/kg, i.p.) nÃo bloqueou as crises comportamentais induzidas por Marinobufogenina . A FenitoÃna foi capaz de reverter as convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas em todos os animais do grupo, sugerindo uma aÃÃo atravÃs de envolvimento na alteraÃÃo de cÃtions monovalentes. Estudos bioquÃmicos e eletrofisiolÃgicos mais aprofundados deverÃo ser realizados para confirmar essa hipÃtese. Nossos resultados sugerem que a Marinobufogenina pode constituir-se numa ferramenta farmacolÃgica para o desenvolvimento de um modelo experimental de epilepsia, uma vez que preencheu requisitos importantes, tais como : i) demonstrou a presenÃa de atividade epileptiforme nos registros eletroencefalogrÃficos; ii) as crises convulsivas foram bloqueadas por anticonvulsivantes como o Diazepam e FenitoÃna, requisito essencial para a avaliaÃÃo do efeito de novas drogas a serem utilizadas no tratamento da epilepsia.
id UFC_2f4475c9e066107ad5e312cc4083bf7a
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:167
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMarinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.Status epilepticus induzido por Marinobufogenina, uma substÃncia isolada das glÃndulas parotÃides de Bufo paracnemis Lutz 19252000-10-04Krishnamurti de Morais Carvalho04500598391http://lattes.cnpq.br/2537564426925260Carlos MaurÃcio de Castro Costa01356810306http://lattes.cnpq.br/9291210203141568 Gisela Costa CamarÃo06001734372http://lattes.cnpq.br/8812515336622893Carlos Alberto GonÃalves Silva Jared01019999999http://lattes.cnpq.br/8517414162785247 24126780300http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4705434Z8Rita Maria Dantas NogueiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRFarmacologia BufonidaePharmacology bufonidaeFARMACOLOGIAO principal enfoque desta pesquisa direcionou-se no sentido de isolar uma substÃncia com forte poder convulsivante, presente nas secreÃÃes obtidas das glÃndulas parotÃides do sapo Bufo paracnemis, Lutz, determinar sua estrutura quÃmica e realizar estudos farmacolÃgicos centrais deste composto. AtravÃs de processos de fracionamento, utilizando o sistema de cromatografia lÃquida de alta eficiÃncia (HPLC), acoplado a uma coluna preparativa C-18 de fase reversa (shim-pack prep. ODS 2,5 x 30 cm), obtivemos essa substÃncia pura em grandes quantidades. Sua estrutura quÃmica foi elucidada atravÃs da tÃcnica de RessonÃncia MagnÃtica Nuclear. Trata-se de um esterÃide cardiotÃnico, um BufadienolÃdeo, contendo um anel esterÃide clÃssico, acoplado a um grupo lactÃnico, denominado Marinobufogenina (14beta -15beta - epoxi - 3beta - 5beta-dihidroxi - 20, 22 - bufadienolÃdeo). Nossos resultados, baseados em anÃlise comportamental e eletrogrÃfica, mostraram efeitos centrais induzidos pela administraÃÃo sistÃmica de Marinobufogenina em ratos e em camundongos. Os animais apresentaram severos efeitos neutÃxicos, tais como movimentos circulares, automatismos gustatÃrios, taquipnÃia, clonias de cabeÃa e de patas, tremores, convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, status epilepticus e morte. A DL50 de Marinobufogenina foi de 10,5 Â1,5 mg/kg para camundongos e de 25,0  2,0 mg/kg para ratos, ambos por via intraperitoneal. A administraÃÃo de Marinobufogenina tambÃm foi efetiva atravÃs de outras vias (subcutÃnea, oral, endovenosa, intramuscular). A forte atividade convulsivante dessa substÃncia à dose-dependente e doses de 5,0 mg/kg para camundongos e de 20,0 mg/kg para ratos , ambos por via intraperitoneal, jà evidenciam alteraÃÃes comportamentais que evoluem para convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, acompanhadas do registro eletroencefalogrÃfico que apresenta descargas epilÃpticas no cÃrtex e hipocampo. Marinobufogenina induziu o aparecimento de crises convulsivas culminando em status epilepticus que persistiu por mais de uma hora. Observou-se uma reduÃÃo das convulsÃes em aproximadamente 80% dos animais tratados com Diazepam (10,0 e 12,5 mg/kg, i.p.), enquanto no registro eletroencefalogrÃfico as crises epilÃpticas permaneceram em alguns dos animais submetidos a esse tratamento. O Fenobarbital (50 mg/kg, i.p.) nÃo bloqueou as crises comportamentais induzidas por Marinobufogenina . A FenitoÃna foi capaz de reverter as convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas em todos os animais do grupo, sugerindo uma aÃÃo atravÃs de envolvimento na alteraÃÃo de cÃtions monovalentes. Estudos bioquÃmicos e eletrofisiolÃgicos mais aprofundados deverÃo ser realizados para confirmar essa hipÃtese. Nossos resultados sugerem que a Marinobufogenina pode constituir-se numa ferramenta farmacolÃgica para o desenvolvimento de um modelo experimental de epilepsia, uma vez que preencheu requisitos importantes, tais como : i) demonstrou a presenÃa de atividade epileptiforme nos registros eletroencefalogrÃficos; ii) as crises convulsivas foram bloqueadas por anticonvulsivantes como o Diazepam e FenitoÃna, requisito essencial para a avaliaÃÃo do efeito de novas drogas a serem utilizadas no tratamento da epilepsia.The main focus of this research was the isolation of a substance with a strong convulsant action from the secretions of the toad Bufo paracnemis, Lutz, parotid glands, determination of its chemical structure and its behavioral and electrographic effects on central nervous system. This substance was purified in large amounts using a reverse-phase high-performance liquid chromatography (HPLC), with a C-18 preparative column (shim-pack prep. ODS 2,5 x 30 cm). Its chemical structure was elucidated using high resolution Nuclear Magnetic Resonance analysis, allowing its identification as a steroid of the bufodienolide type, already known in the literature as Marinobufagin (14beta-15beta-epoxy-3beta,5beta-dihidroxy-20,22-bufadienolide). Our results based on behavioral and electrographic analysis showed central effects induced by systemic administration of Marinobufagin in rats and mice. The animals presented severe neurotoxic effects as circle-like movements, tachypnea, mild tremor of the head , a whole body tremor , myoclonic movements of the fore or hindlimbs, tonic-clonic seizures and death. Marinobufagin DL50 was 10.5  l.5 mg/kg for mice and 25.0  2.0 mg/kg for rats, both through intraperitoneal injection. This strong convulsant activity is dose-dependent and 5.0 mg/kg doses for mice and 20.0 mg/kg for rats, both intraperitoneal (IP), already showed behavioral changes that evolved to generalized tonic-clonic seizures. Marinobufagin induced seizures that ended up in status epilepticus that lasted more than an hour. Seizures decreased in almost 80% of the animals treated with Diazepan (10.0 and 12.5 mg/kg, IP) even though some of these animals continued to show seizures in the electrographic recordings. Phenobarbital didnât block seizures induced by Marinobufagin. Phenitoin was able to block generalized tonic-clonic seizures in all animals of the group, suggesting an action involving changes in monovalent cations. Our results suggest that Marinobufagin could represent a pharmacological tool for the development of an epilepsy experimental model, since it had fulfilled the following requirements: i) showed epileptiform activity in electrographic recordings; ii) seizures were blocked by anticonvulsant drugs such as Diazepan and Phenitoin, an essential requirement for the evaluation of the effects of new drugs to be used in epilepsy treatment. Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicoCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel SuperiorFundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=56application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:13:10Zmail@mail.com -
dc.title.en.fl_str_mv Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv Status epilepticus induzido por Marinobufogenina, uma substÃncia isolada das glÃndulas parotÃides de Bufo paracnemis Lutz 1925
title Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
spellingShingle Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
Rita Maria Dantas Nogueira
Farmacologia
Bufonidae
Pharmacology
bufonidae
FARMACOLOGIA
title_short Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
title_full Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
title_fullStr Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
title_full_unstemmed Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
title_sort Marinobufogenin-induced status epilepticus, a substance isolated from Bufo paracnemis Lutz 1925 parotoids glands.
author Rita Maria Dantas Nogueira
author_facet Rita Maria Dantas Nogueira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Krishnamurti de Morais Carvalho
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 04500598391
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2537564426925260
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Carlos MaurÃcio de Castro Costa
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 01356810306
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9291210203141568
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Gisela Costa CamarÃo
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 06001734372
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8812515336622893
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Carlos Alberto GonÃalves Silva Jared
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 01019999999
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8517414162785247
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 24126780300
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4705434Z8
dc.contributor.author.fl_str_mv Rita Maria Dantas Nogueira
contributor_str_mv Krishnamurti de Morais Carvalho
Carlos MaurÃcio de Castro Costa
Gisela Costa CamarÃo
Carlos Alberto GonÃalves Silva Jared
dc.subject.por.fl_str_mv Farmacologia
Bufonidae
topic Farmacologia
Bufonidae
Pharmacology
bufonidae
FARMACOLOGIA
dc.subject.eng.fl_str_mv Pharmacology
bufonidae
dc.subject.cnpq.fl_str_mv FARMACOLOGIA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃ
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv O principal enfoque desta pesquisa direcionou-se no sentido de isolar uma substÃncia com forte poder convulsivante, presente nas secreÃÃes obtidas das glÃndulas parotÃides do sapo Bufo paracnemis, Lutz, determinar sua estrutura quÃmica e realizar estudos farmacolÃgicos centrais deste composto. AtravÃs de processos de fracionamento, utilizando o sistema de cromatografia lÃquida de alta eficiÃncia (HPLC), acoplado a uma coluna preparativa C-18 de fase reversa (shim-pack prep. ODS 2,5 x 30 cm), obtivemos essa substÃncia pura em grandes quantidades. Sua estrutura quÃmica foi elucidada atravÃs da tÃcnica de RessonÃncia MagnÃtica Nuclear. Trata-se de um esterÃide cardiotÃnico, um BufadienolÃdeo, contendo um anel esterÃide clÃssico, acoplado a um grupo lactÃnico, denominado Marinobufogenina (14beta -15beta - epoxi - 3beta - 5beta-dihidroxi - 20, 22 - bufadienolÃdeo). Nossos resultados, baseados em anÃlise comportamental e eletrogrÃfica, mostraram efeitos centrais induzidos pela administraÃÃo sistÃmica de Marinobufogenina em ratos e em camundongos. Os animais apresentaram severos efeitos neutÃxicos, tais como movimentos circulares, automatismos gustatÃrios, taquipnÃia, clonias de cabeÃa e de patas, tremores, convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, status epilepticus e morte. A DL50 de Marinobufogenina foi de 10,5 Â1,5 mg/kg para camundongos e de 25,0  2,0 mg/kg para ratos, ambos por via intraperitoneal. A administraÃÃo de Marinobufogenina tambÃm foi efetiva atravÃs de outras vias (subcutÃnea, oral, endovenosa, intramuscular). A forte atividade convulsivante dessa substÃncia à dose-dependente e doses de 5,0 mg/kg para camundongos e de 20,0 mg/kg para ratos , ambos por via intraperitoneal, jà evidenciam alteraÃÃes comportamentais que evoluem para convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, acompanhadas do registro eletroencefalogrÃfico que apresenta descargas epilÃpticas no cÃrtex e hipocampo. Marinobufogenina induziu o aparecimento de crises convulsivas culminando em status epilepticus que persistiu por mais de uma hora. Observou-se uma reduÃÃo das convulsÃes em aproximadamente 80% dos animais tratados com Diazepam (10,0 e 12,5 mg/kg, i.p.), enquanto no registro eletroencefalogrÃfico as crises epilÃpticas permaneceram em alguns dos animais submetidos a esse tratamento. O Fenobarbital (50 mg/kg, i.p.) nÃo bloqueou as crises comportamentais induzidas por Marinobufogenina . A FenitoÃna foi capaz de reverter as convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas em todos os animais do grupo, sugerindo uma aÃÃo atravÃs de envolvimento na alteraÃÃo de cÃtions monovalentes. Estudos bioquÃmicos e eletrofisiolÃgicos mais aprofundados deverÃo ser realizados para confirmar essa hipÃtese. Nossos resultados sugerem que a Marinobufogenina pode constituir-se numa ferramenta farmacolÃgica para o desenvolvimento de um modelo experimental de epilepsia, uma vez que preencheu requisitos importantes, tais como : i) demonstrou a presenÃa de atividade epileptiforme nos registros eletroencefalogrÃficos; ii) as crises convulsivas foram bloqueadas por anticonvulsivantes como o Diazepam e FenitoÃna, requisito essencial para a avaliaÃÃo do efeito de novas drogas a serem utilizadas no tratamento da epilepsia.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv The main focus of this research was the isolation of a substance with a strong convulsant action from the secretions of the toad Bufo paracnemis, Lutz, parotid glands, determination of its chemical structure and its behavioral and electrographic effects on central nervous system. This substance was purified in large amounts using a reverse-phase high-performance liquid chromatography (HPLC), with a C-18 preparative column (shim-pack prep. ODS 2,5 x 30 cm). Its chemical structure was elucidated using high resolution Nuclear Magnetic Resonance analysis, allowing its identification as a steroid of the bufodienolide type, already known in the literature as Marinobufagin (14beta-15beta-epoxy-3beta,5beta-dihidroxy-20,22-bufadienolide). Our results based on behavioral and electrographic analysis showed central effects induced by systemic administration of Marinobufagin in rats and mice. The animals presented severe neurotoxic effects as circle-like movements, tachypnea, mild tremor of the head , a whole body tremor , myoclonic movements of the fore or hindlimbs, tonic-clonic seizures and death. Marinobufagin DL50 was 10.5 Â l.5 mg/kg for mice and 25.0 Â 2.0 mg/kg for rats, both through intraperitoneal injection. This strong convulsant activity is dose-dependent and 5.0 mg/kg doses for mice and 20.0 mg/kg for rats, both intraperitoneal (IP), already showed behavioral changes that evolved to generalized tonic-clonic seizures. Marinobufagin induced seizures that ended up in status epilepticus that lasted more than an hour. Seizures decreased in almost 80% of the animals treated with Diazepan (10.0 and 12.5 mg/kg, IP) even though some of these animals continued to show seizures in the electrographic recordings. Phenobarbital didnât block seizures induced by Marinobufagin. Phenitoin was able to block generalized tonic-clonic seizures in all animals of the group, suggesting an action involving changes in monovalent cations. Our results suggest that Marinobufagin could represent a pharmacological tool for the development of an epilepsy experimental model, since it had fulfilled the following requirements: i) showed epileptiform activity in electrographic recordings; ii) seizures were blocked by anticonvulsant drugs such as Diazepan and Phenitoin, an essential requirement for the evaluation of the effects of new drugs to be used in epilepsy treatment.
description O principal enfoque desta pesquisa direcionou-se no sentido de isolar uma substÃncia com forte poder convulsivante, presente nas secreÃÃes obtidas das glÃndulas parotÃides do sapo Bufo paracnemis, Lutz, determinar sua estrutura quÃmica e realizar estudos farmacolÃgicos centrais deste composto. AtravÃs de processos de fracionamento, utilizando o sistema de cromatografia lÃquida de alta eficiÃncia (HPLC), acoplado a uma coluna preparativa C-18 de fase reversa (shim-pack prep. ODS 2,5 x 30 cm), obtivemos essa substÃncia pura em grandes quantidades. Sua estrutura quÃmica foi elucidada atravÃs da tÃcnica de RessonÃncia MagnÃtica Nuclear. Trata-se de um esterÃide cardiotÃnico, um BufadienolÃdeo, contendo um anel esterÃide clÃssico, acoplado a um grupo lactÃnico, denominado Marinobufogenina (14beta -15beta - epoxi - 3beta - 5beta-dihidroxi - 20, 22 - bufadienolÃdeo). Nossos resultados, baseados em anÃlise comportamental e eletrogrÃfica, mostraram efeitos centrais induzidos pela administraÃÃo sistÃmica de Marinobufogenina em ratos e em camundongos. Os animais apresentaram severos efeitos neutÃxicos, tais como movimentos circulares, automatismos gustatÃrios, taquipnÃia, clonias de cabeÃa e de patas, tremores, convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, status epilepticus e morte. A DL50 de Marinobufogenina foi de 10,5 Â1,5 mg/kg para camundongos e de 25,0  2,0 mg/kg para ratos, ambos por via intraperitoneal. A administraÃÃo de Marinobufogenina tambÃm foi efetiva atravÃs de outras vias (subcutÃnea, oral, endovenosa, intramuscular). A forte atividade convulsivante dessa substÃncia à dose-dependente e doses de 5,0 mg/kg para camundongos e de 20,0 mg/kg para ratos , ambos por via intraperitoneal, jà evidenciam alteraÃÃes comportamentais que evoluem para convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas, acompanhadas do registro eletroencefalogrÃfico que apresenta descargas epilÃpticas no cÃrtex e hipocampo. Marinobufogenina induziu o aparecimento de crises convulsivas culminando em status epilepticus que persistiu por mais de uma hora. Observou-se uma reduÃÃo das convulsÃes em aproximadamente 80% dos animais tratados com Diazepam (10,0 e 12,5 mg/kg, i.p.), enquanto no registro eletroencefalogrÃfico as crises epilÃpticas permaneceram em alguns dos animais submetidos a esse tratamento. O Fenobarbital (50 mg/kg, i.p.) nÃo bloqueou as crises comportamentais induzidas por Marinobufogenina . A FenitoÃna foi capaz de reverter as convulsÃes tÃnico-clÃnicas generalizadas em todos os animais do grupo, sugerindo uma aÃÃo atravÃs de envolvimento na alteraÃÃo de cÃtions monovalentes. Estudos bioquÃmicos e eletrofisiolÃgicos mais aprofundados deverÃo ser realizados para confirmar essa hipÃtese. Nossos resultados sugerem que a Marinobufogenina pode constituir-se numa ferramenta farmacolÃgica para o desenvolvimento de um modelo experimental de epilepsia, uma vez que preencheu requisitos importantes, tais como : i) demonstrou a presenÃa de atividade epileptiforme nos registros eletroencefalogrÃficos; ii) as crises convulsivas foram bloqueadas por anticonvulsivantes como o Diazepam e FenitoÃna, requisito essencial para a avaliaÃÃo do efeito de novas drogas a serem utilizadas no tratamento da epilepsia.
publishDate 2000
dc.date.issued.fl_str_mv 2000-10-04
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=56
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=56
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295113188737024