O Percurso do Conceito de Fim de AnÃlise de Freud a Lacan

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Carolina Borges LeÃo Martins
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4782
Resumo: A nossa pesquisa tem por objetivo acompanhar as formulaÃÃes do conceito de fim de anÃlise, desde Freud, passando pelos pÃs-freudianos e chegando Ãs contribuiÃÃes do ensino de Lacan. Para tanto, dividimos metodologicamente o nosso percurso em trÃs momentos distintos: 1. o percurso do conceito de fim de anÃlise em Freud; 2. a investigaÃÃo dos conceitos de cura e de fim de anÃlise nas produÃÃes teÃricas dos analistas contemporÃneos a Freud e pÃs-freudianos; 3. o redimensionamento das perspectivas terapÃuticas e do conceito de fim de anÃlise a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan. No primeiro momento, vimos de que modo a introduÃÃo do conceito de pulsÃo de morte, em 1920, contribuiu para a dissociaÃÃo definitiva entre o fim de anÃlise e os fins terapÃuticos. TambÃm pudemos discutir a direÃÃo do tratamento em Freud, os obstÃculos à cura e ao fim de anÃlise e a proposiÃÃo tÃcnica das construÃÃes em anÃlise, uma saÃda artificial, proposta por Freud, aos impasses do tratamento analÃtico. Na segunda parte, investigamos as soluÃÃes dadas pelos analistas pÃsfreudianos ao obstÃculo da economia pulsional. Partimos da hipÃtese de que o movimento analÃtico nÃo aceitou, de bom grado, as contribuiÃÃes do conceito de pulsÃo de morte, preferindo traduzi-las em termos de amortecimento dos resultados terapÃuticos. Nessa perspectiva, dois obstÃculos tornaram-se supostos lanÃar o tratamento analÃtico em uma tarefa sem fim: em 1930, o carÃter fazia obstÃculo à cura, por sua relaÃÃo estreita aos obscuros modos de satisfaÃÃo pulsional; em 1950, o ser do analista embotava o bom andamento da transferÃncia, constituindo-se como um inoportuno resÃduo ao fim das anÃlises didÃticas e terapÃuticas. Na Ãltima parte do nosso trabalho, a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan, a constituiÃÃo da tÃpica do imaginÃrio conferiu inteligibilidade aos impasses a que haviam chegado os analistas pÃs-freudianos. Sob a Ãgide do imaginÃrio, demonstramos os efeitos desastrosos em elidir o discurso inconsciente no tratamento analÃtico, e apontamos a proposta lacaniana de retomar as referÃncias do campo da fala e da linguagem. Ao fim do nosso percurso, acompanhamos a crÃtica de Lacan ao modelo de formaÃÃo da IPA e a saÃda proposta por ele, o dispositivo do passe, para lidar com os limites da formaÃÃo analÃtica e do fim de anÃlise. Na conclusÃo, pudemos apontar de que modo o nosso trabalho lanÃa luz sobre as questÃes referentes à formaÃÃo do analista e contribui à transmissÃo da psicanÃlise.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisO Percurso do Conceito de Fim de AnÃlise de Freud a LacanThe Path Of The Concept Of End Of Analysis to Freud from Lacan2010-04-12LaÃria Beserra Fontenele29848369368http://lattes.cnpq.br/8007133176136088Orlando Soeiro Cruxen03623007803http://lattes.cnpq.br/3338491906581273Tania Coelho dos Santos42510635700http://lattes.cnpq.br/238287820391151665391373387http://lattes.cnpq.br/6406427672103754Ana Carolina Borges LeÃo MartinsUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRFim de AnÃlise Fim TerapÃutico DireÃÃo da CuraAnalysis Intent Therapeutic Intent Healing DirectivePSICOLOGIAA nossa pesquisa tem por objetivo acompanhar as formulaÃÃes do conceito de fim de anÃlise, desde Freud, passando pelos pÃs-freudianos e chegando Ãs contribuiÃÃes do ensino de Lacan. Para tanto, dividimos metodologicamente o nosso percurso em trÃs momentos distintos: 1. o percurso do conceito de fim de anÃlise em Freud; 2. a investigaÃÃo dos conceitos de cura e de fim de anÃlise nas produÃÃes teÃricas dos analistas contemporÃneos a Freud e pÃs-freudianos; 3. o redimensionamento das perspectivas terapÃuticas e do conceito de fim de anÃlise a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan. No primeiro momento, vimos de que modo a introduÃÃo do conceito de pulsÃo de morte, em 1920, contribuiu para a dissociaÃÃo definitiva entre o fim de anÃlise e os fins terapÃuticos. TambÃm pudemos discutir a direÃÃo do tratamento em Freud, os obstÃculos à cura e ao fim de anÃlise e a proposiÃÃo tÃcnica das construÃÃes em anÃlise, uma saÃda artificial, proposta por Freud, aos impasses do tratamento analÃtico. Na segunda parte, investigamos as soluÃÃes dadas pelos analistas pÃsfreudianos ao obstÃculo da economia pulsional. Partimos da hipÃtese de que o movimento analÃtico nÃo aceitou, de bom grado, as contribuiÃÃes do conceito de pulsÃo de morte, preferindo traduzi-las em termos de amortecimento dos resultados terapÃuticos. Nessa perspectiva, dois obstÃculos tornaram-se supostos lanÃar o tratamento analÃtico em uma tarefa sem fim: em 1930, o carÃter fazia obstÃculo à cura, por sua relaÃÃo estreita aos obscuros modos de satisfaÃÃo pulsional; em 1950, o ser do analista embotava o bom andamento da transferÃncia, constituindo-se como um inoportuno resÃduo ao fim das anÃlises didÃticas e terapÃuticas. Na Ãltima parte do nosso trabalho, a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan, a constituiÃÃo da tÃpica do imaginÃrio conferiu inteligibilidade aos impasses a que haviam chegado os analistas pÃs-freudianos. Sob a Ãgide do imaginÃrio, demonstramos os efeitos desastrosos em elidir o discurso inconsciente no tratamento analÃtico, e apontamos a proposta lacaniana de retomar as referÃncias do campo da fala e da linguagem. Ao fim do nosso percurso, acompanhamos a crÃtica de Lacan ao modelo de formaÃÃo da IPA e a saÃda proposta por ele, o dispositivo do passe, para lidar com os limites da formaÃÃo analÃtica e do fim de anÃlise. Na conclusÃo, pudemos apontar de que modo o nosso trabalho lanÃa luz sobre as questÃes referentes à formaÃÃo do analista e contribui à transmissÃo da psicanÃlise.Our research aims at following the formulations for the concept of end of analysis beginning with Freud, going through the post-Freudians, and reaching the teaching contributions from Lacan. To this end we divided our path methodologically in three distinct segments: 1. the pathway for defining the concept of end of analysis as propounded by Freud; 2. the investigation of the concept of cure and end of analysis in the theoretical productions of Freudâs contemporaries and post-Freudians; 3. the reassessment of therapeutic perspectives and the concept of end of analysis as contributed by Jacques Lacan. In the first moment, we were shown how the inception of the concept of death drive in 1920 contributed to the final break-up between end of analysis and therapeutic intents. We were also able to discuss treatment guidelines as propounded by Freud, the hurdles impeding the cure and the adoption of end of analysis, and the technical proposition for analysis construction, an artificial solution advanced by Freud to counter the difficulties with analytical treatment. In the second part, we investigated solutions as propounded by post-Freudian analysts to the problem of the economics of compulsion. We set out from the hypothesis according to which the analytical movement did not accept easily the contributions from the concept of death drive, rather opting for interpreting them as a lessening of therapeutic results. Within this view, two obstacles impeded the analytical treatment turning it into a never-ending task: in 1930, character was an obstacle to cure because of its close relation to the obscure ways of drive satisfaction; in 1950, the analystâs self blurred the good development of transference, appearing as an inconvenient waste from the end sought by didactical and therapeutic analyses. In the last part of our work, the constitution of topic in its imaginary configuration, having its source on Lacanâs contributions, conferred intelligibility to the standstill reached by post-Freudian analysts. Under the aegis of a configuration shaped by imaginary values we demonstrated the disastrous results from the attempt to elide the unconscious discourse from the analytical treatment, and we pointed to a Lacanian proposal of resuming field references for speech and language. At the end of our pathway, we accompanied Lacanâs critical appraisal of the model for IPA formation and his solution to the problem, namely, the pass procedure to deal with the limits of analytical formation and end of analysis. As a conclusion, we could evaluate how our work throws a light upon issues referring to the analystâs formation and how it contributes to psychoanalysis transmission.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4782application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:17:48Zmail@mail.com -
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