Morbimortalidade e sobrevida apÃs o primeiro evento de histoplasmose disseminada em pacientes com aids atendidos em unidades de referÃncia de Fortaleza/CearÃ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lisandra Serra Damasceno
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7450
Resumo: A histoplasmose à uma das micoses sistÃmicas oportunistas mais associada à aids na atualidade no Brasil e no mundo. O Cearà à o estado do Brasil com a maior casuÃstica na Ãltima dÃcada da coinfecÃÃo HD/aids. O objetivo deste estudo foi caracterizar a morbimortalidade e sobrevida de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, apÃs o 1 evento de HD,atendidos em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza/CearÃ. Realizou-se uma coorte retrospectiva de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, tendo o 1 episÃdio de HD ocorrido no perÃodo de 2002-2008. Os dados foram coletadas a partir do diagnÃstico de HD atà 31/12/2010. AnÃlise estatÃstica foi realizada por meio do programa STATA 9.0. Foram incluÃdos no estudo 145 pacientes. A maioria era de adultos jovens, com mÃdia de idade de 34,6 anos (IC 95%= 33,2-36,0), do sexo masculino (83,5%), e sem atividade de risco definida para histoplasmose (80%). A prevalÃncia da coinfecÃÃo foi de 38 casos/ano. HD foi 1 infecÃÃo oportunista definidora de aids em 59% dos pacientes. Anfotericina B foi utilizada em 97% dos pacientes como droga de induÃÃo, e itraconazol em 92%, em dose de manutenÃÃo. O tempo mÃdio de seguimento clÃnico foi de 3,38 anos (dp = 2,2; IC 95% = 3,01-3,75); 55,2% dos pacientes necessitaram de novos internamentos; 23,3% apresentaram recidiva da histoplasmose; 31,4% interromperam o uso de antifÃngicos conforme orientaÃÃo mÃdica. A mÃdia do acompanhamento apÃs a interrupÃÃo foi de 2,85 anos (IC 95% = 2,24-3,46). Somente um paciente recidivou apÃs a interrupÃÃo do antifÃngico. Os fatores riscos relacionados à recidiva foram nÃo adesÃo à TARV (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p= 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000) e ter aids antes do diagnÃstico de HD (p =0,025). Somente nÃo adesÃo à TARV (OR = 4,96; IC 95% = 1,26-30,10; p = 0,026) foi fator de risco independente para recidiva. Aos 60 meses a probabilidade de remissÃo foi de 67%(IC 95%= 55% -76%). AdesÃo à TARV (94% vs. 51% - p = 0,000), uso regular de antifÃngico (87% vs. 48% - p = 0,000), recuperaÃÃo do CD4+ (83% vs. 45% - p = 0,000) e nÃo ter aids antes da HD (76% vs. 55% - p = 0,035) foram os principais fatores que contribuÃram para manutenÃÃo da remissÃo. Ãbito ocorreu em 30,2% dos pacientes; os fatores relacionados à mortalidade foram nÃo adesÃo ao tratamento da aids (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p = 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000), ter tido um novo episÃdio de histoplasmose (p = 0,000) e ter aids antes da HD (p = 0,009). NÃo adesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado à mortalidade na anÃlise multivariada (OR = 5,24; IC 95% = 1,28-21,38; p = 0,021). A sobrevida aos 60 meses foi de 68% (IC 95% = 57%-76%). Pacientes com adesÃo à TARV (92% vs. 54% - p = 0,000) e sem episÃdio de recidiva (77%vs. 32% - p = 0,000), tiveram melhor probabilidade de sobrevida. Uso regular de antifÃngico (84% vs. 50% - p = 0,000) , ter tido recuperaÃÃo do CD4+ (89% vs. 54% - p = 0,000) e nÃo ter tido aids antes da HD (75% vs. 57% - p = 0,021) tambÃm foram fatores associados a uma melhor sobrevida. Portanto, verificou-se nesse estudo, elevada prevalÃncia de HD em pacientes com aids nessa regiÃo do Brasil, com altas taxas de recidiva e Ãbito. AdesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado aos desfechos, recidiva e Ãbito. A melhor sobrevida ocorreu em pacientes aderentes à TARV
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMorbimortalidade e sobrevida apÃs o primeiro evento de histoplasmose disseminada em pacientes com aids atendidos em unidades de referÃncia de Fortaleza/Cearà Morbidity and survival after the first event of disseminated histoplasmosis in AIDS patients treated in reference units of Fortaleza/CearÃ2011-08-29Terezinha do Menino Jesus Silva LeitÃo23484993391http://lattes.cnpq.br/1341610637039055Roberto da Justa Pires Neto44778309391http://lattes.cnpq.br/1887685326618139Alberto Novaes Ramos Junior 01412317770http://lattes.cnpq.br/0043206414513005 Lara Gurgel Fernandes TÃvora44087616304http://lattes.cnpq.br/9689233324435409 59837780215http://lattes.cnpq.br/0037535446096491Lisandra Serra DamascenoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblicaUFCBRHistoplasmosisrelapseacquired immunodeficiency syndrome mortalitymorbiditysurvivalSAUDE COLETIVAA histoplasmose à uma das micoses sistÃmicas oportunistas mais associada à aids na atualidade no Brasil e no mundo. O Cearà à o estado do Brasil com a maior casuÃstica na Ãltima dÃcada da coinfecÃÃo HD/aids. O objetivo deste estudo foi caracterizar a morbimortalidade e sobrevida de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, apÃs o 1 evento de HD,atendidos em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza/CearÃ. Realizou-se uma coorte retrospectiva de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, tendo o 1 episÃdio de HD ocorrido no perÃodo de 2002-2008. Os dados foram coletadas a partir do diagnÃstico de HD atà 31/12/2010. AnÃlise estatÃstica foi realizada por meio do programa STATA 9.0. Foram incluÃdos no estudo 145 pacientes. A maioria era de adultos jovens, com mÃdia de idade de 34,6 anos (IC 95%= 33,2-36,0), do sexo masculino (83,5%), e sem atividade de risco definida para histoplasmose (80%). A prevalÃncia da coinfecÃÃo foi de 38 casos/ano. HD foi 1 infecÃÃo oportunista definidora de aids em 59% dos pacientes. Anfotericina B foi utilizada em 97% dos pacientes como droga de induÃÃo, e itraconazol em 92%, em dose de manutenÃÃo. O tempo mÃdio de seguimento clÃnico foi de 3,38 anos (dp = 2,2; IC 95% = 3,01-3,75); 55,2% dos pacientes necessitaram de novos internamentos; 23,3% apresentaram recidiva da histoplasmose; 31,4% interromperam o uso de antifÃngicos conforme orientaÃÃo mÃdica. A mÃdia do acompanhamento apÃs a interrupÃÃo foi de 2,85 anos (IC 95% = 2,24-3,46). Somente um paciente recidivou apÃs a interrupÃÃo do antifÃngico. Os fatores riscos relacionados à recidiva foram nÃo adesÃo à TARV (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p= 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000) e ter aids antes do diagnÃstico de HD (p =0,025). Somente nÃo adesÃo à TARV (OR = 4,96; IC 95% = 1,26-30,10; p = 0,026) foi fator de risco independente para recidiva. Aos 60 meses a probabilidade de remissÃo foi de 67%(IC 95%= 55% -76%). AdesÃo à TARV (94% vs. 51% - p = 0,000), uso regular de antifÃngico (87% vs. 48% - p = 0,000), recuperaÃÃo do CD4+ (83% vs. 45% - p = 0,000) e nÃo ter aids antes da HD (76% vs. 55% - p = 0,035) foram os principais fatores que contribuÃram para manutenÃÃo da remissÃo. Ãbito ocorreu em 30,2% dos pacientes; os fatores relacionados à mortalidade foram nÃo adesÃo ao tratamento da aids (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p = 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000), ter tido um novo episÃdio de histoplasmose (p = 0,000) e ter aids antes da HD (p = 0,009). NÃo adesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado à mortalidade na anÃlise multivariada (OR = 5,24; IC 95% = 1,28-21,38; p = 0,021). A sobrevida aos 60 meses foi de 68% (IC 95% = 57%-76%). Pacientes com adesÃo à TARV (92% vs. 54% - p = 0,000) e sem episÃdio de recidiva (77%vs. 32% - p = 0,000), tiveram melhor probabilidade de sobrevida. Uso regular de antifÃngico (84% vs. 50% - p = 0,000) , ter tido recuperaÃÃo do CD4+ (89% vs. 54% - p = 0,000) e nÃo ter tido aids antes da HD (75% vs. 57% - p = 0,021) tambÃm foram fatores associados a uma melhor sobrevida. Portanto, verificou-se nesse estudo, elevada prevalÃncia de HD em pacientes com aids nessa regiÃo do Brasil, com altas taxas de recidiva e Ãbito. AdesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado aos desfechos, recidiva e Ãbito. A melhor sobrevida ocorreu em pacientes aderentes à TARV Histoplasmosis is one of the most opportunistic systemic mycoses associated with AIDS today in Brazil and worldwide. Cearà is the state of Brazil with the largest case in the last decade this co-infection. The objective of this study was to characterize the survival and morbimortality of patients with co-infection HD/AIDS after the 1st HD event, served in in units of a reference for HIV/AIDS in Fortaleza/CearÃ. Retrospective cohort study of patients with co-infection HD/AIDS, when the first HD episode occurred between 2002-2008. The data were collected from the diagnosis of HD until 12/31/2010. Statistical analysis was performed using STATA 9.0 program. The study included 145 patients. The majority were young adults with median age of 34.6 years (95%CI = 33.2-36.0), males (83.5%) and without risk activity associated with histoplasmosis (80%). The prevalence of co-infection was of 38 cases/year. HD was first defining opportunistic infection of AIDS in 59% of the patients. Amphotericin B was used in 97% of patients as induction drug and itraconazole in 92% on maintenance dose. The average clinical follow-up was 3.38 years (sd=2.2,95%CI= 3.01 to 3.75); 55.2% of patients needed for new admissions; 23.3% presented relapse of histoplasmosis; 31.4% discontinued the use of antifungal as medical advice. The average follow-up after the interruption was 2.85 years (95%CI= 2.24 to 3.46). Only one patient relapsed after stopping the antifungal. Risk factors related to relapse were not adhering to ART (p 0.000), irregular use of antifungal (e.g. 0.000), non-recovery of CD4 (p 0.000) and have AIDS before diagnosis of HD (0.025). Non-adherence to ART (OR 4.96; 95% CI = 1.26- 30.10; p = 0.026) was the only independent risk factor for relapse. To 60 months the likelihood of remission was 67% (95%IC = 55% -76%). Join the ART (94% vs. 51% - p = 0.000), regular use of antifungal (87vs. 48 - p = 0.000), recovery of CD4+ (83% vs. 45% â p =0.000) and not having AIDS before the HD (76% vs.55% - p = 0.035) were the main factors that contributed to maintenance of remission. Death occurred in 30.2% of patients; mortalityrelated factors were not adherence to treatment of aids (p = 0.000), irregular use of antifungal medication (p = 0.000), non-recovery of CD4+ (p = 0.000), have had a new episode of histoplasmosis (p = 0.000) and have AIDS before the HD (p = 0.009). Patients with adherence to ART (92% vs. 54% - p = 0,000) and without relapse episode (77% vs. 32% - p = 0,000), had better chances of survival. Regular use of secondary prophylaxis as a maintenance therapy in HD was a factor associated with lower probability of progression to death (p=0.000). The survival at 60 months was of 68% (95%CI = 57%-76%). Regular use of antifungal (84% vs. 50% - p = 0.000), have had CD4+ recovery (89% vs. 54% - p = 0.000)and not have had AIDS before the HD (75% vs. 57% - p = 0.021) also were factors associated with better survival. Therefore, it was found in this study, high prevalence of HD in patients with AIDS in this region of Brazil, with high rates of relapse and death. Join the ART was the only independent risk factor associated with outcomes, relapse and death. The best survival occurred in patients adhering to ART. http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7450application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:20:25Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv A histoplasmose à uma das micoses sistÃmicas oportunistas mais associada à aids na atualidade no Brasil e no mundo. O Cearà à o estado do Brasil com a maior casuÃstica na Ãltima dÃcada da coinfecÃÃo HD/aids. O objetivo deste estudo foi caracterizar a morbimortalidade e sobrevida de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, apÃs o 1 evento de HD,atendidos em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza/CearÃ. Realizou-se uma coorte retrospectiva de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, tendo o 1 episÃdio de HD ocorrido no perÃodo de 2002-2008. Os dados foram coletadas a partir do diagnÃstico de HD atà 31/12/2010. AnÃlise estatÃstica foi realizada por meio do programa STATA 9.0. Foram incluÃdos no estudo 145 pacientes. A maioria era de adultos jovens, com mÃdia de idade de 34,6 anos (IC 95%= 33,2-36,0), do sexo masculino (83,5%), e sem atividade de risco definida para histoplasmose (80%). A prevalÃncia da coinfecÃÃo foi de 38 casos/ano. HD foi 1 infecÃÃo oportunista definidora de aids em 59% dos pacientes. Anfotericina B foi utilizada em 97% dos pacientes como droga de induÃÃo, e itraconazol em 92%, em dose de manutenÃÃo. O tempo mÃdio de seguimento clÃnico foi de 3,38 anos (dp = 2,2; IC 95% = 3,01-3,75); 55,2% dos pacientes necessitaram de novos internamentos; 23,3% apresentaram recidiva da histoplasmose; 31,4% interromperam o uso de antifÃngicos conforme orientaÃÃo mÃdica. A mÃdia do acompanhamento apÃs a interrupÃÃo foi de 2,85 anos (IC 95% = 2,24-3,46). Somente um paciente recidivou apÃs a interrupÃÃo do antifÃngico. Os fatores riscos relacionados à recidiva foram nÃo adesÃo à TARV (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p= 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000) e ter aids antes do diagnÃstico de HD (p =0,025). Somente nÃo adesÃo à TARV (OR = 4,96; IC 95% = 1,26-30,10; p = 0,026) foi fator de risco independente para recidiva. Aos 60 meses a probabilidade de remissÃo foi de 67%(IC 95%= 55% -76%). AdesÃo à TARV (94% vs. 51% - p = 0,000), uso regular de antifÃngico (87% vs. 48% - p = 0,000), recuperaÃÃo do CD4+ (83% vs. 45% - p = 0,000) e nÃo ter aids antes da HD (76% vs. 55% - p = 0,035) foram os principais fatores que contribuÃram para manutenÃÃo da remissÃo. Ãbito ocorreu em 30,2% dos pacientes; os fatores relacionados à mortalidade foram nÃo adesÃo ao tratamento da aids (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p = 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000), ter tido um novo episÃdio de histoplasmose (p = 0,000) e ter aids antes da HD (p = 0,009). NÃo adesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado à mortalidade na anÃlise multivariada (OR = 5,24; IC 95% = 1,28-21,38; p = 0,021). A sobrevida aos 60 meses foi de 68% (IC 95% = 57%-76%). Pacientes com adesÃo à TARV (92% vs. 54% - p = 0,000) e sem episÃdio de recidiva (77%vs. 32% - p = 0,000), tiveram melhor probabilidade de sobrevida. Uso regular de antifÃngico (84% vs. 50% - p = 0,000) , ter tido recuperaÃÃo do CD4+ (89% vs. 54% - p = 0,000) e nÃo ter tido aids antes da HD (75% vs. 57% - p = 0,021) tambÃm foram fatores associados a uma melhor sobrevida. Portanto, verificou-se nesse estudo, elevada prevalÃncia de HD em pacientes com aids nessa regiÃo do Brasil, com altas taxas de recidiva e Ãbito. AdesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado aos desfechos, recidiva e Ãbito. A melhor sobrevida ocorreu em pacientes aderentes à TARV
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Histoplasmosis is one of the most opportunistic systemic mycoses associated with AIDS today in Brazil and worldwide. Cearà is the state of Brazil with the largest case in the last decade this co-infection. The objective of this study was to characterize the survival and morbimortality of patients with co-infection HD/AIDS after the 1st HD event, served in in units of a reference for HIV/AIDS in Fortaleza/CearÃ. Retrospective cohort study of patients with co-infection HD/AIDS, when the first HD episode occurred between 2002-2008. The data were collected from the diagnosis of HD until 12/31/2010. Statistical analysis was performed using STATA 9.0 program. The study included 145 patients. The majority were young adults with median age of 34.6 years (95%CI = 33.2-36.0), males (83.5%) and without risk activity associated with histoplasmosis (80%). The prevalence of co-infection was of 38 cases/year. HD was first defining opportunistic infection of AIDS in 59% of the patients. Amphotericin B was used in 97% of patients as induction drug and itraconazole in 92% on maintenance dose. The average clinical follow-up was 3.38 years (sd=2.2,95%CI= 3.01 to 3.75); 55.2% of patients needed for new admissions; 23.3% presented relapse of histoplasmosis; 31.4% discontinued the use of antifungal as medical advice. The average follow-up after the interruption was 2.85 years (95%CI= 2.24 to 3.46). Only one patient relapsed after stopping the antifungal. Risk factors related to relapse were not adhering to ART (p 0.000), irregular use of antifungal (e.g. 0.000), non-recovery of CD4 (p 0.000) and have AIDS before diagnosis of HD (0.025). Non-adherence to ART (OR 4.96; 95% CI = 1.26- 30.10; p = 0.026) was the only independent risk factor for relapse. To 60 months the likelihood of remission was 67% (95%IC = 55% -76%). Join the ART (94% vs. 51% - p = 0.000), regular use of antifungal (87vs. 48 - p = 0.000), recovery of CD4+ (83% vs. 45% â p =0.000) and not having AIDS before the HD (76% vs.55% - p = 0.035) were the main factors that contributed to maintenance of remission. Death occurred in 30.2% of patients; mortalityrelated factors were not adherence to treatment of aids (p = 0.000), irregular use of antifungal medication (p = 0.000), non-recovery of CD4+ (p = 0.000), have had a new episode of histoplasmosis (p = 0.000) and have AIDS before the HD (p = 0.009). Patients with adherence to ART (92% vs. 54% - p = 0,000) and without relapse episode (77% vs. 32% - p = 0,000), had better chances of survival. Regular use of secondary prophylaxis as a maintenance therapy in HD was a factor associated with lower probability of progression to death (p=0.000). The survival at 60 months was of 68% (95%CI = 57%-76%). Regular use of antifungal (84% vs. 50% - p = 0.000), have had CD4+ recovery (89% vs. 54% - p = 0.000)and not have had AIDS before the HD (75% vs. 57% - p = 0.021) also were factors associated with better survival. Therefore, it was found in this study, high prevalence of HD in patients with AIDS in this region of Brazil, with high rates of relapse and death. Join the ART was the only independent risk factor associated with outcomes, relapse and death. The best survival occurred in patients adhering to ART.
description A histoplasmose à uma das micoses sistÃmicas oportunistas mais associada à aids na atualidade no Brasil e no mundo. O Cearà à o estado do Brasil com a maior casuÃstica na Ãltima dÃcada da coinfecÃÃo HD/aids. O objetivo deste estudo foi caracterizar a morbimortalidade e sobrevida de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, apÃs o 1 evento de HD,atendidos em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza/CearÃ. Realizou-se uma coorte retrospectiva de pacientes com coinfecÃÃo HD/aids, tendo o 1 episÃdio de HD ocorrido no perÃodo de 2002-2008. Os dados foram coletadas a partir do diagnÃstico de HD atà 31/12/2010. AnÃlise estatÃstica foi realizada por meio do programa STATA 9.0. Foram incluÃdos no estudo 145 pacientes. A maioria era de adultos jovens, com mÃdia de idade de 34,6 anos (IC 95%= 33,2-36,0), do sexo masculino (83,5%), e sem atividade de risco definida para histoplasmose (80%). A prevalÃncia da coinfecÃÃo foi de 38 casos/ano. HD foi 1 infecÃÃo oportunista definidora de aids em 59% dos pacientes. Anfotericina B foi utilizada em 97% dos pacientes como droga de induÃÃo, e itraconazol em 92%, em dose de manutenÃÃo. O tempo mÃdio de seguimento clÃnico foi de 3,38 anos (dp = 2,2; IC 95% = 3,01-3,75); 55,2% dos pacientes necessitaram de novos internamentos; 23,3% apresentaram recidiva da histoplasmose; 31,4% interromperam o uso de antifÃngicos conforme orientaÃÃo mÃdica. A mÃdia do acompanhamento apÃs a interrupÃÃo foi de 2,85 anos (IC 95% = 2,24-3,46). Somente um paciente recidivou apÃs a interrupÃÃo do antifÃngico. Os fatores riscos relacionados à recidiva foram nÃo adesÃo à TARV (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p= 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000) e ter aids antes do diagnÃstico de HD (p =0,025). Somente nÃo adesÃo à TARV (OR = 4,96; IC 95% = 1,26-30,10; p = 0,026) foi fator de risco independente para recidiva. Aos 60 meses a probabilidade de remissÃo foi de 67%(IC 95%= 55% -76%). AdesÃo à TARV (94% vs. 51% - p = 0,000), uso regular de antifÃngico (87% vs. 48% - p = 0,000), recuperaÃÃo do CD4+ (83% vs. 45% - p = 0,000) e nÃo ter aids antes da HD (76% vs. 55% - p = 0,035) foram os principais fatores que contribuÃram para manutenÃÃo da remissÃo. Ãbito ocorreu em 30,2% dos pacientes; os fatores relacionados à mortalidade foram nÃo adesÃo ao tratamento da aids (p = 0,000), uso irregular de antifÃngico (p = 0,000), nÃo recuperaÃÃo do CD4+ (p = 0,000), ter tido um novo episÃdio de histoplasmose (p = 0,000) e ter aids antes da HD (p = 0,009). NÃo adesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado à mortalidade na anÃlise multivariada (OR = 5,24; IC 95% = 1,28-21,38; p = 0,021). A sobrevida aos 60 meses foi de 68% (IC 95% = 57%-76%). Pacientes com adesÃo à TARV (92% vs. 54% - p = 0,000) e sem episÃdio de recidiva (77%vs. 32% - p = 0,000), tiveram melhor probabilidade de sobrevida. Uso regular de antifÃngico (84% vs. 50% - p = 0,000) , ter tido recuperaÃÃo do CD4+ (89% vs. 54% - p = 0,000) e nÃo ter tido aids antes da HD (75% vs. 57% - p = 0,021) tambÃm foram fatores associados a uma melhor sobrevida. Portanto, verificou-se nesse estudo, elevada prevalÃncia de HD em pacientes com aids nessa regiÃo do Brasil, com altas taxas de recidiva e Ãbito. AdesÃo à TARV foi o Ãnico fator de risco independente associado aos desfechos, recidiva e Ãbito. A melhor sobrevida ocorreu em pacientes aderentes à TARV
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