A pesca de arrasto de camarÃes na Zona Costeira do MunicÃpio de Fortaleza, Estado do CearÃ

• Autor(a) principal: Miguel SÃvio de Carvalho Braga
• Data de Publicação: 2000
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12751
• topic: Pesca de CamarÃo; Tecnologia pesqueira.; Shrimp fishing; Fishing technology.; ENGENHARIA DE PESCA

Os camarÃes de importÃncia comercial na zona costeira do municÃpio de Fortaleza-CE, pertencem à famÃlia Penaeidae e aos gÃneros Penaeus: camarÃo-rosa, P. brasiliensis, camarÃo-vermelho, P. subtilis e camarÃo-branco, P. schmitti; Xiphopenaeus : camarÃo-sete-barbas, X. kroyeri; e Trachypenaeus: camarÃo-ferrinho, T. constrictus. A Ãrea de pesca tem uma superfÃcie de 30 km2, e profundidades entre 5 e 13 m, sendo apropriada para operaÃÃes por embarcaÃÃes arrasteiras com casco de madeira entre 7-12 m de comprimento total. O aparelho-de-pesca à a rede-de-arrasto de p ortas, com panagem de 8 m na sua parte superior e 7 m na inferior, comprimento total de 14 m e malhas de 18mm entre nÃs. A hipÃtese central da dissertaÃÃo f oi avaliar se o ciclo vital do estoque na Ãrea de estudo seguia o padrÃo estabelecido para os peneÃdeos: desenvolvimento larval e juvenil em estuÃrios, recrutamento na zona costeira e reproduÃÃo em Ãreas afastadas da costa. A coleta de dados foi feita atravÃs do embarque em 44 viagens de pesca realizadas no perÃodo julho/97-junho/98, quando foi realizada a amostragem de exemplares dos quais foi registrado o comprimento do cefalotÃrax, determinaÃÃo do sexo, i dentificaÃÃo de fÃmeas em estÃgio de desova. AlÃm disso, foi feito o controle estatÃstico da produÃÃo/esforÃo de pesca, e avaliaÃÃo da fauna acompanhante quanto a frequÃncia de ocorrÃncia e Ãndices de diversidade especÃfica. Os principais resultados foram: (a) o estoque capturado à constituÃdo, principalmente, por indivÃduos jovens; (b) as fÃmeas sÃo maiores do que os machos em comprimento e peso, devido a um maior tamanho da cauda; (c) a proporÃÃo sexual indica predominÃncia de fÃmeas, mas ocorreu reversÃo dessa taxa em alguns meses do ano; (d) a reproduÃÃo das espÃcies de peneÃdeos ocorre no perÃodo fevereiro-julho; (e) o processo de recrutamento para a pesca das espÃcies de peneÃdeos à mais intenso no perÃodo setembro-fevereiro; (f) a composiÃÃo relativa numÃrica das espÃcies foi a seguinte: P. brasiliensis (28,1%), P. subtilis (26,5%), T. constrictus (22,2%), X. kroyeri (12,5%) e P. schmitti (10,7%); (g) a produÃÃo total anual foi de 26.881 kg, gerada por esforÃo de 19.221 horas de pesca, com CP UE de 1,40 kg/hora; (h) a produÃÃo potencial atingiu 5.638 kg; (i) a Ãpoca de safra corresponde ao meses de abril-agosto; (j) a hipÃtese da dissertaÃÃo nÃo foi confirmada, ou seja, jovens xv em recrutamento e fÃmeas em reproduÃÃo habitam a zo na costeira; (k) a cada kg de camarÃo correspondem 3,28 kg de fauna acompanhante, sendo 0,93 kg (28,6%) de espÃcies aproveitÃveis (peixe e camarÃo pequeno) e 2,34 kg (71,4%) de espÃcies nÃo-aproveitÃveis (peixes); (l) a fauna acompanhante da captura de camarÃes esteve formada por 98 espÃcies de peixes, 14 das quais contribuÃram com 90,4% do total de ocorrÃncias; (m) a diversidade da ictiofauna acompanhante variou de acordo com os seguintes Ãndices: diversidade especÃfica, Hâ = 2,610; equitabilidade, E = 0,569; e riqueza d e espÃcies, D = 8,353; (n) existe uma tendÃncia decrescente, com dependÃncia geomÃtrica, entre o nÃmero de espÃcies da ictiofauna acompanhante e sua abundÃncia numÃrica; (o) a regulamentaÃÃo da pesca dos camarÃes, na zona costeira, deve se apoiar na seguinte medida: defeso no perÃodo marÃo-abril.