Os pÃrias da modernidade na terra da luz: a gente Ãnfima de Fortaleza no processo de regulaÃÃo da mÃo de obra urbana (1877 - 1912)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20460 |
Resumo: | A questÃo dos criados de servir acompanhou os debates sobre a libertaÃÃo dos escravos, e se perpetuou no pÃs-AboliÃÃo. Foi central, ainda, para o projeto de modernidade das classes dominantes, no CearÃ, a partir da dÃcada de 1870. Tal tema dizia respeito à reposiÃÃo das hierarquias sociais e era caro tanto a comerciantes de escravos, quanto a abolicionistas. Uns como os outros pretendiam controlar a mÃo de obra de livres e libertos ao longo do processo de modernizaÃÃo, centrado nas famÃlias dominantes. A modernizaÃÃo exigiu a incorporaÃÃo (nÃo sem resistÃncias) de um ethos do trabalho; para tanto, deu-se diverso modo de policiamento dos pobres, que organizavam festas como forma de ocupar espaÃos na cidade, criando territÃrios de resistÃncia, o que se pode ver como expressÃo de sua visÃo de mundo. O riso, nesse sentido, tornava-se expressÃo de um habitus de viver. Por esta via, a resistÃncia se dava de modo velado, no Ãmbito do paternalismo, e aberto, a exemplo de fugas. Os criados fugiam, assim como evadiam-se os escravos desde hà muito no Oitocentos. Controlar os criados era decisivo para a consecuÃÃo da modernidade dos dominantes. Pois se era centrado nas famÃlias, os pobres deveriam ser disciplinados desde ali. Seus modos de ganhar a vida e de vivÃ-la destoavam do que se tinha por civilizado. No entanto, o que despertava receio nos locatÃrios e tutores era a possibilidade de que se tornassem conscientes de sua importÃncia para a ordem familiar dominante. Parando seus serviÃos, esta seria ameaÃada, bem como, a modernidade assimÃtrica que produziu seus pÃrias, as classes perigosas, a âgente Ãnfimaâ. |
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