Efeitos da Acupuntura, Eletroacupuntura e Metformina Sobre o Estresse Oxidativo, InflamaÃÃo e Glicemia em Ratas Sadias Submetidas a EstÃmulo EstrogÃnico

• Autor(a) principal: Elba LÃcia Wanderley dos Santos
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9040
• topic: estrogen; oxidative stress; inflammation; acupuncture; eletroacupuncture.; MEDICINA; MEDICINA

O desempenho fisiolÃgico da atividade celular requer um equilÃbrio entre a produÃÃo de espÃcies de radicais livres e a sua desativaÃÃo por agentes reguladores e protetores. Quando esse equilÃbrio à quebrado, surge o estresse oxidativo. Diversos estudos experimentais utilizando estrÃgenos para a induÃÃo de distÃrbios ovarianos e metabÃlicos, com destaque para a SÃndrome dos OvÃrios PolicÃsticos (SOP), estÃo disponÃveis na literatura cientÃfica. A Metformina (MTF) à um anti-hiperglicemiante, frequentemente utilizado para tratamento da SOP, permitindo a restauraÃÃo da ciclicidade menstrual, induÃÃo da ovulaÃÃo e o aumento da ocorrÃncia de gestaÃÃo. Na Medicina Tradicional Chinesa, a Acupuntura (Ac) e a Eletroacupuntura (EAc) sÃo utilizadas na promoÃÃo do equilÃbrio orgÃnico, mediante estÃmulo de vias nervosas produtoras de neurotransmissores especÃficos, resultando em uma resposta anti-inflamatÃria, analgÃsica e reguladora autonÃmica. Neste estudo, objetivou-se avaliar os efeitos da MTF, da Ac e da EAc aplicadas nos acupontos Zusanli (E36) e Sanyjiao (BP6), sobre o estresse oxidativo sistÃmico e local, inflamaÃÃo e glicemia em ratas sadias submetidas a estÃmulo estrogÃnico. No experimento, 42 ratas foram distribuÃdas aleatoriamente em sete grupos. Em 30 ratas (grupos G1C+, G2M, G3Ac, G4EAc2, G5EAc100) administrou-se estrogÃnio (valerato de estradiol, 4mg, dose Ãnica). Os dois grupos restantes serviram como controles negativos (G6M, G7) e nÃo receberam estÃmulo estrogÃnico. ApÃs 60 dias, iniciou-se a segunda fase do estudo, compreendendo um perÃodo de dez dias. A Ac e EAc (2/100Hz), foram aplicadas, sob anestesia, em dias alternados, por 20 minutos, durante nove dias nos grupos G3Ac, G4EAc2, G5EAc100; MTF foi administrada diariamente, por gavagem, durante nove dias aos grupos G2M e G6M. No 10 dia desta fase, todas as ratas foram submetidas ao teste de tolerÃncia oral a glicose,e avaliadas em trÃs ocasiÃes: antes do inicio do teste e apÃs 60/120 minutos; seguiu-se a laparotomia, sob anestesia, para coleta de sangue na artÃria aorta abdominal e exÃrese do Ãtero e ovÃrios para exames a seguir: dosagem de SubstÃncias Reativas ao Ãcido TiobarbitÃrico (TBARs), da Glutationa (GSH) reduzida, da Mieloperoxidase (MPO) e da histopatologia ovariana. Os resultados mostraram um aumento significativo das concentraÃÃes plasmÃticas de GSH nos grupos G3Ac, G4EAc2 e G5EAc100 comparados ao G1 (24,50Â1,59 vs 20,30Â0,43, p<0,05; 30,80Â3,22 e 40,30Â3,48 vs 20,30Â0,43, p<0,0001), respectivamente. Houve aumento significante das concentraÃÃes de GSH no tecido ovariano das ratas tratadas com EAc2/100 (47,00Â17,60 vs 25,70Â2,33, p<0,05 e 63,00Â12,40 vs 25,70Â2,33, p<0,0001). A EAc2/100 promoveu aumento significante nas concentraÃÃes plasmÃticas de TBARS (0,231 0,09 vs 0,054Â0,07, p<0,05 e 0,296Â0,09 vs 0,054Â0,07, p<0,001). Houve reduÃÃo significante na atividade da MPO ovariana nos grupos G4EAc2 e G5EAc100 (0,59Â0,21 vs 1,76Â0,31, p<0,05 e 0,65Â0,05 vs 1,76Â0,31, p<0,0001). A administraÃÃo de MTF nÃo promoveu alteraÃÃes nos marcadores oxidativos ou inflamatÃrios. NÃo mostrou alteraÃÃo da glicemia em nenhum dos grupos estudados. No estudo do nÃmero de folÃculos, corpos lÃteos e cistos foliculares nÃo houve diferenÃa significativa entre todos os grupos estudados, ao exame histopatolÃgico. Conclui-se que a aplicaÃÃo de EAc2/100Hz promove proteÃÃo local e sistÃmica sobre o estresse oxidativo por aumento das concentraÃÃes de GSH, alÃm de reduzir o estado inflamatÃrio no ovÃrio de ratas sadias submetidas a estimulo estrogÃnico.