Idade e crescimento do robalo-flecha, Centropomus undecimalis (Bloch, 1792 ) e robalo-peva Centropomus parallelus (Poey,1860) (Osteichthyes: Centropomidae), no Sudeste do Brasil

• Autor(a) principal: Maria Odete Ximenes Carvalho
• Data de Publicação: 2006
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3230
• topic: Robalo-flecha; robalo-peva; Centropomus; idade; equaÃÃo de crescimento; mortalidade natural; relaÃÃo M/K; Sudeste do Brasil.; Common snook; fat snook; Centropomus; age; growth equation; natural mortality; M/K ratio; Southeast Brazil.; RECURSOS PESQUEIROS MARINHOS

O robalo-flecha, Centropomus umdecimalis, e robalo-peva, Centropomus parallelus, sÃo duas spÃcies habitantes de ambientes estuarino e costeiro marinho ao longo das regiÃes Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil portanto, com grande potencialidade para a maricultura. A estimaÃÃo dos parÃmetros de crescimento, objeto principal deste trabalho, fornecerà as informaÃÃes necessÃrias para se avaliar a relaÃÃo custo/benefÃcio na implantaÃÃo de projetos de cultivo, principalmente quanto à eficiÃncia alimentar sobre a taxa de crescimento registrada por populaÃÃes naturais. Os dados bÃsicos foram obtidos por amostragem dos desembarques de pescado no Mercado de SÃo Pedro (NiterÃi, Estado do Rio de Janeiro), efetuados pela frota comercial de barcos linheiros que atuam ao longo da costa de Cabo Frio (23 S). O material coletado consiste de 264 exemplares, sendo 130 de C. undecimalis e 134 de C. parallelus, no perÃodo entre junho de 1999 e junho de 2000. Destes foram retiradas escamas para os estudo da idade e crescimento, por meio da identificaÃÃo dos anÃis etÃrios e mediaÃÃo das zonas de crescimento. As amplitudes de variaÃÃo do comprimento total foram 33,1 â 78,9 cm (C. undecimalis), e 29,5 â 57,3 cm (C. parallelus). As premissas bÃsicas sobre proporcionalidade nos padrÃes de crescimento da escama e do peixe, e sobre a periodicidade na formaÃÃo dos anÃis etÃrios, foram avaliadas por meio da anÃlise de regressÃo e variaÃÃo mensal no Incremento Marginal, respectivamente. Os parÃmetros de crescimento, comprimento mÃximo teÃrico, coeficiente de crescimento, e idade inicial aparente, bem como o Ãndice de desempenho do crescimento, foram estimados. O coeficiente de mortalidade natural (M) foi tambÃm estimado para fazer parte da razÃo M/K. AnÃlises estatÃsticas foram empregadas para se comparar o padrÃo de crescimento entre as duas espÃcies (teste t) e a significÃncia da mudanÃa de idade em intervalos mensais (teste H, de Kruskal-Wallis). Os resultados obtidos estÃo resumidos nos seguintes itens: (a) Confirmou-se a premissa de proporcionalidade isomÃtrica entre os comprimentos do peixe e da escama; (b) as âdatas de aniversÃrioâ do robaloflecha e do robalo-peva correspondem aos perÃodos mensais de abril-junho e agosto-outubro, respectivamente; (c) os parÃmetros de idade e crescimento estimados para o robalo-flecha foram: L = 101, 1 cm, W = 11,4 kg, K = 0,112, t0 = - 2,59 ano, tmax = 29,3 anos e fâ = 3,058; (d) os parÃmetros de idade e crescimento estimados para o robalo-peva foram: L = 67,9, W = 3,6 kg, K = 0,187, t0 = - 2,48 ano, tmax = 18,6 anos e fâ = 2,936; (e) O robalo-peva atinge um menor tamanho mais tem taxa de crescimento mais rÃpida do que o robalo-flecha; (f) o coeficiente de mortalidade natural foi estimado como M = 0,259 (C. undecimalis) e M = 0,406 (C. parallelus), com os respectivos valores de M/K = 2,312 e M/K = 2,171, que classificam estas espÃcies como pertencentes ao 4 nÃvel trÃfico; (g) Os valores do coeficiente de desempenho (fâ) confirmam a adoÃÃo de uma estratÃgia de crescimento compatÃvel com espÃcies predadoras de mÃdio e grande portes.