Hellebrigenina, um BufodienolÃdeo com Potencial AÃÃo CompatÃvel de Inibidor CatalÃtico da Topoisomerase II

• Autor(a) principal: Bruno Marques Soares
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10367
• topic: apoptosis; leukemia; DNA damage; DNA Topoisomerase type I; FARMACOLOGIA

Os bufodienolÃdeos sÃo esterÃides cardioativos de 24 carbonos, isolados originalmente de um extrato de pele de sapos da famÃlia Bufonidae utilizado na medicina chinesa. Os bufodienolÃdeos possuem grande variedade de atividades biolÃgicas, incluindo atividades antineoplÃsicas. Em relaÃÃo à atividade antitumoral, os bufodienolÃdeos tem demonstrado inibir o crescimento de vÃrias linhagens de cÃlulas cancerÃgenas humanas por induzir apoptose e parada do ciclo celular. O presente estudo avaliou o potencial citotÃxico e genetÃxico de seis bufodienolÃdeos em seis linhagens tumorais humanos, trÃs linhagens murinas normais e cÃlulas mononucleadas do sangue perifÃrico (CMSP) humano. Todos os seis bufodienolÃdeos foram citotÃxicos para todas as linhagens tumorais e CMSP com valores de IC50 variando entre 0,002 e 3,17 ÂM. Os bufodienolÃdeos testados nÃo apresentaram citotoxicidade para linhagens murinas normais. Desta forma, o composto hellebrigenina foi escolhido para se determinar o mecanismo de aÃÃo envolvido. Uma sequÃncia de experimentos in vitro foram realizados utilizando-se a linhagem leucÃmica HL-60. As cÃlulas foram tratadas em diferentes concentraÃÃes da amostra hellebrigenina (0,03, 0,06 e 0,12 ÂM) por 24 horas. A viabilidade das cÃlulas (nÃmero de cÃlulas viÃveis e integridade de membrana) HL-60 avaliada por citometria de fluxo, mostrou que o nÃmero de cÃlulas reduziu a partir da menor concentraÃÃo (0,03 ÂM) testada e a porcentagem de cÃlulas com membrana integra reduziu a partir da concentraÃÃo 0,06 ÂM. A anÃlise morfolÃgica por citometria de fluxo revelou aumento de cÃlulas com padrÃo apoptÃtico a partir da concentraÃÃo de 0,06 ÂM. Jà a anÃlise do conteÃdo nuclear, nos mostrou aumento de fragmentaÃÃo de DNA sub-G1 indicativo de apoptose e acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M a partir das concentraÃÃes de 0,03 e 0,06 ÂM, respectivamente. Outros testes por citometria de fluxo revelaram que houve externalizaÃÃo da fosfatidilserina, despolarizaÃÃo mitocondrial, ativaÃÃo da caspase iniciadora 8 e consequente ativaÃÃo das caspases efetoras 3 e 7. Estes dados indicam um mecanismo citotÃxico por induÃÃo de mais de uma via apoptÃtica. Hellebrigenina nÃo foi capaz de causar danos ao DNA de HL-60 e de CMSP e nem o surgimento de aberraÃÃes cromossÃmicas em CMSP. Por meio dos estudos de docking molecular foi possÃvel predizer a ligaÃÃo entre hellebrigenina e topoisomeraseIIα humana, resultado compatÃvel com a possÃvel inibiÃÃo dessa enzima. De forma geral, os resultados apontam o potencial citotÃxico do bufodienolÃdeo hellebrigenina