Fatores determinantes da manutenÃÃo da transmissÃo da esquistossomose mÃnsonica em Ãrea endÃmica do CearÃ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10447 |
Resumo: | A esquistossomose mansÃnica à considerada uma doenÃa de grande importÃncia em saÃde pÃblica, porque, embora tenha uma distribuiÃÃo focal, ainda à prevalente em extensas Ãreas do globo. Nesses focos, a doenÃa pode determinar formas clÃnicas graves, reduzindo, drasticamente, a capacidade laborativa e os anos de vida, com qualidade, dos indivÃduos portadores. Recentemente, medidas de controle, baseadas em tratamento em massa, saneamento e manejo do meio ambiente, fornecimento de Ãgua de qualidade e controle quÃmico de caramujos, tÃm propiciado um impacto significativo na morbidade desta parasitose, primariamente, em virtude de reduÃÃo na carga de parasitas na populaÃÃo e, secundariamente, pela queda da prevalÃncia. A Ãrea endÃmica da esquistossomose no CearÃ, identificada em 1977, compreendia um total de 2.972 localidades, distribuÃdas em 16 municÃpios. AÃÃes de controle foram desenvolvidas, de forma sistemÃtica e uniforme, em todas as localidades endÃmicas do CearÃ, nos Ãltimos 20 anos. Algumas localidades responderam, de forma espetacular, Ãs medidas de controle, enquanto outras nÃo apresentaram a mesma resposta. Este trabalho teve como objetivo investigar quais os fatores responsÃveis pela manutenÃÃo da transmissÃo da esquistossomose, numa Ãrea sob o impacto permanente de medidas de controle. Em particular, comparou-se a execuÃÃo de prÃticas e de fatores de risco ambientais, da densidade de caramujos e do percentual de infecÃÃo natural de caramujos, em localidades de alta e baixa transmissÃo. Observou-se, que alguns fatores de risco eram mais frequentes nas localidades de alta transmissÃo e que outros eram distribuÃdos, igualmente, nos dois grupos de localidades. Adicionalmente, as localidades de baixa transmissÃo estavam num estÃgio de urbanizaÃÃo menos avanÃado que as localidades de alta transmissÃo, de forma que o contato com a natureza e o consequente risco de exposiÃÃo aos fatores ambientais era mais frequente entre os indivÃduos que viviam nas localidades de baixa transmissÃo. No entanto, nas localidades de alta transmissÃo, o ambiente oferecia maior risco pois, tanto a densidade como as estimativas da frequÃncia da infecÃÃo natural dos caramujos eram maiores, proporcionando, assim, riscos adicionais para a transmissÃo da esquistossomose. |
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Nesses focos, a doenÃa pode determinar formas clÃnicas graves, reduzindo, drasticamente, a capacidade laborativa e os anos de vida, com qualidade, dos indivÃduos portadores. Recentemente, medidas de controle, baseadas em tratamento em massa, saneamento e manejo do meio ambiente, fornecimento de Ãgua de qualidade e controle quÃmico de caramujos, tÃm propiciado um impacto significativo na morbidade desta parasitose, primariamente, em virtude de reduÃÃo na carga de parasitas na populaÃÃo e, secundariamente, pela queda da prevalÃncia. A Ãrea endÃmica da esquistossomose no CearÃ, identificada em 1977, compreendia um total de 2.972 localidades, distribuÃdas em 16 municÃpios. AÃÃes de controle foram desenvolvidas, de forma sistemÃtica e uniforme, em todas as localidades endÃmicas do CearÃ, nos Ãltimos 20 anos. Algumas localidades responderam, de forma espetacular, Ãs medidas de controle, enquanto outras nÃo apresentaram a mesma resposta. Este trabalho teve como objetivo investigar quais os fatores responsÃveis pela manutenÃÃo da transmissÃo da esquistossomose, numa Ãrea sob o impacto permanente de medidas de controle. Em particular, comparou-se a execuÃÃo de prÃticas e de fatores de risco ambientais, da densidade de caramujos e do percentual de infecÃÃo natural de caramujos, em localidades de alta e baixa transmissÃo. Observou-se, que alguns fatores de risco eram mais frequentes nas localidades de alta transmissÃo e que outros eram distribuÃdos, igualmente, nos dois grupos de localidades. Adicionalmente, as localidades de baixa transmissÃo estavam num estÃgio de urbanizaÃÃo menos avanÃado que as localidades de alta transmissÃo, de forma que o contato com a natureza e o consequente risco de exposiÃÃo aos fatores ambientais era mais frequente entre os indivÃduos que viviam nas localidades de baixa transmissÃo. No entanto, nas localidades de alta transmissÃo, o ambiente oferecia maior risco pois, tanto a densidade como as estimativas da frequÃncia da infecÃÃo natural dos caramujos eram maiores, proporcionando, assim, riscos adicionais para a transmissÃo da esquistossomose. Schistosomiasis caused by Schistosoma mansoni is a very important disease from a public health perspective. Although, the disease is focused its distribution is worldwide. The infection can determine clinical disease which hamper the laborious capacity of individuals and reduce the quality-adjusted life years. Recently, control programmes based in treatment, sanitation, supply of clean water and chemical control of snails have had a significant impact on the morbidity of this parasitosis, mainly due to reduction of the intensity and prevalence of infection. The endemic area for schistosomiasis in Ceara, was delimited in 1977, and it includes 2,972 villages over 16 municipalities. The control programme has been implemented, systematically and uniformly, in all endemic villages of Ceara for 20 years. Some villages have displayed a dramatic decrease in the intensity and prevalence of infection, although other did not. This study aims to describe the factors involved in the maintenance of transmission of schistosomiasis in an area under pressure of control over 20 years. Specifically, we compared the prevalence of risky behaviors, environmental risk factors, density and natural infection rate of snails from villages with high transmission with those from low transmission villages. We have concluded that some risk factors were more prevalent in high transmission villages, and others had similar prevalence in both group of villages. Moreover, the low transmission villages were in a lower degree of urbanization, in order that the man-water contact were more frequent there. Despite a lower exposure to water in the high transmission area, the likelihood of infection was higher because the environment exposes individual to a higher burden of the parasite expressed by a higher density and natural infection rate of snails in the higher transmission area. http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10447application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:23:29Zmail@mail.com - |
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Fatores determinantes da manutenÃÃo da transmissÃo da esquistossomose mÃnsonica em Ãrea endÃmica do Cearà Maria Josà Menezes Timbà esquistossomose exposiÃÃo esquistossomose risco esquistossomose transmissÃo Schistosomiasis prevalence of schistosomiasis transmission of schistosomiasis risk for schistosomiasis EPIDEMIOLOGIA |
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Schistosomiasis caused by Schistosoma mansoni is a very important disease from a public health perspective. Although, the disease is focused its distribution is worldwide. The infection can determine clinical disease which hamper the laborious capacity of individuals and reduce the quality-adjusted life years. Recently, control programmes based in treatment, sanitation, supply of clean water and chemical control of snails have had a significant impact on the morbidity of this parasitosis, mainly due to reduction of the intensity and prevalence of infection. The endemic area for schistosomiasis in Ceara, was delimited in 1977, and it includes 2,972 villages over 16 municipalities. The control programme has been implemented, systematically and uniformly, in all endemic villages of Ceara for 20 years. Some villages have displayed a dramatic decrease in the intensity and prevalence of infection, although other did not. This study aims to describe the factors involved in the maintenance of transmission of schistosomiasis in an area under pressure of control over 20 years. Specifically, we compared the prevalence of risky behaviors, environmental risk factors, density and natural infection rate of snails from villages with high transmission with those from low transmission villages. We have concluded that some risk factors were more prevalent in high transmission villages, and others had similar prevalence in both group of villages. Moreover, the low transmission villages were in a lower degree of urbanization, in order that the man-water contact were more frequent there. Despite a lower exposure to water in the high transmission area, the likelihood of infection was higher because the environment exposes individual to a higher burden of the parasite expressed by a higher density and natural infection rate of snails in the higher transmission area. |
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A esquistossomose mansÃnica à considerada uma doenÃa de grande importÃncia em saÃde pÃblica, porque, embora tenha uma distribuiÃÃo focal, ainda à prevalente em extensas Ãreas do globo. Nesses focos, a doenÃa pode determinar formas clÃnicas graves, reduzindo, drasticamente, a capacidade laborativa e os anos de vida, com qualidade, dos indivÃduos portadores. Recentemente, medidas de controle, baseadas em tratamento em massa, saneamento e manejo do meio ambiente, fornecimento de Ãgua de qualidade e controle quÃmico de caramujos, tÃm propiciado um impacto significativo na morbidade desta parasitose, primariamente, em virtude de reduÃÃo na carga de parasitas na populaÃÃo e, secundariamente, pela queda da prevalÃncia. A Ãrea endÃmica da esquistossomose no CearÃ, identificada em 1977, compreendia um total de 2.972 localidades, distribuÃdas em 16 municÃpios. AÃÃes de controle foram desenvolvidas, de forma sistemÃtica e uniforme, em todas as localidades endÃmicas do CearÃ, nos Ãltimos 20 anos. Algumas localidades responderam, de forma espetacular, Ãs medidas de controle, enquanto outras nÃo apresentaram a mesma resposta. Este trabalho teve como objetivo investigar quais os fatores responsÃveis pela manutenÃÃo da transmissÃo da esquistossomose, numa Ãrea sob o impacto permanente de medidas de controle. Em particular, comparou-se a execuÃÃo de prÃticas e de fatores de risco ambientais, da densidade de caramujos e do percentual de infecÃÃo natural de caramujos, em localidades de alta e baixa transmissÃo. Observou-se, que alguns fatores de risco eram mais frequentes nas localidades de alta transmissÃo e que outros eram distribuÃdos, igualmente, nos dois grupos de localidades. Adicionalmente, as localidades de baixa transmissÃo estavam num estÃgio de urbanizaÃÃo menos avanÃado que as localidades de alta transmissÃo, de forma que o contato com a natureza e o consequente risco de exposiÃÃo aos fatores ambientais era mais frequente entre os indivÃduos que viviam nas localidades de baixa transmissÃo. No entanto, nas localidades de alta transmissÃo, o ambiente oferecia maior risco pois, tanto a densidade como as estimativas da frequÃncia da infecÃÃo natural dos caramujos eram maiores, proporcionando, assim, riscos adicionais para a transmissÃo da esquistossomose. |
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