Zoneamento paisagÃstico das falÃsias do litoral de Fortim/CearÃ: subsÃdios ao planejamento e à gestÃo ambiental

• Autor(a) principal: Nicolly Santos Leite
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17253
• topic: Litoral de falÃsias; MunicÃpio de Fortim; Planejamento ambiental; Geoecologia da Paisagem; Sea cliff; Municipality of Fortim; Environmental planning; Geoecology landscape; GEOGRAFIA FISICA

As falÃsias sÃo importantes morfologias no contexto paisagÃstico costeiro cearense, configurando-se em escarpas abruptas e instÃveis nas zonas costeiras, influenciadas pelo fluxo eÃlico, pluvial e, principalmente, marinho, tendo sua formaÃÃo associada, principalmente, à deposiÃÃo dos sedimentos do Grupo Barreiras. No litoral de Fortim, as falÃsias estÃo distribuÃdas na planÃcie litorÃnea e ao longo da margem esquerda do rio Jaguaribe, onde se pode notar maior adensamento populacional e concentraÃÃo de infraestruturas associadas ao veraneio e ao turismo. A pesquisa se insere no MunicÃpio de Fortim, tendo como principal abrangÃncia espacial o seu litoral de falÃsias, compartimentado em trÃs setores de estudo, que ocupam no total uma Ãrea de 7.089,3 hectares (70, 89 kmÂ), para a qual se realizou anÃlise da dinÃmica paisagÃstica de modo integrado, relacionando os aspectos fÃsico-ambientais Ãs condiÃÃes socioeconÃmicas, a fim de contribuir para um planejamento e gestÃo ambiental que sejam compatÃveis com a realidade em questÃo. A pesquisa se encaminhou na anÃlise da dinÃmica e tipologia da paisagem, seguindo, assim, pressupostos sistÃmicos desde as bases teÃrico-metodolÃgicas da Geoecologia da Paisagem. As etapas da pesquisa perpassaram os levantamentos de campo para aplicaÃÃo de checklist e coleta de dados ambientais, anÃlise granulomÃtrica de sedimentos, anÃlises de Ãgua e de produtos cartogrÃficos, em que se utilizou imagens de satÃlite RapidEye 2013 nas escalas de 1:40.000 e 1:80.000. Verificou-se, nas etapas mencionadas, que as falÃsias de Fortim sÃo formadas por rochas do Grupo Barreiras e em alguns setores estÃo associadas Ãs rochas da FormaÃÃo Tibau; em geral, sÃo constituÃdas por areias mÃdias e arenitos fortemente cimentados. Em relaÃÃo Ãs formas de uso e ocupaÃÃo no litoral, foram identificadas atividades desenvolvidas em Ãreas de PreservaÃÃo Permanente, como a carcinicultura na planÃcie fluviomarinha do rio Pirangi, loteamentos e segundas residÃncias, principalmente, nos topos de falÃsias, que contribuem, sobretudo, para a descaracterizaÃÃo da paisagem e na privatizaÃÃo do espaÃo. Em alguns setores, nÃo hà ocupaÃÃo nas falÃsias, contudo a pequena extensÃo da faixa de praia torna a vertente vulnerÃvel à aÃÃo das ondas. Verificou-se, tambÃm, por meio de anÃlises fÃsico-quÃmicas e microbiolÃgicas, que a qualidade da Ãgua de poÃos comunitÃrios encontra-se comprometida para consumo, principalmente nas Ãreas de maior adensamento populacional. Nesse sentido, deve-se promover o gerenciamento da Ãrea, sendo preciso conhecer a capacidade de suporte de litorais com falÃsias, com vistas a prevenir e minimizar possÃveis influxos negativos aos sistemas naturais e Ãs populaÃÃes humanas que habitam o entorno desses ambientes.