Envolvimento de Ãxido nÃtrico e de canais de potÃssio dependentes de ATP no efeito protetor da amifostina sobre as alteraÃÃes motoras funcionais e inflamatÃrias da Cistite hemorrÃgica induzida por Ifosfamida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LÃvia Talita Cajaseiras MourÃo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11958
Resumo: A cistite hemorrÃgica (CH) Ã um evento inflamatÃrio frequentemente associado ao uso das oxazafosforinas. NÃs demonstramos que amifostina (AMF) pode prevenir o dano tecidual provocado pela ifosfamida (IFO). Sabendo-se que IFO tambÃm altera a funÃÃo motora do trato urinÃrio inferior, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar se AMF protege os animais contra as alteraÃÃes da funÃÃo vesical provocadas por IFO, e se este efeito ocorre atravÃs de mecanismos dependentes do Ãxido nÃtrico (NO) e dos canais de potÃssio sensÃveis ao ATP (KATP). Camundongos Swiss machos (25-30g, n=8) receberam salina (CTR)ou IFO (400mg/kg, ip) para induÃÃo de CH. Outro grupo recebeu, 30min antes de IFO, AMF (50mg/kg, sc), aminoguanidina (AMG, 50 mg/kg, ip), ODQ (2 mg/kg, vo) ou glibenclamida (GLI, 10 mg/kg, ip). Outros grupos receberam, 30min antes de AMF, L-arginina (L-ARG, 600 mg/kg, ip), ODQ ou diazÃxido (DIAZ, 2mg/kg, ip). Em outra seÃÃo, os grupos que receberam AMG foram prÃ-tratados com L-arginina e os que receberam GLI foram prÃ-tratados com diazÃxido, ambos com intervalos de 30 mim. O peso Ãmido vesical (PUV) e os parÃmetros macroscÃpicos e histopatolÃgicos foram analisados 12h apÃs a injeÃÃo de IFO. Em experimentos ex vivo, preparaÃÃes de mÃsculo liso vesical foram mantidas em soluÃÃo fisiolÃgica aerada com 95% de O2 â 5% CO2, pH 7.4 e a 37&#8304;C para registro isomÃtrico das contraÃÃes musculares a soluÃÃes despolarizantes de cloreto de potÃssio (KCl) e carbacol (CCh). Para o registro de pressÃo intravesical (PIV) por cistometrograma contÃnuo (CC), foi realizada uma laparatomia e um catÃter de polietileno fixado na bexiga e exteriorizado pela regiÃo abdominal foi conectado a um sistema de infusÃo contÃnua de salina (0.04mL/min) e a um transdutor de pressÃo acoplado a um sistema de aquisiÃÃo de sinais biolÃgicos. Nos animais tratados com AMF o aumento PUV provocado por IFO foi inibido em 83%. L-ARG e DIAZ nÃo preveniram tal efeito de IFO no PUV (1.1% e 11.4%, respectivamente). Os escores macro e microscÃpicos foram significativamente menores em AMF, comparados ao grupo IFO. L-ARG e DIAZ inibiram os escores de AMF. IFO diminuiu a contratilidade de tiras de bexiga ao CCh em relaÃÃo ao grupo CTR (1.36 Â 0.24 Vs 0.18 Â 0.02 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). AMF preveniu a hipocontratilidade provocada por IFO ao estÃmulo com CCh (1.47 Â 0.16 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). L-ARG e DIAZinibiram o efeito de AMF (0.6 Â 0.08 e 0.79 Â 0.12 g forÃa/mg de tecido seco, respectivamente; p<0.01 em relaÃÃo a AMF). Na anÃlise por CC, AMF reverteu o aumento da frequÃncia miccional (FM) provocada por IFO (18 Vs 5.6 micÃÃes/15 min, IFO e CTR, respectivamente; p<0.01. AMF â 6.5 micÃÃes/15 min; p<0.01 em relaÃÃo a IFO). L-ARG e DIAZ reverteram as FMs de AMF (p<0,01) (L-ARG: 14.5 e DIAZ: 11.2 micÃÃes/15 min). Os traÃados cistometrogrÃficos de CTR e AMF mostraram ciclos miccionais regulares com contraÃÃes evidentes associadas ao esvaziamento da bexiga. Nas anÃlises de CC de animais tratados com IFO, os traÃados mostraram ciclos irregulares de micÃÃo e nÃo foram observadas contraÃÃes evidentes associadas ao evento da micÃÃo. DIAZ tambÃm apresentou traÃados com este padrÃo. O tratamento com ODQ nÃo alterou o efeito sobre a disfunÃÃo vesical in vitro e in vivo promovida por IFO e nem sobre a proteÃÃo pela AMF. AMF inibe as alteraÃÃes motoras vesicais promovidas por IFO atravÃs de processos mÃltiplos que provavelmente incluem o NO e KATPs, sem envolver, no entanto, a geraÃÃo de GMPc.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEnvolvimento de Ãxido nÃtrico e de canais de potÃssio dependentes de ATP no efeito protetor da amifostina sobre as alteraÃÃes motoras funcionais e inflamatÃrias da Cistite hemorrÃgica induzida por Ifosfamida2012-12-12Ronaldo de Albuquerque Ribeiro14095807334http://lattes.cnpq.br/6886335376140604Nylane Maria Nunes de Alencar32184573353http://lattes.cnpq.br/9219662256316695Alexandre Braga LibÃrio64738450387http://lattes.cnpq.br/195373460094852201020902388http://lattes.cnpq.br/8246143374937438LÃvia Talita Cajaseiras MourÃoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRCystitis Ifosfamide Amifostine Bladder disfunctionFARMACOLOGIAA cistite hemorrÃgica (CH) Ã um evento inflamatÃrio frequentemente associado ao uso das oxazafosforinas. NÃs demonstramos que amifostina (AMF) pode prevenir o dano tecidual provocado pela ifosfamida (IFO). Sabendo-se que IFO tambÃm altera a funÃÃo motora do trato urinÃrio inferior, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar se AMF protege os animais contra as alteraÃÃes da funÃÃo vesical provocadas por IFO, e se este efeito ocorre atravÃs de mecanismos dependentes do Ãxido nÃtrico (NO) e dos canais de potÃssio sensÃveis ao ATP (KATP). Camundongos Swiss machos (25-30g, n=8) receberam salina (CTR)ou IFO (400mg/kg, ip) para induÃÃo de CH. Outro grupo recebeu, 30min antes de IFO, AMF (50mg/kg, sc), aminoguanidina (AMG, 50 mg/kg, ip), ODQ (2 mg/kg, vo) ou glibenclamida (GLI, 10 mg/kg, ip). Outros grupos receberam, 30min antes de AMF, L-arginina (L-ARG, 600 mg/kg, ip), ODQ ou diazÃxido (DIAZ, 2mg/kg, ip). Em outra seÃÃo, os grupos que receberam AMG foram prÃ-tratados com L-arginina e os que receberam GLI foram prÃ-tratados com diazÃxido, ambos com intervalos de 30 mim. O peso Ãmido vesical (PUV) e os parÃmetros macroscÃpicos e histopatolÃgicos foram analisados 12h apÃs a injeÃÃo de IFO. Em experimentos ex vivo, preparaÃÃes de mÃsculo liso vesical foram mantidas em soluÃÃo fisiolÃgica aerada com 95% de O2 â 5% CO2, pH 7.4 e a 37&#8304;C para registro isomÃtrico das contraÃÃes musculares a soluÃÃes despolarizantes de cloreto de potÃssio (KCl) e carbacol (CCh). Para o registro de pressÃo intravesical (PIV) por cistometrograma contÃnuo (CC), foi realizada uma laparatomia e um catÃter de polietileno fixado na bexiga e exteriorizado pela regiÃo abdominal foi conectado a um sistema de infusÃo contÃnua de salina (0.04mL/min) e a um transdutor de pressÃo acoplado a um sistema de aquisiÃÃo de sinais biolÃgicos. Nos animais tratados com AMF o aumento PUV provocado por IFO foi inibido em 83%. L-ARG e DIAZ nÃo preveniram tal efeito de IFO no PUV (1.1% e 11.4%, respectivamente). Os escores macro e microscÃpicos foram significativamente menores em AMF, comparados ao grupo IFO. L-ARG e DIAZ inibiram os escores de AMF. IFO diminuiu a contratilidade de tiras de bexiga ao CCh em relaÃÃo ao grupo CTR (1.36 Â 0.24 Vs 0.18 Â 0.02 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). AMF preveniu a hipocontratilidade provocada por IFO ao estÃmulo com CCh (1.47 Â 0.16 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). L-ARG e DIAZinibiram o efeito de AMF (0.6 Â 0.08 e 0.79 Â 0.12 g forÃa/mg de tecido seco, respectivamente; p<0.01 em relaÃÃo a AMF). Na anÃlise por CC, AMF reverteu o aumento da frequÃncia miccional (FM) provocada por IFO (18 Vs 5.6 micÃÃes/15 min, IFO e CTR, respectivamente; p<0.01. AMF â 6.5 micÃÃes/15 min; p<0.01 em relaÃÃo a IFO). L-ARG e DIAZ reverteram as FMs de AMF (p<0,01) (L-ARG: 14.5 e DIAZ: 11.2 micÃÃes/15 min). Os traÃados cistometrogrÃficos de CTR e AMF mostraram ciclos miccionais regulares com contraÃÃes evidentes associadas ao esvaziamento da bexiga. Nas anÃlises de CC de animais tratados com IFO, os traÃados mostraram ciclos irregulares de micÃÃo e nÃo foram observadas contraÃÃes evidentes associadas ao evento da micÃÃo. DIAZ tambÃm apresentou traÃados com este padrÃo. O tratamento com ODQ nÃo alterou o efeito sobre a disfunÃÃo vesical in vitro e in vivo promovida por IFO e nem sobre a proteÃÃo pela AMF. AMF inibe as alteraÃÃes motoras vesicais promovidas por IFO atravÃs de processos mÃltiplos que provavelmente incluem o NO e KATPs, sem envolver, no entanto, a geraÃÃo de GMPc.Hemorrhagic cystitis (HC) is an inflammatory event often associated with the use of oxazafosforins. We have demonstrated that amifostine (AMF) may prevent tissue damage caused by ifosfamide (IFO). Considering that IFO also changes the motor function of the lower urinary tract, the present study aimed to investigate whether AMF protects animals against IFO-related bladder dysfunction, and if this effect occurs through anitric oxide (NO) and ATP-sensitive potassium channels (KATP) dependent mechanism. Male Swiss mice (25-30g, n = 8) were given saline or IFO (400mg/kg, ip) to induce HC. Another group received, 30min before IFO, AMF (50mg/kg, sc), aminoguanidine (AMG, 50 mg/kg, ip), ODQ (2 mg/kg, po) or glibenclamide (GLI, 10 mg/kg, ip ). Other groups received 30min before AMF, L-arginine (L-ARG, 600 mg/kg, ip), ODQ or diazoxide (DIAZ, 2mg/kg ip). In another experimental setting, the groups that received AMG were pretreated with L-arginine and those receiving GLI were pretreated with diazoxide each drug administered at intervals of 30 min. Bladder wet weight (BWW) and macroscopic and histopathological parameterswere analyzed 12h after IFO injection. Inin vitro assays, bladder smooth muscle preparations were kept in saline solution aerated with 95% O2 - 5% CO2, pH 7.4 and at 37 &#8304; C for isometric muscle contractions record the depolarizing solutions of KCl and carbachol (CCh). For the record of intravesical pressure (IVP) by continuous cystometrogram (CC), laparotomy was performed and a polyethylene catheter attached to the bladder and exteriorized through the abdominal region was connected to a system of continuous infusion of saline (0.04mL/min) and a pressure transducer coupled to an acquisition system biological signals. In animals treated with AMF,BWW was reduced by 83% when compared with IFO-injected mice. L-ARG and DIAZ did not preventIFO-induced BWW effect (1.1% and 11.4%, respectively). Macroscopic and microscopic criteria were significantly reduced in AMF injected mice versus IFO group. L-ARG and DIAZ failed to prevent such criteria in comparison to IFO group. IFO decreased bladder strips contractility response to CCh versus control group (1.36 Â 0.24 Vs 0.18 Â 0.02 g force / mg of dry tissue, p <0.01). AMF prevented the IFO-related decrease in contractility response (1.47 Â 0.16 g force / mg of dry tissue, p <0.01). L-ARG and DIAZ did not alter IFO effect bladder contractility (0.6 Â 0.08 and 0.79 Â 0.12 g force / mg dry tissue, respectively, p <0.01 compared to saline control). In CC analysis, AMF reversed the increased voiding frequency (VF) caused by IFO (18 Vs 5.6 micturition/15 min, IFO and CTR, respectively, p <0.01. AMF â 6.5 micturition/15min; p <0.01 compared to IFO). The VFs in L-ARG and DIAZ (14.5 and 11.2 micturition/15min, respectively) were significantly different from AMF group, p <0.01. Cystometrography recordings of control and AMF groups showed regular micturition cycles with evident contractions associated with bladder emptying, which as markedly different from IFO-injected animals that presented an irregular trace concerning micturition cycles and no evident contractions associated with the urination event. DIAZ also showed similar patterns to that of IFO. Treatment with ODQ did not alter either the in vitro and in vivo effects on bladder dysfunction promoted by IFO or upon protection by AMF. AMF inhibited IFO-related functional alterations in bladders through multiple processes that probably include NO and KATPs without involvingthe generation of cGMP.CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11958application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:25:11Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv A cistite hemorrÃgica (CH) Ã um evento inflamatÃrio frequentemente associado ao uso das oxazafosforinas. NÃs demonstramos que amifostina (AMF) pode prevenir o dano tecidual provocado pela ifosfamida (IFO). Sabendo-se que IFO tambÃm altera a funÃÃo motora do trato urinÃrio inferior, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar se AMF protege os animais contra as alteraÃÃes da funÃÃo vesical provocadas por IFO, e se este efeito ocorre atravÃs de mecanismos dependentes do Ãxido nÃtrico (NO) e dos canais de potÃssio sensÃveis ao ATP (KATP). Camundongos Swiss machos (25-30g, n=8) receberam salina (CTR)ou IFO (400mg/kg, ip) para induÃÃo de CH. Outro grupo recebeu, 30min antes de IFO, AMF (50mg/kg, sc), aminoguanidina (AMG, 50 mg/kg, ip), ODQ (2 mg/kg, vo) ou glibenclamida (GLI, 10 mg/kg, ip). Outros grupos receberam, 30min antes de AMF, L-arginina (L-ARG, 600 mg/kg, ip), ODQ ou diazÃxido (DIAZ, 2mg/kg, ip). Em outra seÃÃo, os grupos que receberam AMG foram prÃ-tratados com L-arginina e os que receberam GLI foram prÃ-tratados com diazÃxido, ambos com intervalos de 30 mim. O peso Ãmido vesical (PUV) e os parÃmetros macroscÃpicos e histopatolÃgicos foram analisados 12h apÃs a injeÃÃo de IFO. Em experimentos ex vivo, preparaÃÃes de mÃsculo liso vesical foram mantidas em soluÃÃo fisiolÃgica aerada com 95% de O2 â 5% CO2, pH 7.4 e a 37&#8304;C para registro isomÃtrico das contraÃÃes musculares a soluÃÃes despolarizantes de cloreto de potÃssio (KCl) e carbacol (CCh). Para o registro de pressÃo intravesical (PIV) por cistometrograma contÃnuo (CC), foi realizada uma laparatomia e um catÃter de polietileno fixado na bexiga e exteriorizado pela regiÃo abdominal foi conectado a um sistema de infusÃo contÃnua de salina (0.04mL/min) e a um transdutor de pressÃo acoplado a um sistema de aquisiÃÃo de sinais biolÃgicos. Nos animais tratados com AMF o aumento PUV provocado por IFO foi inibido em 83%. L-ARG e DIAZ nÃo preveniram tal efeito de IFO no PUV (1.1% e 11.4%, respectivamente). Os escores macro e microscÃpicos foram significativamente menores em AMF, comparados ao grupo IFO. L-ARG e DIAZ inibiram os escores de AMF. IFO diminuiu a contratilidade de tiras de bexiga ao CCh em relaÃÃo ao grupo CTR (1.36 Â 0.24 Vs 0.18 Â 0.02 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). AMF preveniu a hipocontratilidade provocada por IFO ao estÃmulo com CCh (1.47 Â 0.16 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). L-ARG e DIAZinibiram o efeito de AMF (0.6 Â 0.08 e 0.79 Â 0.12 g forÃa/mg de tecido seco, respectivamente; p<0.01 em relaÃÃo a AMF). Na anÃlise por CC, AMF reverteu o aumento da frequÃncia miccional (FM) provocada por IFO (18 Vs 5.6 micÃÃes/15 min, IFO e CTR, respectivamente; p<0.01. AMF â 6.5 micÃÃes/15 min; p<0.01 em relaÃÃo a IFO). L-ARG e DIAZ reverteram as FMs de AMF (p<0,01) (L-ARG: 14.5 e DIAZ: 11.2 micÃÃes/15 min). Os traÃados cistometrogrÃficos de CTR e AMF mostraram ciclos miccionais regulares com contraÃÃes evidentes associadas ao esvaziamento da bexiga. Nas anÃlises de CC de animais tratados com IFO, os traÃados mostraram ciclos irregulares de micÃÃo e nÃo foram observadas contraÃÃes evidentes associadas ao evento da micÃÃo. DIAZ tambÃm apresentou traÃados com este padrÃo. O tratamento com ODQ nÃo alterou o efeito sobre a disfunÃÃo vesical in vitro e in vivo promovida por IFO e nem sobre a proteÃÃo pela AMF. AMF inibe as alteraÃÃes motoras vesicais promovidas por IFO atravÃs de processos mÃltiplos que provavelmente incluem o NO e KATPs, sem envolver, no entanto, a geraÃÃo de GMPc.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Hemorrhagic cystitis (HC) is an inflammatory event often associated with the use of oxazafosforins. We have demonstrated that amifostine (AMF) may prevent tissue damage caused by ifosfamide (IFO). Considering that IFO also changes the motor function of the lower urinary tract, the present study aimed to investigate whether AMF protects animals against IFO-related bladder dysfunction, and if this effect occurs through anitric oxide (NO) and ATP-sensitive potassium channels (KATP) dependent mechanism. Male Swiss mice (25-30g, n = 8) were given saline or IFO (400mg/kg, ip) to induce HC. Another group received, 30min before IFO, AMF (50mg/kg, sc), aminoguanidine (AMG, 50 mg/kg, ip), ODQ (2 mg/kg, po) or glibenclamide (GLI, 10 mg/kg, ip ). Other groups received 30min before AMF, L-arginine (L-ARG, 600 mg/kg, ip), ODQ or diazoxide (DIAZ, 2mg/kg ip). In another experimental setting, the groups that received AMG were pretreated with L-arginine and those receiving GLI were pretreated with diazoxide each drug administered at intervals of 30 min. Bladder wet weight (BWW) and macroscopic and histopathological parameterswere analyzed 12h after IFO injection. Inin vitro assays, bladder smooth muscle preparations were kept in saline solution aerated with 95% O2 - 5% CO2, pH 7.4 and at 37 &#8304; C for isometric muscle contractions record the depolarizing solutions of KCl and carbachol (CCh). For the record of intravesical pressure (IVP) by continuous cystometrogram (CC), laparotomy was performed and a polyethylene catheter attached to the bladder and exteriorized through the abdominal region was connected to a system of continuous infusion of saline (0.04mL/min) and a pressure transducer coupled to an acquisition system biological signals. In animals treated with AMF,BWW was reduced by 83% when compared with IFO-injected mice. L-ARG and DIAZ did not preventIFO-induced BWW effect (1.1% and 11.4%, respectively). Macroscopic and microscopic criteria were significantly reduced in AMF injected mice versus IFO group. L-ARG and DIAZ failed to prevent such criteria in comparison to IFO group. IFO decreased bladder strips contractility response to CCh versus control group (1.36 Â 0.24 Vs 0.18 Â 0.02 g force / mg of dry tissue, p <0.01). AMF prevented the IFO-related decrease in contractility response (1.47 Â 0.16 g force / mg of dry tissue, p <0.01). L-ARG and DIAZ did not alter IFO effect bladder contractility (0.6 Â 0.08 and 0.79 Â 0.12 g force / mg dry tissue, respectively, p <0.01 compared to saline control). In CC analysis, AMF reversed the increased voiding frequency (VF) caused by IFO (18 Vs 5.6 micturition/15 min, IFO and CTR, respectively, p <0.01. AMF â 6.5 micturition/15min; p <0.01 compared to IFO). The VFs in L-ARG and DIAZ (14.5 and 11.2 micturition/15min, respectively) were significantly different from AMF group, p <0.01. Cystometrography recordings of control and AMF groups showed regular micturition cycles with evident contractions associated with bladder emptying, which as markedly different from IFO-injected animals that presented an irregular trace concerning micturition cycles and no evident contractions associated with the urination event. DIAZ also showed similar patterns to that of IFO. Treatment with ODQ did not alter either the in vitro and in vivo effects on bladder dysfunction promoted by IFO or upon protection by AMF. AMF inhibited IFO-related functional alterations in bladders through multiple processes that probably include NO and KATPs without involvingthe generation of cGMP.
description A cistite hemorrÃgica (CH) Ã um evento inflamatÃrio frequentemente associado ao uso das oxazafosforinas. NÃs demonstramos que amifostina (AMF) pode prevenir o dano tecidual provocado pela ifosfamida (IFO). Sabendo-se que IFO tambÃm altera a funÃÃo motora do trato urinÃrio inferior, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de investigar se AMF protege os animais contra as alteraÃÃes da funÃÃo vesical provocadas por IFO, e se este efeito ocorre atravÃs de mecanismos dependentes do Ãxido nÃtrico (NO) e dos canais de potÃssio sensÃveis ao ATP (KATP). Camundongos Swiss machos (25-30g, n=8) receberam salina (CTR)ou IFO (400mg/kg, ip) para induÃÃo de CH. Outro grupo recebeu, 30min antes de IFO, AMF (50mg/kg, sc), aminoguanidina (AMG, 50 mg/kg, ip), ODQ (2 mg/kg, vo) ou glibenclamida (GLI, 10 mg/kg, ip). Outros grupos receberam, 30min antes de AMF, L-arginina (L-ARG, 600 mg/kg, ip), ODQ ou diazÃxido (DIAZ, 2mg/kg, ip). Em outra seÃÃo, os grupos que receberam AMG foram prÃ-tratados com L-arginina e os que receberam GLI foram prÃ-tratados com diazÃxido, ambos com intervalos de 30 mim. O peso Ãmido vesical (PUV) e os parÃmetros macroscÃpicos e histopatolÃgicos foram analisados 12h apÃs a injeÃÃo de IFO. Em experimentos ex vivo, preparaÃÃes de mÃsculo liso vesical foram mantidas em soluÃÃo fisiolÃgica aerada com 95% de O2 â 5% CO2, pH 7.4 e a 37&#8304;C para registro isomÃtrico das contraÃÃes musculares a soluÃÃes despolarizantes de cloreto de potÃssio (KCl) e carbacol (CCh). Para o registro de pressÃo intravesical (PIV) por cistometrograma contÃnuo (CC), foi realizada uma laparatomia e um catÃter de polietileno fixado na bexiga e exteriorizado pela regiÃo abdominal foi conectado a um sistema de infusÃo contÃnua de salina (0.04mL/min) e a um transdutor de pressÃo acoplado a um sistema de aquisiÃÃo de sinais biolÃgicos. Nos animais tratados com AMF o aumento PUV provocado por IFO foi inibido em 83%. L-ARG e DIAZ nÃo preveniram tal efeito de IFO no PUV (1.1% e 11.4%, respectivamente). Os escores macro e microscÃpicos foram significativamente menores em AMF, comparados ao grupo IFO. L-ARG e DIAZ inibiram os escores de AMF. IFO diminuiu a contratilidade de tiras de bexiga ao CCh em relaÃÃo ao grupo CTR (1.36 Â 0.24 Vs 0.18 Â 0.02 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). AMF preveniu a hipocontratilidade provocada por IFO ao estÃmulo com CCh (1.47 Â 0.16 g forÃa/mg de tecido seco; p<0.01). L-ARG e DIAZinibiram o efeito de AMF (0.6 Â 0.08 e 0.79 Â 0.12 g forÃa/mg de tecido seco, respectivamente; p<0.01 em relaÃÃo a AMF). Na anÃlise por CC, AMF reverteu o aumento da frequÃncia miccional (FM) provocada por IFO (18 Vs 5.6 micÃÃes/15 min, IFO e CTR, respectivamente; p<0.01. AMF â 6.5 micÃÃes/15 min; p<0.01 em relaÃÃo a IFO). L-ARG e DIAZ reverteram as FMs de AMF (p<0,01) (L-ARG: 14.5 e DIAZ: 11.2 micÃÃes/15 min). Os traÃados cistometrogrÃficos de CTR e AMF mostraram ciclos miccionais regulares com contraÃÃes evidentes associadas ao esvaziamento da bexiga. Nas anÃlises de CC de animais tratados com IFO, os traÃados mostraram ciclos irregulares de micÃÃo e nÃo foram observadas contraÃÃes evidentes associadas ao evento da micÃÃo. DIAZ tambÃm apresentou traÃados com este padrÃo. O tratamento com ODQ nÃo alterou o efeito sobre a disfunÃÃo vesical in vitro e in vivo promovida por IFO e nem sobre a proteÃÃo pela AMF. AMF inibe as alteraÃÃes motoras vesicais promovidas por IFO atravÃs de processos mÃltiplos que provavelmente incluem o NO e KATPs, sem envolver, no entanto, a geraÃÃo de GMPc.
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