Efeitos da alanil-glutamina na mucosite intestinal induzida pelo 5-fluorouracil em camundongos deficientes da apolipoproteÃna-E
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11365 |
Resumo: | A mucosite intestinal à uma reaÃÃo inflamatÃria e/ou ulcerativa do revestimento gastrointestinal, podendo ocorrer pelo efeito citotÃxico direto dos agentes de quimioterapia e radioterapia antineoplÃsicas. O 5-fluorouracil (5-FU) à um antineoplÃsico que està clinicamente indicado no tratamento de diversos tipos de cÃncer. A glutamina (Gln) à o aminoÃcido mais comumente encontrado no organismo, sendo benÃfica na recuperaÃÃo da mucosite oral e intestinal. A suplementaÃÃo com derivados mais estÃveis da Gln, tal como alanil-glutanina (Ala-Gln), representa um meio de fornecimento de Gln para o organismo. Um estudo recente do nosso grupo mostrou que animais deficientes da apolipoproteÃna E tinham agravamento da mucosite intestinal induzida pelo 5-FU. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da Ala-Gln no tratamento da mucosite intestinal induzida por 5-FU em camundongos C57BL6J APOE nocautes (ApoE-/-) e selvagens. Utilizamos camundongos com pesos entre 20-25 g, de ambos os sexos, sendo desafiados com injeÃÃo intraperitoneal de 5-FU (450 mg/kg), dose Ãnica, e controles receberam PBS. Os animais foram tratados com doses de Ala-Gln (100 mM) ou PBS por gavagem (0,5 mL) trÃs dias antes da administraÃÃo do 5-FU e durante cinco dias consecutivos, sendo sacrificados com soluÃÃo de eutanÃsia no sexto dia. Amostras de Ãleo foram armazenadas em freezer (-80 ÂC) para uso em protocolos de biologia molecular. Amostras tambÃm foram fixadas em formaldeÃdo para processamento histolÃgico. O peso corporal dos animais foi monitorado diariamente e o efeito citotÃxico mielosupressor do 5-FU avaliado pela tÃcnica de leucometria. TambÃm foram considerados parÃmetros morfomÃtricos de altura de vilos e profundidade das criptas, Ãndice mitÃtico e apoptÃtico, bem como os seus escores para necrose. O Western blot foi usado para a detecÃÃo da expressÃo de vilina e TNF-α intestinais; ELISA para o estudo de citocinas e PCR em tempo real (qPCR) para detecÃÃo e quantificaÃÃo de IGF-1e Bcl-2 intestinais. Os animais selvagens e APOE nocautes, mesmo Ãqueles tratados com Ala-Gln, apresentaram perda de peso corporal quando desafiados com 5-FU, nÃo havendo diferenÃa entre os grupos. PorÃm, estes diferiram estatisticamente, apenas, quando comparados aos controles PBS (p<0,001). Verificamos uma leucopenia significativa nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU em comparaÃÃo ao grupo PBS (p<0,001), nÃo sendo este efeito revertido ou melhorado com a administraÃÃo de Ala-Gln. Nas anÃlises morfomÃtricas do Ãleo, encontramos uma reduÃÃo na altura de vilos (p<0,001), um aumento da profundidade das criptas (p<0,001 e p<0,01) e uma reduÃÃo da razÃo vilo/cripta (p<0,0001) nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU em comparativo aos respectivos controles PBS. O tratamento com Ala-Gln melhorou a razÃo vilo/cripta (p<0,0001) e a profundidade das criptas (p<0,001 e p<0,0001) nos animais selvagens e nocautes em relaÃÃo aos respectivos animais desafiados pelo 5-FU. A altura de vilos foi melhorada (p<0,01) apenas nos animais APOE nocautes tratados com Ala-Gln em relaÃÃo aos respectivos animais desafiados pelo 5-FU. O desafio pelo 5-FU nÃo aumentou o Ãndice mitÃtico nas criptas dos animais selvagens e APOE nocautes em relaÃÃo os controles PBS e os tratados com Ala-Gln. Houve um aumento de cÃlulas em apoptose nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU e tratados com Ala-Gln (p<0,01 e p<0,05) em relaÃÃo aos seus controles PBS. Houve um aumento significativo nos escores para criptas necrÃticas (p<0,028) em animais selvagens e APOE nocautes desafiados pelo 5-FU em relaÃÃo aos respectivos controles nÃo desafiados. Apenas os camundongos selvagens tratados com Ala-Gln tiveram uma reduÃÃo significativa (p<0,04) nos seus escores em comparaÃÃo com os animais nÃo tratados injetados com 5-FU. NÃo houve diferenÃa estatÃstica nos nÃveis da citocina IL-1β detectadas por ELISA no Ãleo nos animais selvagens desafiados pelo 5-FU comparados aos controles PBS e Ala-Gln. Contudo, houve um aumento significativo nos nÃveis dessa citocina nos animais APOE nocautes desafiados pelo 5-FU e tratados com Ala-Gln. NÃo houve diferenÃa na expressÃo de vilina e TNF-α no Ãleo nos grupos estudados. Transcritos de RNAm de IGF-1 e Bcl-2 no Ãleo foram encontrados diminuÃdos nos animais APOE nocautes em comparaÃÃo aos animais selvagens. Nossos resultados sugerem que a deficiÃncia de APOE tem um papel fundamental durante a mucosite intestinal induzida pelo 5-FU seguido pelo tratamento com Al |
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A suplementaÃÃo com derivados mais estÃveis da Gln, tal como alanil-glutanina (Ala-Gln), representa um meio de fornecimento de Gln para o organismo. Um estudo recente do nosso grupo mostrou que animais deficientes da apolipoproteÃna E tinham agravamento da mucosite intestinal induzida pelo 5-FU. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da Ala-Gln no tratamento da mucosite intestinal induzida por 5-FU em camundongos C57BL6J APOE nocautes (ApoE-/-) e selvagens. Utilizamos camundongos com pesos entre 20-25 g, de ambos os sexos, sendo desafiados com injeÃÃo intraperitoneal de 5-FU (450 mg/kg), dose Ãnica, e controles receberam PBS. Os animais foram tratados com doses de Ala-Gln (100 mM) ou PBS por gavagem (0,5 mL) trÃs dias antes da administraÃÃo do 5-FU e durante cinco dias consecutivos, sendo sacrificados com soluÃÃo de eutanÃsia no sexto dia. Amostras de Ãleo foram armazenadas em freezer (-80 ÂC) para uso em protocolos de biologia molecular. Amostras tambÃm foram fixadas em formaldeÃdo para processamento histolÃgico. O peso corporal dos animais foi monitorado diariamente e o efeito citotÃxico mielosupressor do 5-FU avaliado pela tÃcnica de leucometria. TambÃm foram considerados parÃmetros morfomÃtricos de altura de vilos e profundidade das criptas, Ãndice mitÃtico e apoptÃtico, bem como os seus escores para necrose. O Western blot foi usado para a detecÃÃo da expressÃo de vilina e TNF-α intestinais; ELISA para o estudo de citocinas e PCR em tempo real (qPCR) para detecÃÃo e quantificaÃÃo de IGF-1e Bcl-2 intestinais. Os animais selvagens e APOE nocautes, mesmo Ãqueles tratados com Ala-Gln, apresentaram perda de peso corporal quando desafiados com 5-FU, nÃo havendo diferenÃa entre os grupos. PorÃm, estes diferiram estatisticamente, apenas, quando comparados aos controles PBS (p<0,001). Verificamos uma leucopenia significativa nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU em comparaÃÃo ao grupo PBS (p<0,001), nÃo sendo este efeito revertido ou melhorado com a administraÃÃo de Ala-Gln. Nas anÃlises morfomÃtricas do Ãleo, encontramos uma reduÃÃo na altura de vilos (p<0,001), um aumento da profundidade das criptas (p<0,001 e p<0,01) e uma reduÃÃo da razÃo vilo/cripta (p<0,0001) nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU em comparativo aos respectivos controles PBS. O tratamento com Ala-Gln melhorou a razÃo vilo/cripta (p<0,0001) e a profundidade das criptas (p<0,001 e p<0,0001) nos animais selvagens e nocautes em relaÃÃo aos respectivos animais desafiados pelo 5-FU. A altura de vilos foi melhorada (p<0,01) apenas nos animais APOE nocautes tratados com Ala-Gln em relaÃÃo aos respectivos animais desafiados pelo 5-FU. O desafio pelo 5-FU nÃo aumentou o Ãndice mitÃtico nas criptas dos animais selvagens e APOE nocautes em relaÃÃo os controles PBS e os tratados com Ala-Gln. Houve um aumento de cÃlulas em apoptose nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU e tratados com Ala-Gln (p<0,01 e p<0,05) em relaÃÃo aos seus controles PBS. Houve um aumento significativo nos escores para criptas necrÃticas (p<0,028) em animais selvagens e APOE nocautes desafiados pelo 5-FU em relaÃÃo aos respectivos controles nÃo desafiados. Apenas os camundongos selvagens tratados com Ala-Gln tiveram uma reduÃÃo significativa (p<0,04) nos seus escores em comparaÃÃo com os animais nÃo tratados injetados com 5-FU. NÃo houve diferenÃa estatÃstica nos nÃveis da citocina IL-1β detectadas por ELISA no Ãleo nos animais selvagens desafiados pelo 5-FU comparados aos controles PBS e Ala-Gln. Contudo, houve um aumento significativo nos nÃveis dessa citocina nos animais APOE nocautes desafiados pelo 5-FU e tratados com Ala-Gln. 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A mucosite intestinal à uma reaÃÃo inflamatÃria e/ou ulcerativa do revestimento gastrointestinal, podendo ocorrer pelo efeito citotÃxico direto dos agentes de quimioterapia e radioterapia antineoplÃsicas. O 5-fluorouracil (5-FU) à um antineoplÃsico que està clinicamente indicado no tratamento de diversos tipos de cÃncer. A glutamina (Gln) à o aminoÃcido mais comumente encontrado no organismo, sendo benÃfica na recuperaÃÃo da mucosite oral e intestinal. A suplementaÃÃo com derivados mais estÃveis da Gln, tal como alanil-glutanina (Ala-Gln), representa um meio de fornecimento de Gln para o organismo. Um estudo recente do nosso grupo mostrou que animais deficientes da apolipoproteÃna E tinham agravamento da mucosite intestinal induzida pelo 5-FU. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da Ala-Gln no tratamento da mucosite intestinal induzida por 5-FU em camundongos C57BL6J APOE nocautes (ApoE-/-) e selvagens. Utilizamos camundongos com pesos entre 20-25 g, de ambos os sexos, sendo desafiados com injeÃÃo intraperitoneal de 5-FU (450 mg/kg), dose Ãnica, e controles receberam PBS. Os animais foram tratados com doses de Ala-Gln (100 mM) ou PBS por gavagem (0,5 mL) trÃs dias antes da administraÃÃo do 5-FU e durante cinco dias consecutivos, sendo sacrificados com soluÃÃo de eutanÃsia no sexto dia. Amostras de Ãleo foram armazenadas em freezer (-80 ÂC) para uso em protocolos de biologia molecular. Amostras tambÃm foram fixadas em formaldeÃdo para processamento histolÃgico. O peso corporal dos animais foi monitorado diariamente e o efeito citotÃxico mielosupressor do 5-FU avaliado pela tÃcnica de leucometria. TambÃm foram considerados parÃmetros morfomÃtricos de altura de vilos e profundidade das criptas, Ãndice mitÃtico e apoptÃtico, bem como os seus escores para necrose. O Western blot foi usado para a detecÃÃo da expressÃo de vilina e TNF-α intestinais; ELISA para o estudo de citocinas e PCR em tempo real (qPCR) para detecÃÃo e quantificaÃÃo de IGF-1e Bcl-2 intestinais. Os animais selvagens e APOE nocautes, mesmo Ãqueles tratados com Ala-Gln, apresentaram perda de peso corporal quando desafiados com 5-FU, nÃo havendo diferenÃa entre os grupos. PorÃm, estes diferiram estatisticamente, apenas, quando comparados aos controles PBS (p<0,001). Verificamos uma leucopenia significativa nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU em comparaÃÃo ao grupo PBS (p<0,001), nÃo sendo este efeito revertido ou melhorado com a administraÃÃo de Ala-Gln. Nas anÃlises morfomÃtricas do Ãleo, encontramos uma reduÃÃo na altura de vilos (p<0,001), um aumento da profundidade das criptas (p<0,001 e p<0,01) e uma reduÃÃo da razÃo vilo/cripta (p<0,0001) nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU em comparativo aos respectivos controles PBS. O tratamento com Ala-Gln melhorou a razÃo vilo/cripta (p<0,0001) e a profundidade das criptas (p<0,001 e p<0,0001) nos animais selvagens e nocautes em relaÃÃo aos respectivos animais desafiados pelo 5-FU. A altura de vilos foi melhorada (p<0,01) apenas nos animais APOE nocautes tratados com Ala-Gln em relaÃÃo aos respectivos animais desafiados pelo 5-FU. O desafio pelo 5-FU nÃo aumentou o Ãndice mitÃtico nas criptas dos animais selvagens e APOE nocautes em relaÃÃo os controles PBS e os tratados com Ala-Gln. Houve um aumento de cÃlulas em apoptose nos animais selvagens e nocautes desafiados pelo 5-FU e tratados com Ala-Gln (p<0,01 e p<0,05) em relaÃÃo aos seus controles PBS. Houve um aumento significativo nos escores para criptas necrÃticas (p<0,028) em animais selvagens e APOE nocautes desafiados pelo 5-FU em relaÃÃo aos respectivos controles nÃo desafiados. Apenas os camundongos selvagens tratados com Ala-Gln tiveram uma reduÃÃo significativa (p<0,04) nos seus escores em comparaÃÃo com os animais nÃo tratados injetados com 5-FU. NÃo houve diferenÃa estatÃstica nos nÃveis da citocina IL-1β detectadas por ELISA no Ãleo nos animais selvagens desafiados pelo 5-FU comparados aos controles PBS e Ala-Gln. Contudo, houve um aumento significativo nos nÃveis dessa citocina nos animais APOE nocautes desafiados pelo 5-FU e tratados com Ala-Gln. NÃo houve diferenÃa na expressÃo de vilina e TNF-α no Ãleo nos grupos estudados. Transcritos de RNAm de IGF-1 e Bcl-2 no Ãleo foram encontrados diminuÃdos nos animais APOE nocautes em comparaÃÃo aos animais selvagens. Nossos resultados sugerem que a deficiÃncia de APOE tem um papel fundamental durante a mucosite intestinal induzida pelo 5-FU seguido pelo tratamento com Al |
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