Um Lugar do Tamanho do Mundo: socialidade e narrativas do Serviluz.

• Autor(a) principal: Josà Tiago de Queiroz Mendes Campos
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8235
• topic: Sociologia do cotidiano; Etnografia; Socialidade.; Ethnography; Sociality; Sociology of everyday life; ANTROPOLOGIA URBANA

Esta dissertaÃÃo à uma etnografia sobre as formas de socialidade do Serviluz. Tem como fio condutor a narrativa de um elo entre os segmentos culturais atravÃs da qual se procura apreender a heterogeneidade das relaÃÃes sociais dos colaboradores desta pesquisa. Essa etnografia se esforÃa por elucidar os elementos simbÃlicos que atuam na dinÃmica da forma de socialidade constituÃda por eles. Busca se abster da posiÃÃo de um discurso dominante utilizando-se dos princÃpios da antropologia simÃtrica de Bruno Latour e dos ensinamentos de Roy Wagner que propÃem ver a prÃpria cultura como um instrumento para pensar a realidade. O objetivo à desvelar outros mundos possÃveis. Para tanto, o Serviluz à inicialmente apresentado num breve enfoque retrospectivo, seguido pela narrativa das vivÃncias ensejadas ao longo do trabalho de campo. Procede-se, entÃo, uma busca de identificaÃÃo da forma da rede de socialidade para explicitar as perspectivas que se cruzam em sua tessitura composta por significaÃÃes compartilhadas por homens do mar, esportistas, homens e mulheres das associaÃÃes, prostitutas, catadores de lixo, religiosos, toxicÃmanos etc. AlÃm disso, narra-se a vivÃncia de um mÃs de moradia no Serviluz que almejou objetivar uma multiplicidade de representaÃÃes simbÃlicas apresentadas nas diversas maneiras como seus habitantes desempenham suas atividades cotidianas e transmitem suas visÃes de mundo. Esta experiÃncia permitiu concluir que, para alÃm das estereotipias, a dinÃmica de socialidade do Serviluz à marcadamente composta por linhas de fugas que se territorializam em dramas humanos. No Serviluz vai-se da guerra à solidariedade, do andar solitÃrio à fofoca de rua, da toxicomania à contemplaÃÃo da natureza. Essas trajetÃrias de pertencimentos mÃltiplos propiciam representaÃÃes da realidade em que a tensÃo entre os devires assume carÃter integrativo. A dinÃmica de rede do Serviluz, portanto, nÃo pode ser reduzida a categorizaÃÃes.