IntroduÃÃo da abelha coletora d Ãleo (Cemtris analis) para polÃinizaÃÃo e aumento de produtividade de cultivos comerciais de acerola (Malpighia emarginata D.C)

• Autor(a) principal: Celso Braga MagalhÃes
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8066
• topic: criaÃÃo de abelhas; ninhos-armadilha; polinizaÃÃo; polinizaÃÃo agrÃcola; polinizaÃÃo por abelhas; produÃÃo agrÃcola; ZOOTECNIA

Objetivou-se com este trabalho conhecer a diversidade e freqÃÃncia das abelhas visitantes florais em dois nÃcleos de cultivo orgÃnico de acerola (Malpighia emarginata D.C.) e estudar o efeito da introduÃÃo de ninhos povoados da abelha coletora de Ãleo, Centris (Heterocentris) analis Fabricius, na produtividade desta cultura. A pesquisa foi realizada de agosto a outubro de 2010, em Ubajara, CearÃ, Brasil. A metodologia constou do monitoramento, coleta e identificaÃÃo dos visitantes florais em dois nÃcleos com quatro variedades de acerola sem e com a introduÃÃo de 242 ninhos povoados por C. analis, estimativa da diversidade, freqÃÃncia, equabilidade e anÃlise da produÃÃo de frutos entre os nÃcleos. As abelhas foram contadas e coletadas com rede entomolÃgica em transectos entre as fileiras dos plantios. Para estimar a diversidade de espÃcies de abelhas visitantes das flores da acerola, utilizou-se o Ãndice de Shannon-Weaner (Hâ), a frequÃncia foi determinada pela quantidade de cada espÃcie de abelha presente ao longo do dia e a equabilidade pelo Ãndice de Pielou (Jâ). Oito espÃcies de abelhas foram coletadas visitando as flores da acerola, quatro comuns aos dois nÃcleos (Apis mellifera, C. (Centris) aenea, C.(Centris) flavifrons e Trigona spinipes) e quatro exclusivamente no nÃcleo onde foram introduzidas as abelhas (C. analis, C. (Trachina) fuscata, C. (Ptilotops) sponsa e Xylocopa cearensis). As abelhas do gÃnero Centris foram os visitantes florais mais frequentes e representaram 64% no nÃcleo com introduÃÃo dos ninhos povoados e 11% no nÃcleo sem introduÃÃo, estando presentes nos pomares das 6:00 as 15:00h, mas em grandes quantidades somente atà as 9:00h. As demais espÃcies de abelhas, alÃm de estarem presentes em pequenos nÃmeros sà visitavam as flores entre 6:00 e 9:00h. Os Ãndices de diversidade e equabilidade diferiram entre os nÃcleos (p<0,05), tendo o nÃcleo com abelhas apresentado valores significativamente maiores (1,85 e 0,89, respectivamente) do que o nÃcleo onde nÃo foram introduzidos abelhas (0,92 e 0,66, respectivamente). Durante os trÃs meses de experimento, a quantidade de ninhos povoados por C. analis aumentou 38%, chegando a outubro com 391ninhos. No que se refere à produÃÃo, houve aumentos significativos (p<0,05) na produÃÃo de frutos tanto por Ãrea, quanto por variedade e por planta no nÃcleo que recebeu os ninhos de C. analis em relaÃÃo aquele sem a introduÃÃo de abelhas. Concluiu-se ser possÃvel usar cultivos de acerola para multiplicar populaÃÃes de C. analis para uso na polinizaÃÃo; aumentar a quantidade de abelhas C. analis e reduzir dÃficits de polinizaÃÃo em pomares de acerola por meio da introduÃÃo de ninhos povoados; e que a introduÃÃo destes ninhos de C. analis para polinizaÃÃo em Ãreas de cultivo comercial da acerola pode proporcionar ganhos reais de produÃÃo.