Estudos fitogeogrÃficos e modelagem ecolÃgica do gÃnero Dimorphandra Schott (Leguminosae, Caesalpinioideae)

• Autor(a) principal: Rafael Pereira de Matos
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15372
• topic: DistribuiÃÃo potencial; Ecologia; Leguminosae; Modelagem ecolÃgica; Biogeography; Potential distribution; Ecology; Legumes; Ecological Modeling; ECOLOGIA

Estudar padrÃes de distribuiÃÃo dos organismos à relevante na ecologia, biogeografia e biologia da conservaÃÃo fornecendo subsÃdios para compreender a evoluÃÃo da biodiversidade. Dimorphandra Schott à um gÃnero de distribuiÃÃo neotropical com 25 espÃcies no Brasil, distribuÃdas tanto em formaÃÃes savÃnicas (Cerrado) como ombrÃfilas (Floresta AmazÃnica e AtlÃntica). Este trabalho objetivou entender como està distribuÃda e quais os fatores ambientais estÃo associados à riqueza e a diversidade de Dimorphandra. Foram utilizadas ferramentas de Sistemas de InformaÃÃo GeogrÃfica, modelagem ecolÃgica e dados de ocorrÃncia obtidos da rede SpeciesLink, informaÃÃes bibliogrÃficas e visitas à herbÃrios. Esses dados foram classificados dentro de provÃncias biogeogrÃficas de acordo com um esquema de regionalizaÃÃo biogeogrÃfica e com os grupos gerados por uma anÃlise de agrupamento â UPGMA realizada no programa PC-ORD e uma anÃlise parcimoniosa de endemicidade (PAE) feita por meio do programa PAUP. Paralelamente, modelos ecolÃgicos de distribuiÃÃo baseados em algoritmos (BIOCLIM e CCSM) foram formulados para opassado, presente e futuro em ambiente do MAXENT e DIVA-GIS. Ambos os centros de riqueza e diversidade foram a regiÃo amazÃnica. As espÃcies com mais ampla distribuiÃÃo foram D. mollis Benth. e D. gardneriana Tul., ambas ocorrendo no corredor de formaÃÃes vegetacionais abertas e secas no sentido nordeste-sudeste. TrÃs blocos fitogeogrÃficos foram determinados pela anÃlise de agrupamento: A) AmazÃnia; B) EcÃtono Cerrado/Floresta AtlÃntica; e C) Escudo das Guianas. A anÃlise de PAE evidenciou dois grandes clados com suporte estatÃstico (bootstrap) acima de 80%. Foram estabelecidos os seguintes padrÃes de distribuiÃÃo: 1) Amplo na AmazÃnia, 2) Restrito ao Norte da AmazÃnia (acima do Rio Negro), 3) Escudo das Guianas, 4) EcÃtono Cerrado/Floresta AtlÃntica, e 5) MicroendÃmico aos Cerrados de Minas Gerais. Os resultados da modelagem preditiva demonstraram uma tendÃncia de reduÃÃo da maior parte da Ãrea de ocorrÃncia potencial do gÃnero em um cenÃrio futuro, com exceÃÃo de pequenas regiÃes no Escudo das Guianas, as quais teriam condiÃÃes de expandir a distribuiÃÃo das espÃcies. Como conclusÃes, conheceu-se a distribuiÃÃo do gÃnero pela AmÃrica do Sul, seus centros de riqueza e diversidade, no caso a regiÃo amazÃnica, alÃm de ter sido verificada uma tendÃncia geral na reduÃÃo da Ãrea potencial de ocorrÃncia do gÃnero no futuro e expansÃo em Ãreas de altas altitudes, consideradas refÃgios.