CaracterizaÃÃo tecnolÃgica e radiomÃtrica de um diabÃsio da regiÃo de ApuiarÃs - CE

• Autor(a) principal: Francisco Diones Oliveira Silva
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6077
• topic: Rochas Ornamentais; Geologia; CaracterizaÃÃo RadiomÃtrica; RadÃnio; Ornamental; Geology; Radiometric Characterization; Radon; GEOLOGIA

O presente documento apresenta as caracterÃsticas mineralÃgicas e tecnolÃgicas de um diabÃsio, cujo afloramento, sob a forma de dique, està localizado no distrito de CanafÃstula, em ApuiarÃs â CE. Com o intuito de avaliar suas qualidades para aplicaÃÃo como rocha ornamental, foram efetuados ensaios tecnolÃgicos de Ãndices fÃsicos e fÃsico-mecÃnicos, baseados em normas da ABNT, assim como mediÃÃes radiomÃtricas da quantidade de urÃnio, tÃrio e potÃssio radioativos presentes na rocha, alÃm da taxa de exalaÃÃo de radÃnio. As mediÃÃes radiomÃtricas foram realizadas atravÃs da aplicaÃÃo de mÃtodos de espectrometria gama e de detecÃÃo ativa de exalaÃÃo do gÃs radÃnio para o monitoramento da quantidade de 222Rn. Adicionado aos principais objetivos deste trabalho foram tambÃm efetuadas anÃlises petrogrÃficas voltadas ao reconhecimento da composiÃÃo mineralÃgica e feiÃÃes texturais dentre outras caracterÃsticas. As anÃlises petrogrÃficas permitiram classificar a rocha como olivina diabÃsio, com textura porfirÃtica, mineralogicamente composto por titanaugita + plagioclÃsio + olivina + opacos + apatita  iddingsita  clorofeÃta  biotita. Tal litotipo possui cor cinza que varia a preto, com estrutura isotrÃpica. O grau de microfissuramento da rocha situa-se em torno de 3,53/mmÂ, em que 97,9% das fissuras sÃo do tipo intragrÃo e 2,1% sÃo do tipo intergrÃo. Os Ãndices fÃsicos apresentaram valores superiores a mÃdia para rochas siliciclÃsticas brasileiras, quais sejam, massa especifica aparente, porosidade e absorÃÃo dâÃgua respectivamente com 3113 kg/mÂ, 0,17% e 0,06%. Os valores de resistÃncia à compressÃo uniaxial tambÃm superam a mÃdia para rochas siliciclÃsticas brasileiras e tambÃm dentro dos limites da ASTM, com uma Ãtima resistÃncia a compressÃo de 192 MPa. Com relaÃÃo ao ensaio de flexÃo 3 pontos, a rocha exibiu valor de 20,4 MPa, bem superior a mÃdia para rochas siliciclÃsticas brasileiras e ASTM. O comportamento das amostras quando submetidas ao desgaste AMSLER, forneceu um desempenho com 0,66mm de desgaste para um percurso de 1000m, abaixo da mÃdia para rochas siliciclÃsticas brasileiras. As anÃlises por espectrometria gama forneceram valores para 238U e 40K, de 0,54 ppm e 2,88 %, e quando transformados para Bq.kg-1, corresponderam a 6,8 e 48,3, respectivamente. A atividade de final de emanaÃÃo de radÃnio (CRn) e taxa de exalaÃÃo de radÃnio (E) registraram, conteÃdos de <0,016 Bq.kg-1 (<0,432 pCi.kg-1) e <0,002 Bq.m-2h-1 (<0,054 pCi.m-2.h-1). Dentro deste contexto, o olivina diabÃsio porfiritico demonstrou possuir aplicaÃÃes diversificadas como material ornamental pelas Ãtimas caracterÃsticas mecÃnicas e baixa concentraÃÃes de elementos radioativos, bem como baixa emanaÃÃo e exalaÃÃo de 222Rn, isso devido a suas caracterÃsticas de material de composiÃÃo bÃsica, boa resistÃncia mecÃnica, baixa porosidade e baixa quantidade de microfissuramento