Planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1109 |
Resumo: | Promover assistÃncia ao planejamento familiar (PF) de mulheres portadoras de transtorno mental, contextualizando-as sob o ponto de vista de internaÃÃes hospitalares, autonomia prejudicada e limitaÃÃes de suas funÃÃes no cuidado de si à um desafio. Todavia, a ConstituiÃÃo Federal assegura que a assistÃncia ao PF à um direito de todo cidadÃo. Mulheres com transtorno mental sÃo vulnerÃveis a gravidez nÃo planejada pelo juÃzo crÃtico prejudicado nos surtos psicÃticos; pela dificuldade em estabelecer uniÃes estÃveis; pela hipersexualidade; e baixa auto-estima. Estudos demonstram maiores taxas de transtornos de ansiedade e do humor, em mulheres. Doravante o exposto foram elaboradas as seguintes questÃes: quais as condiÃÃes socioeconÃmicas e gineco-obstÃtricas de mulheres com transtorno mental? Qual o perfil psiquiÃtrico e de planejamento familiar do grupo estudado? Haveria associaÃÃo entre os diferentes diagnÃsticos mÃdico de transtorno mental com histÃria e freqÃÃncia de internaÃÃes e com o uso correto/incorreto dos mÃtodos anticoncepcionais? Para responder a tais indagaÃÃes definiu-se por realizar a presente pesquisa com os objetivos de identificar condiÃÃes sociodemogrÃficas de mulheres portadoras de transtorno mental; verificar aspectos do histÃrico psiquiÃtrico do grupo estudado; identificar perfil gineco-obstÃtrico e do planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental; e averiguar a existÃncia ou nÃo de associaÃÃo entre o diagnÃstico mÃdico de transtorno mental com histÃria e freqÃÃncia de internaÃÃes e com o uso correto/incorreto dos mÃtodos anticoncepcionais. O estudo transversal, documental e de campo foi desenvolvido em um Centro de AtenÃÃo Psicossocial (CAPS), que compÃe o Sistema de SaÃde de Fortaleza-CE. A populaÃÃo correspondeu a 748 pacientes com diagnÃstico de transtorno mental. A amostra foi composta de 255 mulheres em idade fÃrtil (10 a 49 anos), fora de comportamento psicÃtico e/ou mediadas por um familiar ou responsÃvel. Os dados foram coletados no prontuÃrio e atravÃs de entrevista semi-estruturada; foram processados no Programa SPSS versÃo 11.0. A mÃdia de idade das mulheres foi de 35,04; 74 (28,4%) nÃo possuÃam estudo ou tinham escolaridade baixa; a renda familiar de 114 (44,7%) foi inferior a um salÃrio mÃnimo; 179 (70,2%) tinham como ocupaÃÃo as atividades domÃsticas; 119 (46,7%) eram casadas e 114 (44,7%) tinham companheiros eventuais. O diagnÃstico mÃdico predominante foi o transtorno de humor, com 125 (49,0%), seguido da esquizofrenia e de outros transtornos psicÃticos, com 60 (23,6%). Mais da metade das mulheres jà havia se submetido à internaÃÃo psiquiÃtrica, com freqÃÃncia que variou de um atà mais de 11 eventos; 246 (96,5%) faziam uso de medicaÃÃes psicotrÃpicas. A gravidez foi evento comum em 144 (56,5%) das mulheres, sendo que somente 34 (23,6%) dessas gestaÃÃes foram planejadas. Somente 15 (5,9%) mulheres estavam, no decorrer da pesquisa, sendo acompanhadas em planejamento familiar e 35 (13,7%) faziam uso de mÃtodo anticoncepcional (pÃlula, preservativo masculino ou injetÃvel), embora, 233 (91,4%), tivessem vida sexual ativa. NÃo houve associaÃÃo estatÃstica significante entre os diferentes diagnÃsticos mÃdico com freqÃÃncia de internaÃÃes e com o uso correto/incorreto dos mÃtodos anticoncepcionais. Os resultados indicam que à necessÃrio intervir no modelo vigente de atenÃÃo à saÃde das mulheres portadoras de transtorno mental, visando uma assistÃncia mais integral, amparada na proposta da reforma psiquiÃtrica e do cumprimento dos direitos sexuais e reprodutivos. |
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Mulheres com transtorno mental sÃo vulnerÃveis a gravidez nÃo planejada pelo juÃzo crÃtico prejudicado nos surtos psicÃticos; pela dificuldade em estabelecer uniÃes estÃveis; pela hipersexualidade; e baixa auto-estima. Estudos demonstram maiores taxas de transtornos de ansiedade e do humor, em mulheres. Doravante o exposto foram elaboradas as seguintes questÃes: quais as condiÃÃes socioeconÃmicas e gineco-obstÃtricas de mulheres com transtorno mental? Qual o perfil psiquiÃtrico e de planejamento familiar do grupo estudado? Haveria associaÃÃo entre os diferentes diagnÃsticos mÃdico de transtorno mental com histÃria e freqÃÃncia de internaÃÃes e com o uso correto/incorreto dos mÃtodos anticoncepcionais? 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However, the Federal Constitution makes sure that assistance to FP is a right of every citizen. Women with mental disorder are vulnerable to unplanned pregnancy due to their damaged critical judgment in their psychotic crises; by the difficulty to maintain stable relationships; by the hypersexuality; and low self-esteem. Studies demonstrated bigger taxes of anxiety and humor disorders in women. Then one elaborated the following questions: what are the socioeconomic and gynecologic-obstetric conditions of women with mental disorders? What is the psychiatric and family planning profile of the group studied? Are there associations between the different medical diagnoses of mental disorder with history and frequency of the hospitalization period with the correct/incorrect use of contraceptive methods? In order to answer these questions one decided to conduct the present research aiming to identify sociodemographic conditions of women bearers of mental disorder; verify aspects of the psychiatric historic of the group studied; identify the gynecologic-obstetric and family planning profile of women bearers of mental disorder; and verify the existence or not of association between the medical diagnosis of mental disorder with history and frequency of hospitalization period and with correct/incorrect use of contraceptive methods. This transversal, documental and field study was developed in a Center of Social Attention (CSA), which compose the Health System of Fortaleza-CE. The population was composed by 748 patients with diagnosis of mental disorder. The sample was composed of 255 women in fertile age (10 through 49 years of age), out of psychotic behavior and/or accompanied by a family member or responsible person. The data were collected in the form and through semi-structured interview; processed in the Program SPSS version 11.0. The average age of the women was 35.04; 74 (28,4%) did not go to school or had low school years; the family income of 114 (44.7%) was lower than a minimum salary; 179 (70,2%) had as occupation house chores; 119 (46.7%) were married and 114 (44.7%) had eventual partners. The predominant medical diagnosis was the humor disorder, with 125 (49.0%), followed by schizophrenia and other psychotic disorders, with 60 (23.6%) More than half of the women had already faced psychiatric hospitalization, with frequency that varied from one up till 11 events; 246 (96.5%) used psychotropic medicine. Pregnancy was a common event in 144 (56.5%) of the women, being only 34 (23.6%) of these pregnancies planned. Only 15 (5.9%) women were, during the research, being accompanied in family planning and 35 (13.7%) used contraceptive methods (contraceptive pill, masculine condom or injectable), although 233 (91.4%) had an active sexual life. There was not a significant statistic association between the different medical diagnoses with frequency of hospitalization and with correct/incorrect use of contraceptive methods. The results indicate that it is necessary to interfere in the current model of attention to women bearers of mental disorderâs health, aiming a more integral assistance, based on the proposal of the psychiatric reformation and to guarantee sexual and reproductive rights. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1109application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:14:03Zmail@mail.com - |
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