Atributos de historia de vida, estrutura e dinÃmica populacional de Ãrvore sob clima tropical sazonalmente seco.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8591 |
Resumo: | A estacionalidade e a estocasticidade pluviomÃtrica sÃo os principais reguladores da estrutura e da dinÃmica das populaÃÃes em vegetaÃÃes tropicais sazonais secas. Essa estocasticidade, no entanto, pode resultar em ambientes heterogÃneos tanto em relaÃÃo à disponibilidade hÃdrica como em relaÃÃo à disponibilidade vertical e horizontal de luz. Na vegetaÃÃo decÃdua espinhosa do semiÃrido brasileiro (caatinga), uma das espÃcies lenhosas mais abundantes à Cordia oncocalyx, Ãrvore endÃmica e explorada por extrativismo devido ao valor madeireiro, energÃtico, forrageiro, medicinal e paisagÃstico. Para entender como Ãrvores da caatinga respondem à sazonalidade e estocasticidade pluviomÃtrica foram analisados, ao longo de dois anos, a estrutura e a dinÃmica populacional de C. oncocalyx na RPPN Serra das Almas, CrateÃs-CearÃ. Foram determinados: i) estÃdios ontogenÃticos, modelo arquitetural e relaÃÃo altura-diÃmetro; ii) fenodinÃmica; iii) padrÃo espacial; iv) taxas de natalidade, mortalidade, recrutamento e crescimento biomÃtrico. ParÃmetros de estrutura e de dinÃmica foram correlacionados com precipitaÃÃo, umidade do solo, temperatura e disponibilidade vertical e horizontal de luz. A estrutura de C. oncocalyx se assemelha a das espÃcies tolerantes à sombra de florestas pluviais por concentrar a maior densidade nos estÃdios iniciais, mas difere porque forma banco de infantes ao invÃs de banco de plÃntulas. A disponibiliade vertical de luz, com apenas 4.7% atingindo o solo, e a arquitetura PrÃvost indicam a luz como fator limitante para os estÃdios iniciais. Contudo, o coeficiente alomÃtrico diferiu dos modelos de similaridade geomÃtrica, similaridade elÃstica e estresse constante. O crescimento contÃnuo em diÃmetro, mesmo apÃs os indivÃduos atingirem altura mÃxima, aponta a baixa densidade de Ãrvores e as restriÃÃes hÃdricas como as principais forÃas impulsionadoras da alometria, as quais podem limitar o crescimento em altura mas nÃo em diÃmetro. As fenofases vegetativas e reprodutivas respondem similarmente aos pulsos de chuva, com ajustes na Ãpoca, duraÃÃo e intensidade, correlacionadas com variaÃÃes na precipitaÃÃo e umidade do solo, excluÃdo o fotoperÃodo como gatilho. Menor sincronia, separaÃÃo temporal de fenofases e estoque de frutos no banco do solo, foram estratÃgias de distribuiÃÃo de risco apresentadas pela populaÃÃo. A modificaÃÃo da agregaÃÃo em semente e plÃntula para aleatoriedade em infante, e a dissociaÃÃo dos reprodutivos e sementes em relaÃÃo aos estÃdios juvenil e imaturo, indicam que a mortalidade dependente de densidade atua na estruturaÃÃo espacial da populaÃÃo. Entretanto, a retomada da agregaÃÃo nos estÃdios juvenil, virgem e reprodutivo indica que a estocasticidade pluviomÃtrica pode gerar a distribuiÃÃo agregada desses estÃdios. A natalidade e o recrutamento ocorrem na estaÃÃo chuvosa, mas a mortalidade registrada apenas em plÃntula e infante se dà ao longo do ano com pico nos meses secos. O crescimento em altura e diÃmetro mostrou decrÃscimo ou estagnaÃÃo na seca e acrÃscimo na chuva. Juvenil apresentou maior crescimento em altura em Ãreas com dossel mais aberto (rs=0.24). A taxa de incremento populacional (ʎ) foi de 1,0336 e a maior sensibilidade foi na transiÃÃo de infante para juvenil. DominÃncia local e tendÃncia de aumento populacional sÃo explicadas pela formaÃÃo de dois bancos, sementes e infantes, os quais garantem um estoque para recomposiÃÃo populacional mesmo em anos de seca. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAtributos de historia de vida, estrutura e dinÃmica populacional de Ãrvore sob clima tropical sazonalmente seco.Attributes of life history, structure and population dynamics of tree in climate seasonally dry tropical. 2012-06-25Francisca Soares de AraÃjo02589658745http://lattes.cnpq.br/7277684979819031Waldir Mantovani03115158866http://lattes.cnpq.br/3432888745867708 Dalva Maria da Silva Matos06892707807http://lattes.cnpq.br/4728734263109138 Lorenzo Roberto Sgobaro Zanette01600635903http://lattes.cnpq.br/5800794114438541Rafael Carvalho da Costa78953558866http://lattes.cnpq.br/841716681490438450994026315 http://lattes.cnpq.br/3232176295237150Andrea Pereira SilveiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Ecologia e Recursos NaturaisUFCBRCordia oncocalyx ontogenia alometria fenodinÃmica padrÃo espacial modelo matricialCordia oncocalyx ontogeny allometry phenodynamics spatial pattern matrix modelECOLOGIAA estacionalidade e a estocasticidade pluviomÃtrica sÃo os principais reguladores da estrutura e da dinÃmica das populaÃÃes em vegetaÃÃes tropicais sazonais secas. Essa estocasticidade, no entanto, pode resultar em ambientes heterogÃneos tanto em relaÃÃo à disponibilidade hÃdrica como em relaÃÃo à disponibilidade vertical e horizontal de luz. Na vegetaÃÃo decÃdua espinhosa do semiÃrido brasileiro (caatinga), uma das espÃcies lenhosas mais abundantes à Cordia oncocalyx, Ãrvore endÃmica e explorada por extrativismo devido ao valor madeireiro, energÃtico, forrageiro, medicinal e paisagÃstico. Para entender como Ãrvores da caatinga respondem à sazonalidade e estocasticidade pluviomÃtrica foram analisados, ao longo de dois anos, a estrutura e a dinÃmica populacional de C. oncocalyx na RPPN Serra das Almas, CrateÃs-CearÃ. Foram determinados: i) estÃdios ontogenÃticos, modelo arquitetural e relaÃÃo altura-diÃmetro; ii) fenodinÃmica; iii) padrÃo espacial; iv) taxas de natalidade, mortalidade, recrutamento e crescimento biomÃtrico. ParÃmetros de estrutura e de dinÃmica foram correlacionados com precipitaÃÃo, umidade do solo, temperatura e disponibilidade vertical e horizontal de luz. A estrutura de C. oncocalyx se assemelha a das espÃcies tolerantes à sombra de florestas pluviais por concentrar a maior densidade nos estÃdios iniciais, mas difere porque forma banco de infantes ao invÃs de banco de plÃntulas. A disponibiliade vertical de luz, com apenas 4.7% atingindo o solo, e a arquitetura PrÃvost indicam a luz como fator limitante para os estÃdios iniciais. Contudo, o coeficiente alomÃtrico diferiu dos modelos de similaridade geomÃtrica, similaridade elÃstica e estresse constante. O crescimento contÃnuo em diÃmetro, mesmo apÃs os indivÃduos atingirem altura mÃxima, aponta a baixa densidade de Ãrvores e as restriÃÃes hÃdricas como as principais forÃas impulsionadoras da alometria, as quais podem limitar o crescimento em altura mas nÃo em diÃmetro. As fenofases vegetativas e reprodutivas respondem similarmente aos pulsos de chuva, com ajustes na Ãpoca, duraÃÃo e intensidade, correlacionadas com variaÃÃes na precipitaÃÃo e umidade do solo, excluÃdo o fotoperÃodo como gatilho. Menor sincronia, separaÃÃo temporal de fenofases e estoque de frutos no banco do solo, foram estratÃgias de distribuiÃÃo de risco apresentadas pela populaÃÃo. A modificaÃÃo da agregaÃÃo em semente e plÃntula para aleatoriedade em infante, e a dissociaÃÃo dos reprodutivos e sementes em relaÃÃo aos estÃdios juvenil e imaturo, indicam que a mortalidade dependente de densidade atua na estruturaÃÃo espacial da populaÃÃo. Entretanto, a retomada da agregaÃÃo nos estÃdios juvenil, virgem e reprodutivo indica que a estocasticidade pluviomÃtrica pode gerar a distribuiÃÃo agregada desses estÃdios. A natalidade e o recrutamento ocorrem na estaÃÃo chuvosa, mas a mortalidade registrada apenas em plÃntula e infante se dà ao longo do ano com pico nos meses secos. O crescimento em altura e diÃmetro mostrou decrÃscimo ou estagnaÃÃo na seca e acrÃscimo na chuva. Juvenil apresentou maior crescimento em altura em Ãreas com dossel mais aberto (rs=0.24). A taxa de incremento populacional (ʎ) foi de 1,0336 e a maior sensibilidade foi na transiÃÃo de infante para juvenil. DominÃncia local e tendÃncia de aumento populacional sÃo explicadas pela formaÃÃo de dois bancos, sementes e infantes, os quais garantem um estoque para recomposiÃÃo populacional mesmo em anos de seca.The rainfall seasonality and stochasticity are the main regulators of structure and population dynamics in seasonally dry tropical vegetations. This stochasticity, however, can result in heterogeneous environments both in relation to water availability as in the availability of vertical and horizontal light. In deciduous thorny woodland vegetation of semiarid northeastern Brazil (caatinga), one of the most abundant woody species is Cordia oncocalyx, endemic tree and explored through extractivism due to its timber, energetic, foraging, medicinal, and scenic value. To understand how the caatinga trees respond to rainfall seasonality and stochasticity were analyzed, over two years, the structure and population dynamics of C. oncocalyx in Serra das Almas RPPN, CrateÃs-CearÃ. Were determined: i) ontogenetic stages, architectural model and height-diameter relationship, ii) phenodynamics, iii) spatial pattern, iv) birth, mortality, recruitment and growth biometric rates. Parameters of structure and dynamics were correlated with rainfall, soil humidity, temperature and vertical and horizontal light availability. The structure of C. oncocalyx resembles that of shade-tolerant species of tropical rainforest to concentrate the highest density in the early stages, but differs because it forms the bank of infant rather than a seedling bank. The availability of vertical light, with only 4.7% reaching the ground, and PrÃvost architecture indicate light as a limiting factor in the early stages. Nevertheless, the allometric coefficient differ from geometric similarity, elastic similarity and constant stress models. The uninterrupted growth in diameter, even after individuals reach the maximum height, indicates the low density of trees and water restrictions as the main driving strenght of allometry, which may limit the growth in height, but not in diameter. Both the vegetative and reproductive phenophases respond similarly to variations in rain pulses, with adjustments in time, duration, and intensity, which were correlated with variations in rainfall and soil humidity, excluding photoperiod as a trigger. Lower synchrony, temporal separation of phenophases, and storage of fruits on the ground were risk-spreading strategies used by the population in the dry year. The change of aggregation in seeds and seedlings for randomness in the infant, and the decoupling of reproductive and seeds in relation to juvenile and immature stages, may indicate that the density-dependent mortality operates in the spatial structure of the population. However, the resumption of aggregation in juvenile, virginile and reproductive stages indicates that rainfall stochasticity creates the aggregate distribution of these stages. The dynamics of birth and recruitment occur in the rainy season, but recorded mortality only in seedling and infant occurs throughout the year with a peak in the dry months. The height and diameter growth showed decline or stagnation in the drought and increase in the rainfall. Juveniles showed greater growth in height in areas with more open canopy (rs = 0.24). The rate of population increase (ʎ) was 1.0336 and the highest sensitivity was in the transition from infant to juvenile. Local dominance and population growth tendency are explained by the formation of two banks, seeds and infants, which ensure a stock for recomposition even in drought years.FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8591application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:45Zmail@mail.com - |
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A estacionalidade e a estocasticidade pluviomÃtrica sÃo os principais reguladores da estrutura e da dinÃmica das populaÃÃes em vegetaÃÃes tropicais sazonais secas. Essa estocasticidade, no entanto, pode resultar em ambientes heterogÃneos tanto em relaÃÃo à disponibilidade hÃdrica como em relaÃÃo à disponibilidade vertical e horizontal de luz. Na vegetaÃÃo decÃdua espinhosa do semiÃrido brasileiro (caatinga), uma das espÃcies lenhosas mais abundantes à Cordia oncocalyx, Ãrvore endÃmica e explorada por extrativismo devido ao valor madeireiro, energÃtico, forrageiro, medicinal e paisagÃstico. Para entender como Ãrvores da caatinga respondem à sazonalidade e estocasticidade pluviomÃtrica foram analisados, ao longo de dois anos, a estrutura e a dinÃmica populacional de C. oncocalyx na RPPN Serra das Almas, CrateÃs-CearÃ. Foram determinados: i) estÃdios ontogenÃticos, modelo arquitetural e relaÃÃo altura-diÃmetro; ii) fenodinÃmica; iii) padrÃo espacial; iv) taxas de natalidade, mortalidade, recrutamento e crescimento biomÃtrico. ParÃmetros de estrutura e de dinÃmica foram correlacionados com precipitaÃÃo, umidade do solo, temperatura e disponibilidade vertical e horizontal de luz. A estrutura de C. oncocalyx se assemelha a das espÃcies tolerantes à sombra de florestas pluviais por concentrar a maior densidade nos estÃdios iniciais, mas difere porque forma banco de infantes ao invÃs de banco de plÃntulas. A disponibiliade vertical de luz, com apenas 4.7% atingindo o solo, e a arquitetura PrÃvost indicam a luz como fator limitante para os estÃdios iniciais. Contudo, o coeficiente alomÃtrico diferiu dos modelos de similaridade geomÃtrica, similaridade elÃstica e estresse constante. O crescimento contÃnuo em diÃmetro, mesmo apÃs os indivÃduos atingirem altura mÃxima, aponta a baixa densidade de Ãrvores e as restriÃÃes hÃdricas como as principais forÃas impulsionadoras da alometria, as quais podem limitar o crescimento em altura mas nÃo em diÃmetro. As fenofases vegetativas e reprodutivas respondem similarmente aos pulsos de chuva, com ajustes na Ãpoca, duraÃÃo e intensidade, correlacionadas com variaÃÃes na precipitaÃÃo e umidade do solo, excluÃdo o fotoperÃodo como gatilho. Menor sincronia, separaÃÃo temporal de fenofases e estoque de frutos no banco do solo, foram estratÃgias de distribuiÃÃo de risco apresentadas pela populaÃÃo. A modificaÃÃo da agregaÃÃo em semente e plÃntula para aleatoriedade em infante, e a dissociaÃÃo dos reprodutivos e sementes em relaÃÃo aos estÃdios juvenil e imaturo, indicam que a mortalidade dependente de densidade atua na estruturaÃÃo espacial da populaÃÃo. Entretanto, a retomada da agregaÃÃo nos estÃdios juvenil, virgem e reprodutivo indica que a estocasticidade pluviomÃtrica pode gerar a distribuiÃÃo agregada desses estÃdios. A natalidade e o recrutamento ocorrem na estaÃÃo chuvosa, mas a mortalidade registrada apenas em plÃntula e infante se dà ao longo do ano com pico nos meses secos. O crescimento em altura e diÃmetro mostrou decrÃscimo ou estagnaÃÃo na seca e acrÃscimo na chuva. Juvenil apresentou maior crescimento em altura em Ãreas com dossel mais aberto (rs=0.24). A taxa de incremento populacional (ʎ) foi de 1,0336 e a maior sensibilidade foi na transiÃÃo de infante para juvenil. DominÃncia local e tendÃncia de aumento populacional sÃo explicadas pela formaÃÃo de dois bancos, sementes e infantes, os quais garantem um estoque para recomposiÃÃo populacional mesmo em anos de seca. |
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